Muitos cristãos, com as melhores intenções possíveis, procuram ser úteis na Igreja do Senhor, o que é e deve ser muito natural, pois, quando aceitamos a fé em Cristo, aprendemos que Deus nos chamou para sermos seus colaboradores, seus cooperadores, seus embaixadores, suas testemunhas. Porém, não são poucos os que acabam se frustrando por não conseguirem se “encaixar” em algum serviço e, por isso, acomodam-se ou “atropelam” tudo e todos como se estivessem numa competição maluca, desorganizada, cujo lema é “Salve-se quem puder”. E os resultados sempre são catastróficos.
Qual seria, então, a forma correta de agir?
Todos nós sabemos que a Bíblia tem a resposta para todas as perguntas, porque, se Deus quer que os seus filhos amados façam as coisas direito, precisa indicar como, mostrar exemplos. E é isso o que Ele faz na história do nascimento de Jesus, desde a visita do Anjo até o cumprimento da palavra.
Vamos refletir um pouquinho sobre ela.
Maria era uma jovem comum, que estava noiva de José. Num certo dia, recebe a visita de um Anjo que a avisa sobre o plano de Deus para a vida dela. Naturalmente, ficou surpresa e preocupada, visto que era solteira e virgem. Como poderia ser possível? O Anjo explicou-lhe tudo e disse que o Espírito Santo a envolveria e que ela passaria a gerar o Filho do Altíssimo Deus. É lógico que tudo ocorreria de acordo com a vontade de Deus. No entanto, ela era possuidora do livre-arbítrio, isto é, tendo o direito de escolher se queria ou não se submeter, e poderia ter recusado a proposta. Mas a resposta que ela deu foi espetacular e serve como exemplo para todos quantos querem ter utilidade no serviço cristão. Veja o que ela respondeu: “Eis aqui a tua serva; cumpra-se em mim segundo a tua palavra – ou segundo o teu querer.” Que resposta maravilhosa! Aqui está o segredo para sermos bem sucedidos no serviço do Pai!
Talvez você esteja pensando: “Quem não gostaria de ter o privilégio de gerar o Salvador do mundo? Ainda mais, isso é muito fácil.” Entretanto, quero dizer-lhe que não é bem assim, não.
Observe alguns dos obstáculos que Maria precisou transpor: primeiro, se ela aparecesse grávida poderia perder o noivo – como quase aconteceu se Deus não interviesse a favor dela-; segundo, poderia ser expulsa de casa, ficar mal vista pela sociedade e ser morta por apedrejamento, pois as leis judaicas eram extremamente rígidas; terceiro, se ela conseguisse fugir, certamente não encontraria outro homem que quisesse ser seu marido; mas, além desses havia outros inconvenientes que não temos espaço para discuti-los agora.
Podemos, então, aprender que às vezes observamos as coisas e pessoas de modo parcial, incompleto. Assim, se vemos alguém cantar, tocar, pregar, ensinar, evangelizar, ser obreiro ou pastor, pensamos que é tudo fácil. Vemos somente os resultados, mas, não o quanto custou para chegar lá. E, por isso, corremos o risco de querermos ser “iguaizinhos” a ele ou “fazermos” tudo como ele. E muitas tentamos do nosso jeito, mas tudo ou quase tudo dá errado e aí vêm a frustração e o desejo de jogarmos tudo para o alto. Começamos a nos lamentar, a reclamar. Às vezes, até “brigamos” com Deus e perguntamos por que conosco nada dá certo.
Quero dizer a você o seguinte: No Reino de Deus não podemos fazer nada do nosso jeito, pois, se isso acontecer, o fracasso é certo. E, em vez de gerarmos coisas de Deus, geraremos do inimigo – confusão, divisão, contenda, rebeldia, competição, inveja, ódio, murmuração, entre outras. É por esse motivo que muitas igrejas são destruídas, assoladas pelo maligno. Elas precisam e devem ser feitas da maneira e no tempo do Senhor, porque só Ele sabe como e quando é melhor.
“Então devo ficar sentado e esperando que tudo caia do céu?”
Não. Absolutamente, não é isso que quero dizer-lhe. O que pretendo explicar é que somente poderemos gerar algo de Deus se permitirmos que a vontade Dele se cumpra em nós. Maria submeteu-se à vontade do Pai. Como resultado, o Espírito Santo a envolveu e ela gerou Jesus. Fantástico! Gerou Jesus, o Messias, o Salvador, aquele que trouxe o melhor presente de Deus para a humanidade: a salvação.
Hoje, não podemos nem precisamos gerar Jesus fisicamente. Contudo, espiritualmente podemos e devemos gerá-lo. Hoje, podemos e devemos gerar as bênçãos de Deus para que as pessoas com as quais convivemos possam conhecer o Senhor, de verdade.
Assim, permita que o Espírito Santo o envolva e comece ou continue a ser bênção na sua casa, no serviço, na escola, na rua. Enfim, onde você estiver.
Lembre-se: “Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos. Portanto, se queres ser útil nas mãos do Pai e, conseqüentemente, na sua comunidade cristã, diga agora mesmo a Ele: “Eis aqui o seu servo; cumpra-se em mim conforme a tua vontade”, pois há espaço e dons para todos aqueles que estiverem dispostos a pagar o precioso preço da submissão.
Jose Carlos de Macedo
09/04/2016 at 09:56
Que reflexão perfeita sobre esse assunto. Gostei demais…..amei.
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Marcos e Márcia Araújo
13/04/2016 at 17:17
Fico feliz por seu acesso e, principalmente, por ter sido abençoado. Que o Espírito Santo continue falando ao seu coração.
Marcos
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