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Arquivo da categoria: Ensino/Despertamento

“Nem tudo que reluz é ouro”

Ló olhou demoradamente para as planícies férteis do vale do Jordão, na direção de Zoar. A região toda era bem irrigada, como o jardim do Senhor, ou como a terra do Egito.

“Ló olhou demoradamente para as planícies férteis do vale do Jordão, na direção de Zoar. A região toda era bem irrigada, como o jardim do Senhor, ou como a terra do Egito (Isso foi antes de o Senhor destruir Sodoma e Gomorra.).” (Gênesis 13:10)     

     Há um ditado popular que diz: “Nem tudo que reluz é ouro”. Penso que ele é, de fato, muito verdadeiro. Basta-nos buscar em nossa memória episódios nos quais fomos traídos por nossos olhos que os encontraremos. Eles se iludiram com a aparência de coisas e pessoas que, com a convivência ou com um conhecimento mais completo, mostraram-se muito diferentes daquilo que demonstravam ser. Muitas vezes, geraram prejuízos irreparáveis, não apenas financeiros, mas também em outras áreas, como a emocional.

     Na Bíblia, encontramos diversas histórias que ilustram muito bem a afirmação acima. Uma delas, por exemplo, começa a ser contada a partir do momento em que Deus fala com Abrão (o qual passou a ser chamado de Abraão) e lhe diz para sair da terra onde ele morava e do meio da parentela – Gênesis 12:1-3.

     Em Gênesis 12:5, lemos que Ló, seu sobrinho, também seguiu para o lugar ao qual o Senhor decidira levar Abraão e Sara para começar a escrever uma nova história com eles, iniciando um povo, o qual, posteriormente, passaria a se chamar Povo de Israel.

     Quando chegamos a Gênesis 13:2, 5 e 6, lemos o relato de que tio e sobrinho haviam prosperado muito e possuíam grandes rebanhos. Como consequência, careciam de muito espaço e pasto suficientes. Ao que tudo indica, tal necessidade levou os pastores dos dois homens a contenderem seriamente – Gênesis 13:7. 

     Como Abraão era um homem justo, sensato e sábio, chamou o sobrinho e fez o comentário a seguir: “Ora, não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos/parentes somos” – Gênesis 13:8.

     Ele sabia que conflitos frequentemente geram prejuízos. Por essa razão, devem ser evitados. Afinal, relacionamentos arranhados por discussões levam à perda da comunhão, da confiança e, inevitavelmente, ao distanciamento. 

     Prosseguindo, o tio disse ao sobrinho: “A região inteira está à sua disposição. Escolha a parte da terra que desejar e nos separaremos. Se você escolher as terras à esquerda, ficarei com as terras à direita. Se preferir as terras à direita, ficarei com as terras à esquerda” – Gênesis 13:9.

     Ei! Espere um pouco! Parece haver alguma coisa errada aqui! Quem foi chamado por Deus? Abraão. Quem era mais velho? Abraão. Quem tinha maior autoridade e direito naquela sociedade? Abraão. A quem Deus fizera as promessas? A Abraão.

     Ora, então era ele quem devia fazer a escolha primeiro! Mas parece que ele não foi justo consigo mesmo, com sua mulher, nem com seus empregados. Como pode isso? Será que ele havia perdido o bom senso?

     Observe que logo acima eu disse “parece”. Na realidade, apenas à primeira vista temos essa impressão, pois, com o desenrolar da história, perceberemos que a decisão tomada por Abraão foi muito sábia. Com ela, ele ensina-nos grandes lições, as quais certamente também podem livrar-nos de grandes perigos disfarçados de campinas verdejantes, com cara de Jardim do Éden ou de Paraíso.

     Um dos ensinamentos já vimos: “Nem tudo que reluz é ouro”. Ou seja: Nem tudo que aparenta ser valioso, verdadeiro ou importante, de fato o é. Pode ser apenas um laço ou uma armadilha que levará à ruína financeira, familiar, relacional, moral ou espiritual. E foi o que aconteceu com Ló e sua família, como veremos a seguir. 

     Como Abraão era um homem temente a Deus, tinha plena consciência de seu chamado e passara a conhecer de perto quem o chamara e lhe fizera promessas. Por isso, estava convicto de que a bênção não estava necessariamente naquela campina bem irrigada, a qual se parecia com o Jardim do Éden – Gênesis 13:10. Ela estava com o Senhor. Logo, em qualquer lugar que escolhesse habitar, seria abençoado e prosperaria, porque o Abençoador, estaria presente – Yahweh-shamah.  

     Evidentemente, muitas vezes Deus orienta uma pessoa a mudar de lugar, de emprego, de condição, de “amigos”, de hábitos, comportamentos, atitudes, conceitos e de muitas outras coisas. E, quando o Altíssimo dá diretrizes assim, é porque ele sabe o que não sabemos, vê o que não vemos e pode fazer por nós o que jamais poderemos sozinhos.

     No entanto, tais mudanças só trarão benefícios se vierem recheadas de obediência, humildade, temor ao Senhor e convicção de que ele se faz presente e cuidará para que suas promessas se cumpram à risca, pois “fiel é o que prometeu” e “vela por sua palavra para fazê-la se cumprir” – Hebreus 10:23; Jeremias 1:12.

     Foi tal certeza que fez com que Abraão não ficasse preso à tradição patriarcal e àquilo que seus olhos estavam vendo. Na verdade, ele descansou nos braços do Pai, sabendo que o Senhor cuidaria de todos os detalhes da sua vida e futuro. E cuidou!

     A partir de Gênesis 13:10 ao 13, começamos a entender que Ló realmente fora traído por seus próprios olhos: no lugar que escolheu para viver, estava Sodoma. Essa cidade, assim como Gomorra, era habitada por homens maus e grandes pecadores contra o Senhor – v 13. Mas, pelo que percebemos, isso Ló não enxergou a princípio, posto que seus olhos estavam ofuscados pelo fascínio das coisas materiais, possíveis lucros e poder.

     Conforme veremos nos próximos capítulos, Ló prosperou grandemente no que diz respeito a conquistas materiais. Também entendemos que ele se tornou uma pessoa importante e influente. Provavelmente um juiz, uma vez que o vemos sentado às portas da cidade (O processo geralmente era realizado nas portas da cidade: os juízes ficavam sentados, os litigantes ficavam de pé ) – Gênesis 19:1.

     Entretanto, apesar de ter prosperado e se tornado influente em Sodoma, como vemos nos capítulos 18 e 19 de Gênesis, teve grandes prejuízos, os quais só não foram maiores e piores ainda porque Abraão intercedeu por ele junto a Deus. Mesmo assim, quase entregou suas filhas para serem estupradas pelos homens daquele lugar. Além disso, sua mulher foi transformada numa estátua de sal, visto que desobedeceu a uma ordem expressa de Deus, numa clara demonstração de que o coração dela já estava preso àquele lugar, valores e costumes que ofendiam ao Senhor.

     Se isso não bastasse, na fuga, Ló não teve como levar os bens que conquistara. Aliás, só não foi destruído junto com a cidade porque seu tio intercedeu por eles junto a Deus, conforme já vimos. Assim, notamos claramente que todas as conquistas materiais e o status adquirido ao longo do tempo não valeram a pena, pois quase custaram sua vida e toda a sua família. 

     Por outro lado, com Abraão aconteceu algo indescritível. Após a escolha feita por Ló, o Senhor lhe disse: “De onde você está, olhe para o Norte, para o Sul, para o Leste e para o Oeste: Toda a terra que você está vendo darei a você e à sua descendência para sempre. Tornarei a sua descendência tão numerosa como o pó da terra. Se for possível contar o pó da terra, também se poderá contar a sua descendência. Percorra esta terra de alto a baixo, de um lado a outro, porque eu a darei a você. Então Abrão mudou seu acampamento e passou a viver próximo aos carvalhos de Manre, em Hebrom, onde construiu um altar dedicado ao Senhor” ─ Gênesis 13:14-18.

     Observe que Deus confirmou a promessa de abençoar Abraão e sua descendência. Em outras palavras: Assegurou que estaria com seu servo onde quer que ele estivesse. Isso significa que mesmo o sobrinho tendo escolhido o lugar que parecia ser o melhor aos olhos humanos, não importava. O melhor lugar do mundo é aquele em que o Senhor se faz presente. Inclusive há um cântico cristão que diz: “Em terra ou mar, seja onde for / É céu andar com meu Senhor” (Música Com Cristo é céu / Cantor cristão, 490).

      Hoje não é diferente. Muitas pessoas (e me incluo nisso) têm feito escolhas baseadas apenas em avaliações e conclusões pessoais, as quais resultam daquilo que os olhos veem e a mente limitada e falível considera bom. Por conseguinte, as colheitas geralmente ficam abaixo das expectativas ou geram apenas prejuízos.

     No entanto, se hoje ouvirmos a voz de Deus, e não endurecermos o nosso coração, certamente viveremos isto: “Se vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos desta terra…” ─ Isaías 1:19. E a História mostra que essa promessa se cumpriu à risca na vida de Abraão e na de seus descendentes, enquanto permaneceram dispostos a obedecer às Palavras do Senhor.

      Com você e comigo não é diferente. Em Malaquias 3:6, o Senhor disse a seu povo: “Porque eu, o Senhor, não mudo”. Obviamente, o contexto era outro, mas o princípio, ou seja, a base do entendimento ou raciocínio, é o mesmo. Logo, assim como o Altíssimo foi com Abraão e com tantos outros servos fiéis a ele ao longo da História, também há de ser conosco.  

      Certa feita, Jesus disse: Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão ─ Marcos 13:31. Portanto, aquilo que o Senhor prometeu há milhares de anos a quem lhe obedecesse continua e continuará valendo. Acredito que você mesmo tem experiências concretas da fidelidade de Deus em sua vida e família. Sendo assim: “… cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu Hebreus 10:22,23.

     Antes de concluir este artigo, sinto em meu coração a necessidade de retornar ao episódio envolvendo a esposa de Ló. Como já visto, havia uma ordem expressa do Senhor para saírem daquele lugar apressadamente e não deviam olhar para trás. Todavia, ela olhou e, segundo a Bíblia, foi transformada numa estátua de sal. Mas por que ela desobedeceu a Deus? E por que ele foi tão severo com ela?

     Como eu já disse, o Senhor vê coisas que não vemos, conhece o que não conhecemos e pode fazer o que sozinho não podemos. Então, ele sabia que o “simples” fato de olhar para trás seria uma clara demonstração de que seu coração estava naquele lugar e não estava disposta a mudar, porque o “tesouro” dela passara a ser o estilo de vida e os valores daquelas pessoas, as quais eram más e grandes pecadoras contra o Senhor – Gênesis 13:13.

     Certa feita, Jesus fez uma declaração que vem ao encontro do que aconteceu com essa mulher: “Porque onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” – Lucas 12:34. Portanto, aquela olhadela revelava o que havia se tornado o maior tesouro dela. E não era Deus, nem seus mandamentos. Infelizmente.

     Ao olhar para trás, mesmo que não tivesse proferido nenhuma palavra de lamentação sobre sua necessidade de sair dali, estava declarando ao Senhor que o estilo de vida e valores de Sodoma eram mais importantes do que seu relacionamento com ele. Assim, não deu alternativa ao Pai.

     Esse trágico acontecimento serve de lição e de alerta a todos nós. O estilo de vida e os valores do mundo atual em muitos aspectos não têm agradado ao Senhor. E, segundo as Escrituras, um dia ele também dará a ordem para deixarmos este mundo, uma vez que tem um lugar melhor, reservado para todos os que receberem Jesus como seu Senhor e Salvador pessoal: “{Jesus} Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus” e “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar lugar para vocês e, quando tudo estiver pronto, virei buscá-los, para que estejam sempre comigo, onde eu estiver” – João 1:11 ao 13; 14:1 ao 6.

      Se existe essa promessa da parte do Senhor, precisamos fazer uma avaliação minuciosa do nosso coração, pois, “onde estiver o nosso tesouro, ali também estará o nosso coração”. Portanto, que o nosso maior tesouro seja o Senhor Jesus Cristo e tudo o que lhe diz respeito.

     Para finalizar, gostaria de fazer umas breves considerações:

  • A bênção não está necessariamente em um determinado lugar, mas onde Deus estiver conosco. Logo, podemos viver uma vida próspera e feliz mesmo em lugares ou condições totalmente improváveis ou desfavoráveis aos olhos humanos (mesmo que esses olhos sejam os nossos mesmo).
  • A escolha feita por Ló pareceu a seus próprios olhos ser a mais inteligente, mas o tempo revelou que ele estava completamente enganado, uma vez que os prejuízos foram enormes e irreversíveis.
  • Abraão pôs seus olhos em Deus e suas promessas. Por isso, ele e sua descendência desfrutaram, e desfrutam, das mais copiosas bênçãos.
  • Se mantivermos nossos olhos no Senhor, também viveremos uma vida próspera e feliz, pois ele continua sendo o mesmo ontem, hoje e eternamente – Hebreus 13:8.
  • Precisamos estar atentos ao que dizem as Escrituras, porque, mesmo que nem todas as coisas sejam pecados, podem ser grandes embaraços que nos afastarão do Caminho: “Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus” – Hebreus 12:1,2.
  • Quanto a cada um de nós, vale a pena fazer a seguinte pergunta: “Existe alguma campina verdejante me atraindo?” Talvez, para alguns seja o sexo desaprovado por Deus. Para outros, as drogas, o dinheiro conquistado de forma desonesta, o orgulho, a avareza ou qualquer outra coisa abominável aos olhos do Senhor.
  • “Portanto, quer comamos, quer bebamos ou façamos outra qualquer coisa, façamos tudo para a glória de Deus” – 1 Coríntios 10:31. Que esse seja nosso propósito e nosso estilo de vida! Que almejemos as coisas eternas, não as terrenas e passageiras!
  • “Que a graça, a misericórdia, a paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, sejam com vocês na verdade e amor” – 2 João 1:3.
 

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Família dentro da arca

Arca: metáfora de um lugar de refúgio e salvação, da Igreja e/ou do céu.

“Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” – Josué 24:14,15.   

     A história de Noé é uma das mais lindas e enriquecedoras da Bíblia. No capítulo 6 de Gênesis, onde ela está registrada, vemos Deus decepcionado com o ser humano, a quem criara à sua imagem e semelhança, porque este havia se corrompido em extremo.   

     Por causa disso, o Senhor tomou a decisão de destruir a humanidade (versículos 7, 11, 12,13). Porém, quando olhou para a terra, ele viu alguém que não se corrompera: Noé. Por isso, no versículo 8, lemos o seguinte: “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor”.

     Deus mostrou sua benevolência a esse homem por ter visto nele algumas virtudes, conforme diz o versículo 9: “Esta é a história da família de Noé: Noé era homem justo, íntegro entre o povo da sua época; ele andava com Deus”.  Percebeu?

     Havia um grande diferencial na vida de Noé. Ele não tinha se contaminado com a maldade existente em seu tempo. Por esse motivo, o Senhor reservou para ele uma missão de gigantesca relevância: construir uma arca, para que fossem preservadas as espécies que Deus considerava necessárias, ele próprio e a sua família. Por conseguinte, reconstruir a História da humanidade (Gn 6:14 ao 21).

     Você pensa que foi fácil cumprir essa missão? De modo algum. Para começar, nunca havia chovido na terra. Como falar de dilúvio, então? Além do mais, ele jamais fizera trabalho semelhante (Pelo menos não existe nenhum registro bíblico sobre isso.) e com tão poucos recursos tecnológicos.

    Para piorar, muito provavelmente as pessoas incrédulas zombaram dele durante todos os longos anos de construção. Por certo, muitos o chamavam de louco. No entanto, Noé se manteve fiel a Deus e focado naquilo que estava fazendo, pois sabia da importância de sua missão e que Deus cumpriria à risca Sua palavra.

     Todos os fatos dessa história são fantásticos, no bom sentido da palavra. Contudo, o que mais me chama a atenção é ele ter conseguido manter sua esposa, filhos e noras também crentes e confiantes durante todos esses anos.  

     Como ou por que ele conseguiu tal façanha? A resposta a essa indagação, segundo já vimos, está  em Gênesis 6:9. Quando olhamos para esse versículo, parece vir à tona o principal motivo por que isso foi possível: ele se mantivera justo no meio dos injustos.

     Esse homem continuara íntegro (intocado) no meio de pessoas que tinham sido tocadas por toda sorte de coisas impuras e desonestas. Por fim, a chave de ouro: Noé andava com Deus, enquanto os demais ao seu redor caminhavam em sentido contrário ao Altíssimo, fazendo tudo aquilo que agradava somente sua natureza pecaminosa e ao maligno.

    Pelo contexto, pode-se inferir (deduzir ou concluir) que ele continuou a servir e cultuar ao Senhor com fidelidade. Embora convivesse com aqueles que se haviam desviado completamente do caminho, passando a cultuar outros deuses ou já não tivessem nenhum tipo de crença ou fé, Noé se manteve fiel ao Senhor e, sem dúvida, motivou sua família a fazer o mesmo. 

     Penso que as três coisas citadas descortinam diante de nossos olhos o segredo de ele ter conseguido colocar sua família dentro da arca. Desse modo,  tinha a credibilidade e o respeito de cada um deles porque, antes disso, possuía moral perante Deus. Assim, mesmo que fosse difícil acreditar, dadas as circunstâncias, o exemplo desse marido, pai, sogro e sacerdote da família dava a todos a segurança de que estavam no caminho certo.

     E quanto a mim e a você? Será que também temos crédito com Deus e com nossa família? Será que quando nosso cônjuge, filhos ou mesmo outras pessoas olham para nós veem indivíduos confiáveis? Vale a pena refletir sobre isso, não é?

    Se quisermos que nossa família entre na “arca” preparada por Deus, quando o Senhor Jesus vier buscar sua Igreja, é preciso que, como Noé, sejamos justos no meio de tanta gente injusta. Que não sejamos contaminados pelo mal, mesmo vivendo no meio dele. Que andemos de mãos dadas com Deus, mesmo quando a maioria tem virado as costas para ele de forma explícita (através de suas atitudes e comportamentos) ou apenas em seu coração e mente, deixando de ser ou de expressar Sua imagem e semelhança.

     Em Lucas 17:26 e 27, Jesus declarou: “Assim como foi nos dias de Noé, também será nos dias do Filho do homem. O povo vivia comendo, bebendo, casando-se e sendo dado em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então veio o dilúvio e os destruiu a todos”.

     O que o Mestre quis dizer é que as pessoas daquela época estavam preocupadas apenas com as coisas terrenas e temporárias. Por isso ou em consequência disso, haviam se esquecido das espirituais e eternas. Desse jeito, envolveram-se com todo tipo de maldade, trazendo como resultado o juízo de Deus.

    Veja o que diz Gênesis 6: 5 e 6: “O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal. Então o Senhor arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra; e isso cortou-lhe o coração”.

    Hoje, não está muito diferente. Talvez a grande maioria esteja vivendo como naquele tempo. Afinal, a perversidade, a corrupção, o individualismo, o egoísmo, a frieza nos relacionamentos, a imoralidade, o culto à fama, ao dinheiro e a si mesmo e outros males vêm crescendo de forma alarmante.

     Mas isso não é novidade, nem nos surpreende. Apenas nos deixa de antena ligada, pois a Bíblia já falou sobre esse problema há quase dois mil anos. Veja: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te” – 2 Timóteo 3:1-5. 

     A consequência de tudo isso, conforme disse o Senhor Jesus, será a mesma do tempo de Noé. Porém, você e a sua família também podem se abrigar na “arca”, como já vimos, se continuarem a andar cotidianamente com Deus, sendo justos, íntegros e se afastando do mal.

    Talvez, para muitos, Esse homem foi um pregador fracassado, pois somente a família dele lhe deu ouvidos. No entanto, penso que ele foi um verdadeiro sucesso por ter conseguido manter seus entes queridos e a si mesmo nos trilhos da fé e obediência. Também isso é o que almejo para mim. E você? Também tem esse desejo em seu coração?  

      Se seu coração anseia por conduzir sua famíla à presença do Senhor, siga o exemplo de Josué, o sucessor de Moisés, o qual fez a seguinte declaração quando falava com o povo de Israel: “Agora, pois, temei ao Senhor , e servi-o com sinceridade e com verdade, e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao Senhor. Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor , escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor – Josué 24:14,15.

    

 

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E se Deus simplesmente não existe?

“Deus está morto!” (Nietzsche)  

          Faz muitos dias que a pergunta do título tem vindo à minha cabeça. Geralmente, ela vem seguida por outros questionamentos, os quais almejo compartilhar com você. No entanto, não digo isso apenas pela força do hábito ou somente para justificar a escrita deste artigo. Ao contrário, realmente corresponde à verdade. Então, entendi que o Espírito Santo quer nos levar a refletir sobre o tema em questão.

     Dada a insistência dessas interrogações, perguntei à minha esposa, e aos meus filhos, grande parte do que registrarei aqui. Afinal, se foi bênção para nós, visto que nos levou à reflexão e ao diálogo, considero que poderá ser para você, sua família e outras pessoas de sua intimidade também.  

     Para início de conversa, preciso dizer que estes escritos não têm a mínima pretensão de ser um tratado teológico e, de fato, não o são. São apenas considerações. E, quem sabe, provocações, as quais poderão contribuir para aproximá-lo ainda mais do Senhor para, assim, desfrutar da companhia dele e de suas copiosas bênçãos.

     Desde os tempos mais remotos, o ser humano sempre tentou se relacionar ou se relacionou com a divindade. Evidentemente, na maior parte das vezes, o fez de modo equivocado, criando seus próprios deuses “à sua imagem e semelhança”, isto é, de acordo com aquilo que sua mente criativa (mas limitada e pecaminosa) pôde compreender*. Desse modo, surgiu aquilo que se chama idolatria, a qual é, terminantemente, proibida por Deus – Êxodo 20:1 ao 6. 

      Outros tomaram a decisão de não acreditar na existência de um Ser Supremo, Criador e Mantenedor de todas as coisas. Nietzsche (1844-1900, filósofo alemão), por exemplo, fez a célebre, mas infeliz declaração: “Deus está morto!”**. Entretanto, ele se foi sem conseguir provar a veracidade de sua afirmação. E, desde então, bilhões continuam a crer que há um Criador e Mantenedor do Universo.

     A partir desse ponto, quero fazer-lhe parte dos mesmos questionamentos que fiz à minha família e torço para que você também os faça aos seus entes queridos:

  • Se alguém decide crer na existência de Deus, que prejuízos pode ter?
  • Se decidir crer, que benefícios terá?
  • Se decide não crer, que perdas terá?
  • Se decide não crer, que benefícios terá?
  • Para alguém afirmar categoricamente que Deus simplesmente não existe, o que é necessário e indispensável?
  • Alguém já conseguiu esgotar todas as possibilidades sobre esse assunto?
  • Diante da resposta à questão anterior, qual é a escolha mais sábia a fazer?

     Fiz tais indagações à minha família em momentos diferentes e sem a interferência de um membro na resposta do outro. Todavia, as respostas foram praticamente iguais. Veja parte delas:

  • Quem optar por acreditar na existência de Deus deixará de “aproveitar” algumas coisas, tais como: sexo descompromissado, bebidas, drogas lícitas e ilícitas, corrupção, fazer aquilo que vem à cabeça sem se preocupar com consequências eternas, não ficar preso a sentimento de culpa, não ser “escravo” de uma religião, e outros semelhantes a estes.
  • Escolhendo crer, terá uma vida de paz interior, evitará muitos problemas de saúde, com a lei, com a justiça, com a família. Porém, o principal de tudo é que desfrutará de uma eternidade com o Senhor: “E esta é a promessa que ele {Jesus} nos fez: a vida eterna” – 1 João. E mais: “Então vocês experimentarão a paz de Deus, que excede todo entendimento e que guardará seu coração e sua mente em Cristo Jesus” – Filipenses 4:7 – Nova Versão Transformadora.

     Veja ainda o que Jesus disse que aconteceria àqueles que decidissem viver de acordo com a vontade do Senhor: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo…” – Mateus 25:34. E, quando questionado por Pedro sobre o que receberiam aqueles que decidiram segui-lo, Jesus Respondeu: “… todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto e herdará a vida eterna – Mateus 19:29. Ou seja: Cristo quis dizer que haverá muito mais benefícios do que prejuízos destinados a quem o seguir.

  • Decidindo não crer, deixará de desfrutar da comunhão e companhia do Pai, de uma vida de paz e, o pior de tudo, não passará a eternidade com o Senhor: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos…” – Mateus 25:41. Já em Marcos 16:15 e 16, o Mestre disse: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. Que palavras fortes!
  • Caso tome a decisão de não crer, os “benefícios” serão poucos e temporários. Por exemplo: fazer determinadas coisas que dão prazer carnal, riquezas e status social, mas que poderão ser grandes laços, como diz Provérbios 16:25: “Há caminhos que a pessoa considera corretos, mas acabam levando à estrada da morte” – Provérbios 16:25 – NVT.

     Vale lembrar que muitas dessas “coisas” que grande parte da sociedade considera boas e prazerosas não são vistas com bons olhos ou não são aceitas nem por pessoas que se consideram ateias. Logo, não é algo que os “caretas e fanáticos cristãos” inventaram. Quaisquer indivíduos que buscam uma vida sensata, reta e saudável para corpo, mente, emoções, relações familiares e sociais batalham para viver o mais longe possível dessas “coisas”.  

  • Para um indivíduo bater o martelo sobre esse tema, ou seja, afirmar de forma categórica e irreversível que Deus simplesmente não existe, que é uma criação humana para justificar suas fraquezas ou mesmo ignorância, ele deve esgotar todas as possibilidades de controvérsia ou contestação. Isso significa provar de modo irrefutável que quem se opõe está errado. Então lhe pergunto: “Alguém já conseguiu essa façanha???”. Provavelmente, dirá que não. E estou nessa com você!

Que eu saiba, não há ninguém no mundo que conseguiu esgotar tudo que diz respeito a determinado assunto, seja ele qual for. Sempre existem outros que contribuem para o aperfeiçoamento da descoberta ou do invento. Basta pensar no avião, cujos inventores são o brasileiro Alberto Santos Dumont e os irmãos Wright (pelo menos, para os estadunidenses). Note que após essa invenção muitas coisas foram aprimoradas. E continuam sendo.

Do outro lado da ponte estão aqueles que decidiram crer, a despeito de qualquer coisa. Para exemplificar, basta ler a história de Noé (Gênesis, capítulos 6,7 e 8) e Abraão (a partir de Gênesis 12). Eles tinham tudo para duvidar da existência do Criador, pois as circunstâncias conspiravam contra eles. Entretanto, esses homens tomaram a sábia decisão de crer, e os resultados foram maravilhosos e eternos. O primeiro deu continuidade a espécie humana e o segundo deu origem ao povo de Israel, do qual Jesus é o descendente mais proeminente e ilustre. E mais: eles fazem parte da Galeria dos Heróis da Fé – Hebreus 11.

Sei que estes exemplos estão muito distantes na cultura e no tempo. Contudo, grandes cientistas que fizeram e fazem parte da História por causa de seus grandiosos feitos também creram em Deus, independentemente do que os incrédulos diziam. Veja alguns deles: Nicolau Copérnico (1473-1543), Johannes Kepler (1571-1630), Galileu Galilei (1564-1642), René Descartes (1596-1650), Isaac Newton (1642-1727), Robert Boyle (1791-1867), Michael Faraday (1791-1867), Gregor Mendel (1822-1884), Kelvin (William Thompson) (1824-1907), Max Planck (1858-1947), Albert Einstein (1879-1955) ***. Certamente, você já estudou sobre eles e seus feitos na escola.

 Além desses, que ainda estão distantes da nossa realidade, gostaria de citar Augusto Cury, um médico psiquiatra, professor e escritor brasileiro, famoso pelos seus livros na área de psicologia. Inclusive é o autor da Teoria da Inteligência Multifocal.

Esse homem que, provavelmente, é hoje o escritor brasileiro mais lido no mundo, declara com frequência que era um grande ateu. Por isso, passou a estudar a Bíblia, especialmente a História de Jesus, para desmascarar os cristãos. Mas, quanto mais estudava, mais se convencia de que estava errado. Mesmo aplicando métodos científicos para provar que tudo que os cristãos falavam era uma grande besteira, não tinha como humilhar os crentes. Por fim, foi fisgado por Deus e hoje é um grande defensor da fé no Senhor.   

     Quando lemos os capítulos de 37 a 42 de Jó, encontramos um diálogo de Deus com esse homem. Ele fizera alguns questionamentos e o Criador passou a lhe responder. Como a conversa é muito extensa, vou pegar apenas o capítulo 38:4, onde o Senhor lhe pergunta: “Onde você estava quando lancei os alicerces da terra? Responda-me, se é que você sabe tanto” – Jó 38:4. (Se puder, leia o capítulo inteiro.)

     Evidentemente, Jó não tinha uma resposta satisfatória. Por isso, quando chegamos ao capítulo 42, vemos esse homem reconhecendo sua pequenez, humilhando-se diante de Deus e declarando: “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza” – Jó 42:5,6.

     Vale lembrar que no capítulo 1º:1, lemos a seguinte declaração sobre Jó: “Na terra de Uz, vivia um homem chamado Jó. Era homem íntegro e justo; temia a Deus e se afastava do mal”. Mesmo tendo todas essas virtudes, parece-me que ele possuía apenas um conhecimento religioso-teórico do Senhor. Em outras palavras, ainda lhe faltava o mais importante: uma experiência e um relacionamento pessoal com Deus. Certamente foi por essa razão que afirmou já ter ouvido falar, mas que, a partir daquele momento, seus “olhos tinham visto o Senhor”.

     Diante de tudo isso, só me resta fazer algumas considerações:

  • Quando fiz esses questionamentos ao meu filho primogênito, ele disse: “Essa é a Proposta de Bleise Pascal”. (Confesso que não a conhecia.) E de fato está coerente com o que esse homem teorizou. Então, quero usar a mesma linha de raciocínio que Pascal empregou: Se você decidir não crer em Deus, estará correndo o perigosíssimo risco de trocar o que é eterno e infinito pelo que é temporário, efêmero e finito. Mas, caso decida acreditar, trocará o passageiro pelo eterno. O finito pelo infinito.
  •  Quanto a mim, a escolha já está feita: Como não posso esgotar todas as possibilidades para provar que Deus não existe, tomo a firme decisão de continuar crendo, pois não quero tocar a eternidade ao lado do Criador por uma eternidade longe dele. Por isso, sigo a máxima dos judeus: “Mesmo não entendendo, decido obedecer ao Senhor”.
  • Ademais, procuro lembrar-me do que disse Davi, o homem segundo o coração de Deus – Atos 13:22: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus” – Salmos 53:1. Já que não quero ser um néscio, opto por crer.
  • Talvez você me diga: “Mas eu creio em Deus. Já tive muitas experiências com ele”. Excelente!!! Que tal fazer esses questionamentos às pessoas que você ama, levando-as a uma reflexão, a um autoexame e a uma conversa rica e proveitosa? Assim, contribuirá para o êxito, a felicidade e salvação delas.
  • Quem sabe, você tem servido ao Senhor somente de maneira religiosa, ou seja, apenas seguindo uma tradição, sem se questionar se está agindo de acordo com o que a Bíblia ensina ou não. Há muitas pessoas que, apesar de toda a sinceridade e devoção, exercem sua fé sem fundamentá-la na Palavra de Deus, seguindo apenas o que ensina a tradição religiosa ou o que o líder diz. Por isso, apenas cumprem tarefas ou rituais religiosos, sem nunca se relacionar intimamente com o Senhor como ele deseja: “Eu serei seu Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas, diz o Senhor Todo-poderoso” – 2 Coríntios 6:18. É assim que Deus quer se relacionar com você e comigo: Pai perfeito e amável e filho.
  • Se você está entre aqueles que não creem em Deus, eu gostaria de, respeitosa e humildemente, pedir que fizesse esses questionamentos a si mesmo. Perguntasse se não está trocando o Eterno Deus e bênçãos eternas por coisas temporárias, fugazes. Caso o faça com sinceridade, veja o que o Altíssimo afirma: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” – Jeremias 29:13. Observe ainda: “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus. E mais: “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito.” – Salmos 51:17; 34:8.

Em Mateus 5:5, Jesus declarou: “Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança”. Em outras palavras, o Mestre estava a dizer que são felizes as pessoas cujo coração é humilde, porque terão uma herança da parte do Eterno Deus.

Um dos sentidos da palavra humildade é “reconhecimento de que não sabe tudo ou não consegue fazer tudo sozinho”. Portanto, talvez seja seu momento de reconhecer e ser humilde o suficiente para dizer ao Senhor que não acredita que ele existe, mas que, se ele de fato é real, se não é uma enganação ou fruto de fanatismo religioso, que se revele de alguma maneira. Afinal, se ele realmente existe, você só tem a ganhar aqui na terra e, por fim, uma eternidade junto com o Senhor.

Sei perfeitamente que não posso e não consigo convencer ninguém de que Deus existe. Na realidade, nem é o meu papel. Conforme disse Martinho Lutero: “Nosso trabalho é levar o evangelho aos ouvidos, e Deus levará dos ouvidos ao coração”. E Jesus ensinou que é o Espírito Santo quem convence e ensina cada um de nós sobre as coisas do Pai – João 14:26; 16:8.  

Para finalizar, incentivo você a ouvir o que Jesus disse a Tomé, o descrente, depois da ressurreição: “Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!” – João 20:27-29. Caso você atenda a esse chamado do Senhor para ser crente nele, haverá ganhos que repercutirão na eternidade. Afinal, como disse a personagem Maximus, do filme Gladiador, é lá que tudo reverbera. Pense nisso.    

Prof. Marcos Araújo

Sugestão de música: Bem Supremo – Adhemar de Campos (Acústico ao vivo)

Sugestão de filme: Em defesa de Cristo (baseado numa história real)

     *Leia mais em: https://super.abril.com.br/ideias/deus-esta-morto-nietzsche/

     ** Livro: O fator Melquisedeque – O testemunho de Deus nas culturas de todo o mundo – Don Richardson

    *** Cientistas que criam em Deus: http://www.monergismo.com/textos/apologetica/cientistas_famosos.htm

    **** Augusto Cury: https://www.ebiografia.com/augusto_cury/   

 

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Sepultura vazia: Validação da fé cristã

Sepultura vazia: Validação da fé cristã
“E, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm.” (1 Coríntios 15:14)

      Como ensina a tradição, nesta semana, celebra-se a Sexta-feira Santa e a Páscoa. Há quem concorde com essa prática e outros que discordem. Quanto a mim, cabe o respeito à fé de cada pessoa e à liberdade de festejar ou não. Por isso, todas as considerações que farei neste artigo têm o objetivo de levar-nos à reflexão sobre esse tema tão importante, não de julgar pessoas.
     Conforme ensinam as Escrituras, a Páscoa foi instituída por Deus quando seu povo estava prestes a sair do Egito, rumo à Terra Prometida – Êxodo 14:1 ao 28. Essa palavra vem do hebraico Pessach ou Pesach, cujo significado é passagem. Também pode ter o sentido de saltar ou passar adiante. Portanto, entende-se que ao instituí-la, o Senhor estava indicando que os hebreus saltavam ou passavam adiante para outro estágio da vida deles, rumando ao lugar que fora dado a Abraão, de quem eles eram descendentes e herdeiros, segundo a promessa.
     Veja o que diz o versículo 21: “Chamou, pois, Moisés a todos os anciãos de Israel e disse-lhes: Escolhei, e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a Páscoa”. Por esse texto, compreende-se que essa festa era do povo hebreu, o qual, posteriormente passou a ser chamado de judeu. 
     Quando Cristo veio, como um bom judeu que era, cumpriu tudo aquilo que ensinavam ou ordenavam as Escrituras Sagradas. Inclusive, a celebração da Páscoa, conforme se lê em Lucas 22:7 ao 20. Entretanto, nesse mesmo texto, vemos que o Mestre instituiu a Ceia, que pode ser entendida como a indicação de que chegara um novo tempo para todo aquele que o reconhecesse como o Messias e o aceitasse como seu Senhor e Salvador.
     Desse modo, quando o servo de Deus comemora a Páscoa hoje, mesmo não sendo uma ordenança do Senhor, deve fazê-lo com entendimento e com sabedoria. Assim como em Êxodo 12:26 e 27 o Senhor orienta os pais a explicarem para seus filhos o porquê dessa celebração, também o cristão que decide comemorar essa data precisa esclarecer a seus filhos que não se trata de coelhinho, ovos de chocolate, churrasco, bebidas e diversão, mas de reconhecimento de que o Senhor Jesus veio ao mundo, exerceu seu ministério, morreu em nosso lugar e ressuscitou.
     Todos nós precisamos saber claramente que ele fez tudo isso para que nós, vis e imerecidos pecadores, pudéssemos ser reconciliados com Deus, tivéssemos nossos pecados perdoados, passássemos a ter o direito de ser chamados de filhos e a certeza da salvação eterna – Efésios 2:13 ao 16; João 1:11 ao 13.  
     Feitas essas considerações, gostaria de tratar com você de quatro pilares muito importantes da fé cristã, os quais já foram mencionados: a vinda do Senhor Jesus, seu ministério, sua morte e ressurreição. Sem eles, todos nós estaríamos irremediavelmente perdidos, segundo nos mostra a Bíblia Sagrada.
     Como já fora anunciado por Deus lá no Éden, logo após a desobediência de Adão e Eva, da semente/descendência da mulher nasceria um que pisaria a cabeça da serpente (uma metáfora, que se refere ao maligno). Lendo  Isaías 7:14, vemos o Altíssimo dizendo: “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”.
     Chegando a Lucas 2:25 ao 32, vemos Jesus sendo levado pelos pais ao templo para ser apresentado ao Senhor. Lá, Simeão pega a criança nos braços, louva a Deus e  refere-se àquele menino como o cumprimento da promessa que tinha sido feita fazia tanto tempo. Logo, o primeiro pilar da fé cristã é o nascimento de Cristo.
     O segundo pilar é o ministério de ensino, pregação, cura e libertação exercido pelo Mestre, conforme lemos em Lucas 4:14 ao 22. Veja o que o Senhor declara no versículo 21: “Então, {Jesus} começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos”. 
     O terceiro pilar foi a morte de Cristo. Sem ela, a obra da redenção ainda não estava completa (redenção: do Latim redemptio, de redimere, “redimir”, literalmente “comprar de volta”, de re-, mais emere). As Escrituras fazem a seguinte declaração: “De fato, segundo a Lei, quase todas as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não há perdão/remissão de pecados” – Hebreus 9:22 – NVI.
     Em outras palavras: O senhor precisou derramar seu sangue lá na cruz do Calvário para que pudesse nos comprar de volta para o Pai, uma vez que éramos escravos do pecado, isto é, dominados por coisas e práticas que eram boas aos nossos olhos, mas que não eram retas aos olhos do Pai.
     Então, se hoje temos paz com Deus, devemos isso a Cristo: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada/acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus” – Romanos 5:1,2.  
     Ao ler o texto acima, fica claro que não é por sermos “bonzinhos” ou pelo que fazemos que fomos ou somos reconciliados com Deus, mas pelo que JESUS CRISTO fez. Veja ainda: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” – Efésios 2:8,9.
     O quarto pilar é a ressurreição de Cristo. Sobre esse assunto, Paulo faz uma longa argumentação em 1 Coríntios 15, pois, já em sua época, havia muitas pessoas influenciadas pelos pensadores (filósofos gregos), as quais não acreditavam nisso. Os saduceus, por exemplo, eram incrédulos quanto a isso. Eles, inclusive, tentaram pegar Jesus em contradição sobre esse assunto – Lucas 20:27 ao 40.
     Quando o apóstolo Paulo fez sua argumentação sobre esse tema, nos versículos 13 e 14 ele falou: “E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” – 1 Coríntios 15:13,14.
     Como meu objetivo aqui não é provar ou tentar convencer ninguém da veracidade da ressurreição, pois quem faz o convencimento é o Espírito Santo – João 16:7 ao 11, apenas quero declarar o seguinte: Se Cristo tivesse vindo como o Emanuel (Deus conosco), exercido seu maravilhoso ministério de ensino, pregação, libertação e cura, morrido, MAS não tivesse ressuscitado, nossa fé seria vã, ou seja, sem valor ou inútil, como bem o disse Paulo.
    Por isso, esse pilar é muitíssimo importante. Diferentemente de outras religiões ou de filosofias, cujos fundadores e grandes expoentes morreram e permaneceram em seus túmulos (alguns dos quais ainda podem ser visitados, uma vez que seus restos mortais se encontram neles), o túmulo de Cristo está vazio: “Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou” – Lucas 24:5,6.
     Nosso Senhor não se encontra ali desde o domingo depois de sua crucificação e morte. Aleluia!!! Ele foi visto por mais de 500 irmãos, muitos dos quais ainda estavam vivos quando Paulo escreveu sua 1 epístola aos Coríntios, por volta dos anos 55 e 56 da Era Cristã.
     Veja a declaração de Paulo: “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e que foi visto por Cefas/Pedro e depois pelos doze. Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. Depois, foi visto por Tiago, depois, por todos os apóstolos e, por derradeiro de todos, me apareceu também a mim, como a um abortivo. Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus. Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus, que está comigo” – 1 Coríntios 15:3-10.
     Logo, nossa fé não é inútil nem desprovida de embasamento. Existem fatos históricos e científicos que dão credibilidade às Escrituras Sagradas. No entanto, o autêntico cristão não crê apenas no que diz a Ciência e a História, pois ele sabe que “sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam” – Hebreus 11:6.
     Também conhece o que Jesus, já ressuscitado, falou a Tomé: “Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!” – João 20:27-29.
     Portanto, se neste domingo você for celebrar a Páscoa, faça-o com entendimento e fé. Ensine a seus filhos e a quem tiver ouvidos para ouvir que essa festa não é sobre coelhinho, ovos de chocolate, reuniões familiares ou outras diversões e distrações (Evidentemente, pode dar, receber, trocar presentes reunir a família e amigos. Não existe nenhum mal nisso). Diga-lhes que ela é uma lembrança e um memorial da vinda, ministério, morte e ressurreição do nosso Senhor Jesus Cristo, para que nossa religação com o Pai fosse e seja possível. Do contrário, estaríamos miseravelmente perdidos e sem esperança de salvação: “… naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel (povo de Deus) e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo” – Efésios 2:12.   
 

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Sinal Amarelo II

     “Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo.”  (Marcos 13:33)

     Nestes últimos dias, temos nos defrontado novamente com uma situação que nos deixa sobressaltados, apreensivos e inseguros quanto ao futuro. Evidentemente, refiro-me à guerra envolvendo de forma direta a Rússia e a Ucrânia. Indiretamente, porém, ela atinge todo o mundo, uma vez que os reflexos econômico-financeiros e sociais podem atingir mesmo aqueles que estão, geograficamente, bem distantes dos referidos países.  

    Há dois anos, quando explodiram os casos de Covid-19, houve muitos questionamentos a respeito de ser um sinal ou não da volta de Cristo. Por isso, escrevi um artigo chamado Sinal amarelo https://palavradesabedoria.net/2020/03/30/sinal-amarelo/ , no qual falei um pouco sobre esse tema (Está no blog palavradesabedoria.net). Hoje, também tem havido muitas dúvidas e especulações sobre a chegada do anticristo e a volta de Jesus. Por essa razão, quero refletir mais um pouco com você a respeito desse tema.

     De início, é importante fazer uma analogia entre uma construção com rachaduras e o cumprimento das profecias bíblicas. Para muitos, eu sei, pode ser algo muito simplório (Que me perdoem os teólogos!), mas entendo que ajudará na compreensão desse tão relevante tema.

     Conforme já ouvi de alguns construtores, inclusive de quem construiu minha casa, existe uma movimentação natural do terreno. Isso, segundo eles, pode provocar algumas rachaduras, mas, a princípio, não precisa ser motivo de preocupação. No entanto, entendo ser necessário estar atento, pois, se a fendas começarem a aumentar de tamanho, profundidade e em quantidade, pode ser a evidência de que há algo sério ocorrendo com a estrutura da casa. Comprometendo, dessa forma, a segurança de seus moradores, porque pode fazê-la desabar a qualquer momento.

     Quando olhamos para as Sagradas Escrituras, vemos diversas profecias que já se cumpriram como, por exemplo, as que se referiam ao nascimento de Cristo, sua paixão, morte e ressurreição (Isaías 7:14; 9:1 ao 7; 53:1 ao 12; Lucas 2…). Outras estão se cumprindo e ainda existem aquelas cujo cumprimento se dará apenas quando Cristo vier buscar Sua Igreja. 

     Desse modo, pode-se dizer que o mundo tem sido como uma casa. Nele, sempre houve trincas, as quais, ao longo da História, o ser humano sempre tentou remendar. Algumas tentativas deram certo e o problema foi resolvido. Outras até apresentaram bons resultados, porém temporariamente. Logo o problema reapareceu e com mais força ainda. Há, ainda, algumas coisas que não foram e jamais serão resolvidas, já que a ambição, a ganância, o orgulho, a sede de poder, o sentimento de autossuficiência e o desejo, consciente ou não, de ser deus continuarão a existir na História da humanidade.

     “Então o que caracterizaria a proximidade da volta do Senhor?” ─ Talvez seja essa sua indagação. E muito justa, por sinal. Isso nos leva de volta à analogia feita no início. Se as rachaduras existentes em uma casa passarem a aumentar de tamanho e profundidade, se continuarem a surgir novas trincas e se espalharem pelas paredes, laje e piso, é preciso sair imediatamente dali, visto que pode desabar a qualquer momento. Caso alguém insista em continuar sob aquele teto, certamente se tornará vítima da sua decisão tresloucada.

     Quanto ao mundo, o raciocínio é o mesmo. E temos visto que as rachaduras têm aumentado assustadoramente. Compare o que disse o apóstolo Paulo há cerca de 1900 anos com o que você tem presenciado na sociedade atual e reflita a respeito: “Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se também destes” – 2 Timóteo 3:1-5.   

    Já no tocante às profecias proferidas por Cristo, temos presenciado o cumprimento de várias delas. Veja uma: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará” – Mateus 24:12.  Outra trata da perseguição aos cristãos. Estudos diversos têm constatado um grande aumento disso em todo o mundo   (https://noticias.r7.com/internacional/mais-de-360-milhoes-de-cristaos-foram-perseguidos-em-2021-19012022).

     Em Mateus, Cristo fala sobre diversos acontecimentos que podem ser considerados como sinais anunciadores da proximidade de seu retorno, não para pisar esta terra, mas para buscar Sua Igreja. Veja alguns dos versículos nos quais ele revela vários desses sinais de alerta: “Jesus respondeu: Cuidado, que ninguém os engane. Pois muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo! E enganarão a muitos. Vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras, mas não tenham medo. É necessário que tais coisas aconteçam, mas ainda não é o fim. Nação se levantará contra nação, e reino contra reino. Haverá fomes, {e pestes}, e terremotos em vários lugares. Tudo isso será o início das dores. “Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa. Naquele tempo muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros, e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará, mas aquele que perseverar até o fim será salvo. E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim” – Mateus 24:4-14. 

     Esses eventos mencionados por Cristo devem ser motivo de uma reflexão pessoal. Se fosse somente uma rachadura, até não deveria ser motivo de tanta preocupação. Todavia, por se tratar de muitas trincas, é preciso e necessário estarmos atentos. Caso você pare para analisar questões relacionadas à moralidade, por exemplo, perceberá quanta coisa mudou nestas últimas décadas.

    Isaías profetizou algo cerca de 700 anos antes de Cristo, entretanto parece que foi hoje de manhã: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo! Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes diante de si mesmos! Ai dos que são poderosos para beber vinho e homens forçosos para misturar bebida forte! Ai dos que justificam o ímpio por presentes e ao justo negam justiça!” – Isaías 5:20-23.

     Por acaso, você não tem visto exatamente essa inversão hoje? E mais: o materialismo/secularismo, o hedonismo   (dedicação ao prazer como estilo de vida), a violência em todos os níveis e com todas as suas facetas têm sido algo notório. Enfim, todo tipo de corrupção está devorando a sociedade atual e, infelizmente, se percebe isso até na vida de pessoas que se dizem cristãs (Aliás, todos nós corremos esse risco!).

     Diante de tudo isso, cabe-nos estar atentos aos sinais da vinda de Cristo. No entanto, é urgente cada um de nós fazer uma incursão dentro de si mesmo, com a intenção de analisar a própria vida à luz das Escrituras. O apóstolo Paulo, ensinando a igreja de Corinto sobre a Ceia do Senhor, diz: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo (…) Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo” – 1 Coríntios 11:28, 31,32.   

     Obviamente, quando Paulo trouxe o ensino acima, estava falando sobre a Ceia do Senhor e como se comportar nessa ocasião. Contudo, o princípio é o mesmo em relação a nós. Ou seja: cada um de nós precisa examinar-se e julgar a si mesmo, tomando como referência a Palavra de Deus, para que entenda se está ou não preparado para o encontro com Cristo, quando ele vier buscar “um povo seu especial, zeloso de boas obras” – Tito 2:14. 

     Geralmente, temos o costume de analisar a vida do nosso próximo. Afinal, quem gosta de enxergar erros em si mesmo? Porém, a Bíblia diz que cada um vai prestar contas de seus próprios atos a Deus. Veja: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” – 2 Coríntios 5:10 (Hebreus 9:27 e Apocalipse 14:13; 20:12 e 13 e 22:12 também falam sobre isso). 

     Portanto, independentemente de essa guerra ser um prenúncio da iminência da volta de Cristo ou não, porque “um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia” – 2 Pedro 3:8; Salmo 90:4 – é muitíssimo importante estarmos preparados para esse evento. Para quem morrer nessa guerra ou para qualquer outra pessoa que partir, é como se o Senhor tivesse voltado, pois já não há mais a possibilidade de mudar de vida. No entanto, para nós que ainda vivemos, há tempo, e ele é mais do que oportuno para nos achegarmos mais e mais a Deus. As Escrituras declaram: “Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração” – Tiago 4:8.  

    Então, é hora de observarmos as rachaduras desse mundo corrompido e corruptor e de praticarmos o que disse Jesus: “Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo” – Marcos 13:33. Somente agindo assim, ouviremos a doce voz do Senhor a dizer: “Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo” – Mateus 25:34. Eu quero ser recebido pelo Senhor desse jeito juntamente com minha família. E você?

Uma música antiga e mais que atual.
 

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Palavras com que se escreve uma nova história

     “Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei.”               (Salmos 119:18 – ARC)

     Se eu lhe perguntasse quantas vezes leu ou ouviu palestras sobre a Parábola do filho pródigo, certamente você teria dificuldade para dizer a quantidade. No entanto, penso que foram muitas. Afinal, mesmo quem tem pouca familiaridade com as Escrituras Sagradas, conhece alguma coisa a respeito dessa narrativa.

     Desse modo, a princípio parece desnecessário escrever mais um artigo sobre essa história contada por Jesus. Porém, a Palavra de Deus é uma fonte inesgotável de água para o sedento e sempre existe algo para aprender com ela ou, pelo menos, relembrar. E entendo ser justamente por esse motivo que mais uma vez fui levado pelo Espírito Santo a ministrar sobre ela e, agora, a escrever a seu respeito.

     Quando olhamos para o início do capítulo 15 de Lucas, encontramos o seguinte registro: “E chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles” – 15:1 e 2. Por causa dos comentários inconvenientes desses homens, o Senhor contou três parábolas: A ovelha perdida, A dracma perdida e O filho pródigo.

     A partir do versículo 11, o Mestre começa a contar essa história, dizendo: “Um certo homem tinha dois filhos. E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda” – Lucas 15:11,12.

     Pedir a herança antes da morte do pai era um grande desrespeito. Soava como se desejasse que ele morresse ou que já estivesse morto. Contudo, esse não é o único significado problemático por trás do pedido do jovem. Pedir sua parte antecipadamente era consequência da ingratidão que habitava sua alma. E o efeito disso não podia ser outro: ele não conseguia ver o que desfrutava estando na casa do pai: amor, proteção, segurança, suprimento para suas necessidades básicas e, sobretudo, a presença de seu genitor.

     A ingratidão sempre culmina com a insatisfação. Por isso, todas as coisas materiais ou imateriais recebidas ou não eram vistas ou não eram valorizadas. O simples fato de estar ali o sufocava e, talvez, o revoltava. Quem sabe, ele se sentia reprimido. Impossibilitado de fazer o que viesse à sua cabeça. De satisfazer todos os seus desejos carnais. Assim, para esse jovem, a casa do pai deixou de ser um lar e passou a ser uma prisão.

     O texto continua: “E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente” – Lucas 15:13

     Uma coisa relevante é que aquele filho não saiu de casa logo após ter recebido a parte da herança que lhe cabia por direito, mas alguns dias depois.

     Essa informação é muito interessante e importante. Indica que ele teve tempo para refletir sobre o que fizera. Para se arrepender e se corrigir diante do pai. Talvez, ele tenha vivido um grande conflito interior. Quem sabe, a consciência o acusou e mostrou a necessidade de que pedisse perdão ao pai. Mas não o fez. Não deu ouvidos a ela e convenceu a si mesmo de que ir para longe do pai era o melhor a fazer.

     E se foi. Resoluto. Inconsequente. Com mil planos em sua cabeça, vislumbrando apenas os supostos benefícios resultantes da decisão tomada. Sem dúvida, se lhe passava na mente algum pensamento negativo, logo ele o afugentava bravamente. Afinal, ele era jovem. Dono da própria vida. Sabia o que estava fazendo. A seus próprios olhos, onipotente.

     Esse cenário é diferente do que vemos hoje? Penso que não. Quantas pessoas conhecidas abandonam a Casa do Pai por se sentirem desse jeito! Infelizmente, muitos de nós, em algum momento, desejamos fazer isso também. E, se não a deixamos fisicamente, o fazemos espiritualmente.

     Como diz a Bíblia em Atos 7:39, muitos hebreus que deixaram o Egito sob a liderança de Moisés, o libertador enviado pelo Senhor, voltaram para lá em seu coração (Atos 7:39). Da mesma maneira, voltamos ou nos voltamos para o mundo, deixando-nos enganar pela suposta liberdade que há fora da Casa do Pai e, como o jovem da parábola, tornamo-nos pródigos também.

     Ainda no versículo 13, somos informados de que esse rapaz foi para uma terra longínqua. Isso nos leva a entender que ele almejava romper completamente os laços com seu pai e com seu irmão. Não queria correr o risco de sofrer interferências indesejáveis ou indesejadas.

     No início, parece que tudo transcorreu como ele sonhara. Geralmente quem possui dinheiro consegue fazer muitos “amigos”. Ter os namorados ou as namoradas que desejar. Sexo à vontade. E muito mais… Mas, sempre que acaba o dinheiro, tais pessoas desaparecem, como num passe de mágica, pois a riqueza pode “comprar” momentos de atenção e prazer e supostas amizades. Todavia, jamais comprará amor verdadeiro ou amigos de fato.

     Em minha cidade natal, houve um jovem que ganhou milhões na loteria. Comprou uma fazenda, de porteira fechada – com todo o maquinário, toda a estrutura e o todo o gado que nela havia. Carro novo. Conquistou mulheres. Vivia cercado de “amigos”. Sentado num bar, pagava comida e bebida para todos. Entretanto, quando o dinheiro acabou, os supostos amigos e as moças que o bajulavam passaram a ignorá-lo. O choque de se ver sem todas as regalias compradas pelo dinheiro o deixou doente e, por fim, foi parar num hospital psiquiátrico. Quando recebeu alta, passou a ser “invisível”. Aqueles que antes se diziam seus amigos, agora fugiam dele, fingindo não o conhecer.     

     Por certo, ocorreu algo semelhante com a personagem dessa narrativa. No versículo 13, lemos que o moço desperdiçou todos os seus bens, vivendo irresponsavelmente. Para piorar, veio uma grande fome sobre aquela terra e ele começou a passar necessidade (v 14). O tempo de glória acabara.

     Com fome e sem o dinheiro da herança, o jovem busca trabalho para se sustentar e, desesperado, aceita um cargo que nenhum judeu jamais pensaria ocupar: cuidador de porcos.

      Segundo a lei do Antigo Testamento, porcos eram animais impuros, de maneira que aquele que tivesse contato com esses animais também se tornaria impuro. Portanto, a aceitação desse trabalho, demonstra a total degradação a que chegara esse rapaz.

      Por acaso, não acontece algo semelhante com muitos dos que abandonam a Casa do Pai? Ao chegarem espiritual e financeiramente ao “fundo do poço”, fazem coisas que antes eram inimagináveis, por serem impuras, imorais, degradantes ou humilhantes aos olhos de Deus. 

     Apesar de ter conseguido um trabalho, a história relata que o jovem continuava a passar fome, chegando a desejar a comida que era dada aos porcos, mas nem isso lhe davam – Lucas 15:15 e 16. Em outras palavras: naquele momento, ele estava sendo tratado como um ser inferior àqueles animais.

     Quando esse rapaz passa a ser tratado como inferior aos porcos, podemos dizer que, para a cultura da época, ele não tinha mais valor nenhum. Mas, surpreendentemente, este não foi o seu fim. Que bom!

     O início da grande reviravolta começa a acontecer quando entra em cena outra palavra: reconhecimento. No versículo 17, lemos: “E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!”.

     Para entendermos melhor, preciso dizer que, quando escreve “caindo em si”, o autor quer dizer que o jovem reconheceu a situação em que estava e como havia errado com seu Pai. Num sentido comum ou corriqueiro, reconhecer significa tomar conhecimento, trazer à mente de novo, certificar-se. Mas vai além disso.Na prática, quer dizer: ter um novo conhecimento ou olhar com outros olhos para o mesmo objeto ou situação. E, ao fazer isso, a pessoa consegue enxergar aquilo que até então não lhe era visível.

     Agora, com seus olhos abertos, ele consegue fazer um julgamento correto da situação na qual se encontrava e uma comparação justa entre sua vida atual e a que tivera na Casa do Pai. Assim, o reconhecimento torna-se o pontapé inicial para a transformação da história desse rapaz.

     O arrependimento autêntico é o primeiro efeito causado pelo reconhecimento. O segundo, a humildade: “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores/jornaleiros” – Lucas 15:18,19.

     Arrependimento verdadeiro sempre é acompanhado pela humildade. Sem ela, até pode haver remorso, vergonha de uma atitude tomada, mas nunca verdadeiro arrependimento. Sem a humildade, é possível que o jovem decidisse ir para uma terra ainda mais distante, para evitar que seu pai, irmão e conhecidos soubessem de sua situação degradante. Entretanto, sendo humilde, ele decide não fugir, mas voltar à Casa do Pai.  

     Seu arrependimento é tão verdadeiro e profundo que entende não mais merecer ser tratado como filho. Para o jovem, era mais prudente pedir que seu pai o aceitasse como um trabalhador diarista, sem compromisso formal, recebendo por dia trabalhado. De fato, ele havia compreendido a gravidade do que fizera. Mas o pai tinha outros planos para seu filho. Como Deus também tem para todos nós, pródigos, que decidimos voltar para Casa.

     No versículo 20, vemos que o jovem realmente volta para casa. Penso que houve um grande conflito interior, que aconteceu uma batalha entre o orgulho e a humildade. Suponho que o jovem temeu enfrentar o pai e que, muito provavelmente, pensou em desistir. Mas prosseguiu. Felizmente!

     Ainda nesse versículo, vemos que o pai avistou o filho ainda longe, correu até ele, e o beijou. Algo parece errado. Não era o filho quem devia correr em direção ao pai? Aliás, esse jovem deveria ter se prostrado aos pés do pai em sinal de arrependimento e humildade. Seria o mais lógico a fazer.

     Há muitas lições importantes nessa parte da história, para as quais devemos atentar. Uma delas é que quando decidimos voltar para a Casa do Pai, ele está à espera e ansioso por esse momento. Observe que o pai o avistou ao longe. Ora, isso dá a entender que esse homem estava olhando para a estrada a esperar o retorno do filho. Como o Pai Celestial também sempre aguarda, ansioso, o regresso de filhos pródigos que compreenderam que a Casa dele é o melhor lugar onde um filho pode estar.

     Outra lição é: o pai sabia que, ao voltar para casa, o filho demonstrava estar arrependido, tendo reconhecido os próprios erros. Por isso, o pai o recebe de braços abertos. Assim também Deus, quando nos vê no caminho de volta para casa, recebe-nos calorosamente, sem apontar para nós um dedo de acusação e/ou nos repreender pelas atitudes vergonhosas.

     Para aquele pai, assim como para nosso Pai Celestial, o arrependimento sincero era mais importante do que os erros cometidos. Como sinal disso, o pai pede a seus empregados que tragam para o filho: roupas novas (para cobrir uma possível nudez), restaurando sua dignidade; um anel (para restaurar seu status de filho e herdeiro) e sandálias, para que pudesse caminhar seguro, sem se ferir.

     Em seguida, aquele pai ordena que tragam o bezerro cevado, reservado para eventos especiais, para fazerem um churrasco e comemorar o retorno do filho – Lucas 15:23. Aquela era uma ocasião especialíssima. Logo, merecia uma festa. Isso lembra o que Jesus disse: “Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” – Lucas 15:7.  

      A seguir, o pai justifica o motivo da celebração: “… porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se” – Lucas 15:23. Que maravilha! Agora aquele filho estava reintegrado à família! Ele certamente enfrentaria problemas em consequência de seus atos (como a rejeição do irmão). No entanto, ele venceria porque novamente estava na casa e na presença de seu pai e podia contar com ele para ajudá-lo.

     Para concluir, bastam apenas algumas considerações:

  • Ainda que sejamos ou ajamos como pródigos, o Pai Celestial sempre está de braços abertos para receber aqueles que reconhecem seus erros, arrependem-se sinceramente e retornam para Casa.
  • Ainda que o filho não entendesse o que significa graça (favor a quem não merece) e perdão, foi justamente o que o Pai, generosamente, lhe ofereceu. Você pode não entender profundamente também. Não importa. Mesmo sem compreender, é isso que o Senhor tem para lhe oferecer quando decidir voltar para a Casa Dele.
  • Você é mais importante do que seus erros. Por isso, Deus enviou Jesus para morrer em seu lugar: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” – João 3:16
  • Os erros sempre trazem consequências negativas, como aconteceu com Davi. Mas, estando na Casa do Pai, você receberá a ajuda necessária para vencer (Romanos 8:26).
  • Não existe dúvida de que depois do perdão e aceitação recebidos na Casa do Pai, aquele filho tornou-se grato por tudo.
  • Estando na casa do Pai, mesmo que não tenha tudo o que deseja ou pensa que merece, você tem o bem maior – a presença e o amor do Pai.
  • Não seja como muitos, que querem a parte da herança (as bênçãos), mas não querem o Pai e a presença dele.

     Compreendemos, dessa maneira, que não existe nada melhor para alguém do que estar e viver na Casa de Deus. Ainda que as propostas do mundo sejam tentadoras, certamente são apenas passageiras e ilusórias. Assim, a alegria e o prazer que geram não valem a pena. Milhões de pessoas já se iludiram com elas e, depois de muito sofrerem, compreenderam que estavam erradas e voltaram.

     Portanto, se esse for o seu caso, volte também. E, se você não saiu fisicamente, mas seu coração já está no mundo, ainda é tempo de refletir e de tomar a decisão de permanecer na Casa do Pai. Por fim, lembre-se de que seu reconhecimento, arrependimento, humildade gerarão graça, perdão, aceitação e acolhimento da parte do Pai Celestial. E é com elas que se escreve uma nova história de vida, de paz, vitória e felicidade verdadeira.

Para ouvir: Filho Pródigo – Voz da Verdade

 

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Como nos dias de Noé

     “Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem – disse Jesus.” (Mateus 24:37)      

     Não me entenda mal, nem me tenha por repetitivo. Mais uma vez, gostaria de iniciar o artigo dizendo que já faz muitos dias que esse assunto teima em povoar minha mente. A princípio, relutei em escrever. Entretanto, compreendi que o Espírito Santo deseja que reflitamos a respeito do que declara a Palavra do Senhor a respeito da vinda de Jesus.

     Antes de começar, porém, sinto ser importante falar que cada pessoa tem o direito de acreditar ou não nos escritos bíblicos. Mas, de acordo com as Escrituras Sagradas, a pessoa de fato temente a Deus sempre crê e procura praticar os ensinos e conselhos presentes no texto Sagrado, porque “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” – 2 Timóteo 3:16,17. Portanto, incentivo você a refletir sobre o que o Senhor Jesus diz a respeito  desse assunto, com sua mente e coração abertos, desprovido de preconceitos.

     O texto de Mateus 24:36 ao 44 faz parte dos ensinos de Cristo sobre os sinais que precederiam sua volta para buscar Sua Igreja. Esta é formada por pessoas de todos os tempos, lugares, povos e culturas que decidiram crer nele, aceitá-lo como seu Único e Suficiente Senhor e Salvador (João 1:11 ao 13) e praticar os ensinamentos divinos.

     Nesse momento específico do ensino, o Senhor está falando que precisamos estar vigilantes, pois ninguém sabe o dia, nem a hora em que ele retornará a terra para buscar seu povo. No entanto, ele continua dando alguns exemplos e algumas pistas dos sinais que precederiam esse evento. Um deles trata do tempo de Noé, cuja história está registrada em Gênesis, capítulos 6, 7 e 8.

     Para facilitar o entendimento, veja a declaração do Mestre: “Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai. Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem. Pois nos dias anteriores ao dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; e eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem. Dois homens estarão no campo: um será levado e o outro deixado” – Mateus 24:36-40.

    No versículo 36, o Senhor nos ensina que NINGUÉM sabe exatamente quando acontecerá o evento da sua volta para buscar Sua Igreja. Portanto, se uma pessoa ou denominação religiosa marcar a data na qual isso ocorrerá, estão indo em direção contrária àquilo que Jesus ensinou. Consequentemente, não merece crédito.

     A partir do versículo 37, o Mestre passa a nos orientar, tomando como referência os tempos de Noé, dizendo: “Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem”. Esse ponto merece uma atenção especial de nossa parte, pois, a seguir, ele vai mostrar como eram aqueles dias.

     Aparentemente, naquele tempo não havia nada demais. Veja que eu disse aparentemente. No versículo 38, está escrito: “Pois nos dias anteriores ao dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca…”

     Talvez você pense e questione: “Mas o que há de errado nisso?” Como eu disse, aparentemente não existe nada de mal nisso. Todavia, esse texto fala de rotina, de costume. De prioridades equivocadas. De psicoadaptação. Ou seja: da adaptação da mente a certos estímulos. Isso é bom, mas também pode se tornar um grande mal, caso esse adaptar-se envolva coisas que nos afastam de Deus, por serem contrárias aos seus ensinos e mandamentos. 

     Para entendermos melhor, é preciso que voltemos a Gênesis (6 e 7). Veja: “O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal” – 6:5). E mais: “A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência” – Gênesis 6:11. Aqui, começa a ficar mais compreensível a fala de Cristo.

     Adaptar-se significa ajustar-se, acomodar-se, amoldar-se ou encaixar-se. Então, entendemos que, de modo geral, a mente dos contemporâneos de Noé já estava completamente ajustada, acomodada, amoldada ou encaixada nos valores, comportamentos, crenças e ideologias, os quais o texto bíblico nos revela que eram totalmente contrários à vontade de Deus. Consequentemente, ofenderam tanto ao Senhor, que ele tomou a decisão de trazer um severo juízo àquele povo.

     Retornando à declaração de Jesus sobre comer, beber, casar-se e dar-se em casamento, entendemos que ele fala de estar tão psicoadaptado e integrado aos valores, costumes, comportamentos e ideologias de seu tempo que já não se faz mais uma avaliação de tudo isso, para verificar se são retos aos olhos de Deus ou não. Desse modo, mesmo as pessoas mais dignas e sinceras começam a agir como os outros, seguindo o fluxo ou a multidão, sendo envolvidas por essa perigosíssima rotina.

     Vale lembrar que seguir a multidão pode ser algo muito nocivo. Afinal, a voz do povo, na maior parte das vezes, não é a voz de Deus. Se fosse, não teriam ignorado seus sábios ensinos, muito menos levado o Senhor à sangrenta cruz. Por isso, é preciso que estejamos atentos aos sinais precursores do retorno de Cristo, apesar de muitos acharem que isso é fanatismo religioso.

     Ainda enfatizando o perigo da rotina e da psicoadaptação em seu aspecto negativo, observemos esse trecho: “…até o dia em que Noé entrou na arca; e eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem” – Mateus 24:38,39.

     De acordo com os registros bíblicos, Noé levou muitos anos construindo a arca. Certamente durante esse período, ele foi advertindo o povo sobre o juízo divino que estava por vir. Veja: “Ele {Deus} não poupou o mundo antigo quando trouxe o dilúvio sobre aquele povo ímpio, mas preservou Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas” – 2 Pedro 2:5. Contudo, as pessoas já estavam de tal maneira conformadas ou ajustadas a todas as injustiças, que “acharam” que Noé estava maluco, que era um intolerante, um ultrapassado, um fanático. Então, não lhe deram ouvidos.  

     Hoje nós, todos nós, corremos o risco de também ser totalmente envolvidos pelas “coisas” do nosso tempo que não avaliamos se elas agradam a Deus ou se são abomináveis aos olhos dele. Talvez os pregadores do verdadeiro evangelho, o que está nas Escrituras Sagradas, também sejam considerados fanáticos, ultrapassados, intolerantes, malucos ou quaisquer outros adjetivos depreciativos. Por essa razão, o Mestre continua fazendo essa advertência. 

     “Até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem”. Às vezes, imagino as pessoas debochando de Noé. Talvez algumas delas até o ajudaram a construir a arca para ganhar algum dinheiro. Outras, simplesmente porque gostavam dele como amigo ou simplesmente para ouvirem suas histórias malucas e darem boas risadas de deboche. Afinal, nunca se falara sobre dilúvio. Mas ele veio. E levou a todos, menos Noé e sua família.

     Imagine o desespero das pessoas quando começou a chover e não parava mais. Quantas pessoas que zombaram de Noé e de sua família esquisita foram bater à porta da arca, pedindo socorro. Mas agora nada podia ser feito, porque “o Senhor fechou a porta” – Gênesis 7:16. E, a porta que Deus fecha, ninguém abre; a porta que ele abre, ninguém fecha, conforme lemos em Apocalipse 3:7 e 8.

     “Assim acontecerá na vinda do Filho do homem – disse Jesus.” Observe que esse trecho do sermão de advertência de Cristo é muito importante. Ele está falando de algo que vai se repetir. Ou seja: haverá um dia em que o Senhor vai trazer juízo sobre toda a terra. E eu penso que, se ele disse, devemos dar crédito. Isso significa que enquanto é tempo devemos fazer o que nos admoesta o profeta Isaías: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” – Isaías 55:6. 

     Entendo ser importante lembrar que invocar vem do latim invocare (in= em + vocare= chamar) quer dizer chamar em socorro ou clamar por socorro e sempre está ligado a coisas relacionadas à religião. Mas também nos leva ao sentido de chamar para dentro. Sendo assim, é possível fazer uma ligação com Apocalipse 3:20, onde Jesus diz: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo”

     Nesse ponto, cabe-nos umas perguntas. MAS são questionamentos que cada um deve fazer a si mesmo, tomando como fundamento ou princípio o que ensina a Bíblia: Será que Jesus está à porta do meu coração ou dentro dele? Será que já o chamei para dentro ou  tenho ignorado a voz dele, dando preferência às vozes do mundo, sem avaliar se agradam ao Senhor ou se são contrárias aos seus ensinamentos?

     É muito mais fácil, e até cômodo, dar ouvidos às vozes do mundo e convidar suas crenças, valores, comportamentos e ideologias para dentro de nós. No entanto, cada escolha gera uma consequência. Escolher o mal pode até ser mais atraente,  interessante e “politicamente correto”. MAS escolher o bem, embora muitas vezes exija esforço e sacrifício, sempre redundará em aprovação divina e bênçãos, especialmente a salvação eterna: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna – João 3:16.

     Noé entendeu muito bem essa verdade. Por esse motivo, achou graça aos olhos do Senhor – Gênesis 6:8. Atente para isso: aos olhos do Senhor, não do mundo. Quem sabe, do mundo ele só recebeu críticas, insultos, deboches, indiferença e outras coisas ruins. Mesmo assim, decidiu ser diferente e fazer a diferença: “Noé era varão justo e reto em suas gerações; Noé andava com Deus” – Gênesis 6:9.

     Provavelmente muitos consideram esse homem um pregador fracassado. Tanto tempo falando do dilúvio e apenas sua família foi convencida de que ele falava a verdade. No entanto, o conceito de sucesso e de fracasso de Deus é diferente do nosso. Assim, ele foi um bem-sucedido, pois conseguiu levar seus entes queridos aos pés do Senhor. E nós também seremos um sucesso, se conseguirmos apresentar ao Pai aqueles que ele colocou aos nossos cuidados.

     Existem muitos sinais em nosso tempo que revelam o cumprimento das palavras de Jesus e precisamos atentar para este ensino: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências/paixões mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piedosamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade/injustiça e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” – Tito 2:11-14.

     Como nos dias de Noé, temos visto a multiplicação da maldade, da perversidade, da violência em todos as áreas sociais. Vemos ainda a corrupção e a iniquidade em todos os setores ou segmentos, especialmente na política, cujo resultado é morte de pessoas e o aumento da miséria. Além disso, o ser humano está numa corrida desenfreada em busca de “felicidade e do prazer”. E, para atingir tal objetivo, não importa os meios empregados, ignorando totalmente os ensinos do Senhor.  

     Aliás, a iniquidade parece ter sido institucionalizada, ou seja, oficializada legalmente. Assim, o certo tornou-se errado e o errado, passou a ser considerado como correto. MAS as Sagradas Escrituras declaram: “Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal; que fazem das trevas luz e da luz, trevas; do amargo, doce e do doce, amargo. Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e inteligentes em sua própria opinião” – Isaías 5:20,21)

     Também vale lembrar que Deus sempre avisa seus servos sobre as coisas que vão acontecer. Foi assim no tempo de Noé e também no do profeta Amós e de tantos outros: “Certamente o SENHOR Soberano não faz coisa alguma sem revelar o seu plano aos seus servos, os profetas” – Amós 3:7. Do mesmo modo, há de ser quando o Senhor decidir que é o momento de buscar Sua Igreja. Por isso, ele já nos avisou faz quase dois mil anos.

     Para concluir, quero destacar que é assaz importante levar a sério o que o Senhor disse. Deus vela por sua palavra para fazê-la cumprir: “O Senhor me disse: Você viu bem, pois estou vigiando para que a minha palavra se cumpra” – Jeremias 1:12. Portanto, que cada um de nós questione a si mesmo sobre esse assunto. Sonde o próprio coração para ver se está dando prioridade a Deus e fazendo aquilo que é reto e justo aos olhos Dele ou não.

     Caso detecte que não está vivendo de acordo com a vontade do Senhor, é hora de seguir o conselho do apóstolo Paulo: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” – Romanos 12:2.

     Também importa estar atento ao que o Senhor Jesus diz: “Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo” – Marcos 13:33 e ouvir a sua doce, suave e insistente voz a dizer: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo” – Apocalipse 3:20.

Sugestão de música: Ele vai voltar – Marinalva

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Espírito Santo – um presente de Deus para você.

    “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade…”   (João 4:16,17)          

    Você gosta de ganhar presentes? Penso que sim, pois a maioria das pessoas ama ser presenteada. Afinal, normalmente o ato de presentear alguém é uma demonstração clara de que a pessoa é querida, valorizada.

    E o que falar, então, quando o presente vem de Deus? Penso que fica ainda mais evidente o quanto somos amados e valorizados pelo Senhor. Basta fazermos uma simples e rápida reflexão que nos lembraremos de vários presentes recebidos como, por exemplo, a vida, o ar que respiramos, saúde, paz interior e tantos outros que passam despercebidos. Porém, existem dois dos quais nunca podemos nos esquecer: Jesus Cristo e o Espírito Santo.

    Jesus Cristo, como o agente e mediador da nossa salvação, é o primeiro: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” – João 3:16 e “Porquanto há um só Deus e um só Mediador/Intermediário entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos” – 1 Timóteo 2:5,6.

     Neste artigo, porém, desejo falar do Espírito Santo, o segundo, mas não menos importante presente do Pai, especialmente do ministério dele aqui na terra e em nossa vida como cristãos. Aliás, podemos até dizer que é uma dádiva do Pai e de Jesus, que diz: “Mas eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas se eu for, eu o enviarei” – João 16:7.

     Para início de conversa, é fundamental saber que o Espírito Santo tem a função de administrar a Igreja do Senhor aqui na terra. Vale ressaltar também que quando falo em “Igreja” não me refiro a denominações religiosas, mas ao corpo de Cristo, o qual é formado por pessoas de todas as épocas, povos, etnias e lugares que tomaram a decisão de crer e convidar   Jesus para ser seu Senhor e Salvador.

     Em João 14:16, vemos Jesus falando o seguinte: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre”. Isso quer dizer que Jesus era o Consolador enquanto estava aqui na terra. Contudo, ele não ficaria em definitivo entre os homens. Por isso, falou várias vezes para os discípulos que ia voltar para o Pai. No entanto, como diz em João 14:18, ele prometeu: “Não vos deixarei órfãos…
      A palavra outro, usada aqui, vem do grego “allos”, que significa “alguém da mesma essência ou completamente igual ao primeiro”, que, neste caso, é Cristo. E a palavra Consolador também vem do grego Paráclito ou Parakletos: para (ao lado) + kletos (chamado) → Aquele que é chamado para andar lado a lado.

    A palavra Parakletos era usada na época de Cristo para designar os advogados no Império Romano, os quais deviam ser totalmente íntegros e irrepreensíveis diante da lei romana. Desse modo, concluímos que o Espírito Santo tem a mesma essência do Pai e do filho, ou seja, ele também é Deus (formando a Trindade ou Tri-unidade), totalmente íntegro e irrepreensível e que ele foi enviado para estar ao nosso lado ou em nós para ser nosso Consolador, Conselheiro, Ajudador e Advogado. Não é maravilhoso? Graças a Deus, não estamos sozinhos ou órfãos no mundo!

     Agora, dentre as coisas que fazem parte do precioso e indispensável ministério dele, quero destacar algumas:

  • Ele nos ensina todas as coisas, especialmente as que dizem respeito à vida espiritual: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas” – João 14:26 e 1 Coríntios 2:13: “Delas também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito, interpretando verdades espirituais para os que são espirituais”.
  • Ele nos faz lembrar de tudo que Jesus disse: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito – João 14:26. Creio que isso já aconteceu com você. Em várias ocasiões e situações, muitas delas em tempo de adversidade, ele me fez lembrar das maravilhosas promessas do Senhor, como a seguinte: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” – João 16:33.
  • Ele consola ou aconselha: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador/Conselheiro, a fim de que esteja para sempre convosco” – João 14:16. Quantas vezes, em meio às batalhas da vida, precisamos de um consolo ou conselho e não temos a quem recorrer! Assim, começamos a conversar com ele e, de repente, uma paz que excede todo entendimento humano inunda a nossa alma – Filipenses 4:7. Outras vezes, precisamos de uma direção, e ele nos indica o caminho a seguir.
  • Ele convence do pecado, da justiça e do juízo divino: “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” – João 16:8. Geralmente, temos dificuldade de admitir que pecamos. Aliás, falar a palavra “pecado”, mesmo na igreja, parece incomodar muitas pessoas. Por isso, em muitos lugares, não mais se ouvem pregações nas quais ela é mencionada. Talvez para evitar a perda de membros.

No entanto, ela continua presente na Bíblia, e não pode ser ignorada. Mas… afinal, o que é pecado? Tal palavra vem do grego hamartia e tem o sentido de errar o alvo ou sair da rota. Logo, pecar significa sair do caminho ou da conduta moral estabelecidos pelo Senhor.

E todos nós, em algum momento, pisamos na bola com Deus e precisamos que o Espírito Santo nos convença, leve ao arrependimento e também ajude a entender, a agir com justiça e de que haverá um juízo de Deus: “Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas quer sejam más” – 2 Coríntios 5:10. Veja também Hebreus 9:27: E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disso, o juízo – Hebreus 9:27.

  • Ele guia a toda a verdade: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir” – João 16:13.

Na geração Pós-Moderna, da qual fazemos parte, a verdade é algo relativo. Isso significa que o que é verdade para mim, não necessariamente o é para outros. E até certo ponto parece ser correto esse pensamento. Porém, o grande problema é que tal pensamento também tem sido aplicado aos princípios bíblicos e a Deus. Logo, o que Deus diz, segundo essa forma de pensar, também pode ser verdade para uns, mas não para outros. É relativo.

Todavia, se você é cristão de fato, a Palavra de Deus é a verdade absoluta, eterna, imutável, incontestável, inerrante e infalível. Assim, para que tenhamos esse entendimento, carecemos da ajuda do Espírito Santo. Caso contrário, tanto Deus como sua Palavra serão apenas mais uma possível verdade entre tantas outras. Ou loucura – 1 Coríntios 1:18.

Por essa razão, precisamos estar atentos ao que Cristo declara: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” – João 14:6. Em outras palavras, não existe outro caminho, outra verdade ou outra vida a não ser o Senhor. Além disso, o Mestre diz: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão” – Lucas 21:33.

  • Ele dá testemunho de Jesus, ou melhor, atesta como verdadeiro: “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim” – João 15:26. E foi exatamente isso que aconteceu no início da Igreja Cristã e continua acontecendo até hoje. Ele tem testemunhado que Jesus de fato é o Cristo, ou seja, o Ungido do Pai, o Messias, o Salvador.
  • Ele glorifica Jesus, isto é, proclama a glória dele, exalta ou celebra: “Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês” – João 16:14. Ele tem glorificado Cristo por meio dos muitos milagres que acontecem, especialmente através da regeneração de milhões de pessoas que outrora andavam distantes de Deus, vivendo uma vida na prática do pecado. Contudo, a partir do momento em que o Espírito Santo lhes revelou Jesus, passaram a viver de acordo com a palavra de Deus. Tais pessoas não se tornaram perfeitas, mas, ao reconhecerem sua imperfeição, têm recebido ajuda para continuarem a caminhar em direção a Deus.  
  • Ele regenera o homem, ou seja, gera novamente no sentido espiritual, uma vez que o ser humano estava, espiritualmente falando, morto em suas ofensas e pecados, conforme lemos em Efésios 2:1 ao 9. E em Tito 3:4 ao 6, lemos: “Mas quando se manifestaram a bondade e o amor pelos homens da parte de Deus, nosso Salvador, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador”.

Isso quer dizer que a regeneração moral e espiritual ou o novo nascimento dito por Jesus (João 3:3 ao 6) somente são possíveis por meio da ação exclusiva do Espírito Santo, não do ser humano. Ainda sobre esse assunto, o apóstolo Paulo faz esta declaração: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo!” – 2 Coríntios 5:17.

  • Ele testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” – Romanos 8:16. Testificar significa testemunhar, comprovar, assegurar; afirmar com certeza. Não é maravilhoso isso?

No Evangelho de João 1:11 ao 13, a Bíblia diz: “{Jesus} Veio para o que era seu {o povo judeu}, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus”.

Na prática, quando cremos em Jesus e o convidamos para ser nosso Senhor e Salvador, espiritualmente falando nos tornamos filhos de Deus. Aí, entra o papel do Espírito Santo como “aquele que testifica”, o qual gera em nós os sentimentos de paz, de segurança e de pertencimento à família do Senhor. Aleluia!!!

  • Ele é o penhor da nossa herança: “Nele, quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória” –  Efésios 1:13,14.

Penhor é algo móvel ou imóvel entregue como garantia de que aquilo que foi pego será devolvido. Assim, uma pessoa que está precisando de dinheiro pode ir a uma instituição que trabalha com esse tipo de crédito e penhorar uma joia, um relógio, prataria ou outro objeto de valor para fazer esse “empréstimo”, sem a necessidade de análise de crédito ou de avalista (A Caixa Econômica Federal faz isso).

Em se tratando do Espírito Santo, mesmo não tendo obrigação, o Senhor o enviou a nós como garantia de que somos filhos dele e de que ele vai voltar e nos levará para morar com ele, segundo Jesus assegura em João 14:3: “E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também”.   

  • Ele intercede por nós e nos ajuda a vencermos nossas fraquezas: “Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos orar como convém, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” –  Romanos 8:26.

A palavra interceder significa intervir ou pedir a favor de alguém; rogar ou suplicar. Desse modo, entendemos que o Espírito Santo, como nosso intercessor, intervém, pede, roga ou suplica ao Senhor aquilo que nós mesmos não temos condições de expressar por meio de palavras. Afinal, muitas vezes, não conseguimos verbalizar o que desejamos; apenas choramos. Então, como conhecedor daquilo que se passa em nosso coração e mente, ele fala para o Pai qual é a nossa necessidade ou desejo.

Outra coisa importante a mencionar é que ele nos ajuda em nossa fraqueza. Segundo estudiosos, a palavra fraqueza aqui empregada vem do grego atheneia e se refere à falta de força, vigor ou debilidade. Mas, nos que diz respeito à Palavra de Deus, trata da debilidade moral e de caráter ou das dificuldades que temos de levar uma vida cristã genuína.

Isso lhe parece familiar? A mim, não apenas parece; é. Afinal, baseado nas Escrituras Sagradas, mas também naquilo que presenciamos diariamente, vejo que todos nós, indistintamente, temos fraquezas. Uns têm problemas com vícios (álcool e outras drogas, jogos, compulsão sexual…), outros apresentam dificuldade de serem honestos ou mentem descaradamente. Além disso, há os que são arrogantes, preconceituosos, incrédulos… E assim vai. A lista é enorme!…

No entanto, muitas vezes, as fraquezas são medos, traumas que carregam desde a infância ou adquiriram na adolescência, quando sofreram bullying ou tiveram grande dificuldade de aceitarem a si mesmas, por causa da ditadura da beleza imposta pela mídia.

Enfim, são bastantes as possibilidades e cada um de nós sabe onde o sapato aperta. No entanto, independentemente do tipo de fraqueza que cada um tem, precisamos saber que não temos de lutar sozinhos. Podemos e devemos contar com a ajuda do Espírito Santo, o qual é o nosso Parakletos ou Paráclito (Ajudador, Consolador, Conselheiro, Advogado).

Ainda existem muitas coisas que eu precisaria colocar neste artigo. Porém, o farei em outro momento. Por agora, almejo fazer algumas considerações, as quais considero relevantes para incentivar você a querer e a buscar a ajuda do Espírito Santo.

  • Jesus, que é nosso maior exemplo em tudo, foi ungido por Deus com o Espírito Santo. Em Atos 10:38, lemos o seguinte: “… como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, e como ele andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com ele”.
  • Veja o que aconteceu quando Jesus foi batizado: “Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele. Então uma voz dos céus disse: Este é o meu Filho amado, em quem tenho prazer” – Mateus 3:16,17.
  • Agora, veja o que aconteceu com Davi quando foi ungido por Samuel: “Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou/apoderou de Davi” – 1 Samuel 16:13.  

As vitórias do rei Davi não aconteceram por obra do  acaso. Também não foi um homem segundo o coração de Deus dependendo apenas de si mesmo (Atos 13:22). Ele foi ajudado pelo Espírito Santo. Por isso, quando pisou na bola com Deus, teve humildade para reconhecer o erro, confessar e mudar de vida. Quanto a Deus, concedeu-lhe o perdão do qual carecia muito e lhe deu paz de espírito.

  • Outra coisa muito importante a mencionar é a seguinte: o Espírito Santo é uma pessoa, não uma força ou energia, conforme muitos pensam, creem ou ensinam. Aqui, pessoa não quer dizer ser humano, mas alguém que apresenta características e atributos exclusivos de um ser: fala, pensa, tem sentimentos, age, orienta e outros como você viu ao longo deste artigo. Por acaso, você já viu uma força ou energia fazer o que ele faz?

 Portanto, ao orar, dirija-se a ele como você o faz com uma pessoa. Em outras palavras: converse com ele, peça ajuda, orientação, conte suas angústias, medos, sonhos, revoltas, dúvidas. Por fim, não se esqueça de agradecê-lo por tudo aquilo que ele já fez em sua vida.

Além disso, jamais se esqueça de que você não está sozinho neste mundo. O Pai, o Filho e o Espírito Santo trabalham em perfeita harmonia e sintonia para abençoá-lo aqui na terra e nos aguardam ansiosamente lá na glória, para que juntos celebremos a ceia e vivamos a eternidade que o Senhor Jesus conquistou para todo aquele que crer: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” – João 3:16. 

Mas não posso terminar estes escritos sem lhe perguntar: Quando você recebe um presente, o que faz com ele? E se for um presente especialíssimo como este?  

Música: Espírito Santo – Fernanda Brum https://www.youtube.com/watch?v=pE-7PnL8dUc

 

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Quem é Jesus para você? (Aconteceu de novo!!)

     “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra.” (Jeremias 5:30)       

     Em 2018, pela graça de Deus, escrevi um artigo bíblico chamado Quem é Jesus para você?” (você pode ler também no site da IEQ São Paulo). Nele, trato desse tema de tão grande relevância, especialmente em nossos dias. Agora, sinto-me novamente impelido pelo Espírito Santo a retomá-lo e a escrever mais uma vez sobre ele.

     No artigo anterior, o qual está no blog “palavradesabedoria.net”, refiro-me a dois “artistas” conhecidos através da mídia. Na ocasião, tais indivíduos dirigiram-se a Jesus de forma muito desrespeitosa. MAS, naquele episódio, meu questionamento não foi a eles e, sim, a mim mesmo e a você, leitor. E hoje o faço a nós outra vez.

     A mídia brasileira (televisão, rádio, jornais, internet etc.) tem divulgado grandes escândalos nestes últimos dias. Evidentemente, ela está fazendo o papel que lhe compete e, espero, com honestidade e imparcialidade, pois é o que o cidadão íntegro tem esperança que aconteça. Concorda?

     Sei que há muitos casos que poderiam ser tomados como base para a argumentação. No entanto, almejo destacar quatro deles, por considerá-los suficientes para entender e fazer uma autoavaliação, ou seja, uma avaliação de nós mesmos, das nossas ações, comportamentos e atitudes diante do Senhor, da sociedade, da nossa família e da própria consciência.

     Afinal, como dizem as Sagradas Escrituras em Romanos 14:10b,12: “Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus. (…) Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus. E, ainda sobre essa questão, em 2 Coríntios 10:5, lemos: “Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas quer sejam más”.

     Um desses casos trata de uma mãe que expulsou de casa um filho de APENAS dois aninhos de idade![1] Para piorar, ela disse que também já havia expulsado outro filho. Como diz o texto bíblico de abertura, coisa espantosa tem acontecido na terra.

     Quando se fala em mãe, logo pensamos no chamado “instinto maternal”, o qual a leva a fazer de tudo para proteger sua criança. Obviamente, isso também deve se aplicar ao pai. Porém, não foi o que aconteceu. E, lamentavelmente, temos visto muitos casos espantosos, horríveis e revoltantes assim.

     Os outros casos envolvem três líderes religiosos: uma pastora, um padre e um médium espírita. E o curioso é que há diversas coisas em comum entre eles: religião, poder, dinheiro e sexo. Além disso, o primeiro e o terceiro também englobam acusação de assassinato. Por causa disso, mais uma vez, tenho visto alguns setores da mídia explorando exaustivamente essas tragédias, da mesma forma que já vimos em outras ocasiões e com assuntos diversos.

     Atenção!!! Quero que você entenda que não estou dizendo que casos assim não devem ser noticiados. Precisam e devem ser para, além de informar, alertar-nos para a existência de lobos vestidos de cordeiros. Esse é o papel do jornalismo sério e imparcial.

     MAS também penso que os veículos de comunicação social precisam e devem colocar em evidência, e de modo mais frequente (talvez insistentemente), os bons exemplos, os quais, não existe dúvida, são em quantidade muito maior. Faço essa afirmação porque entendo que tudo aquilo que reforçamos produz um resultado maior. Logo, se reforçarmos os maus exemplos, eles é que ocuparão nossa mente. E o contrário também é verdadeiro. Veja que falei reforçar, não ignorar.

     Para ilustrar, quero que você volte comigo há quase dois mil anos. Em Mateus 4:12 ao 22, vemos Jesus iniciando o processo de seleção de 12 homens que iriam compor o grupo de ajudantes dele. A princípio, foram chamados de discípulos (do grego mathetes). Em seu sentido mais comum, significa ser um aluno, aprendiz ou seguidor de um Mestre.

     O mais curioso de tudo é que entre os selecionados havia um que iria trair Jesus: Judas Iscariotes, o qual se tornou mesmo o traidor. Estranho, não? Será que o Senhor não sabia que isso iria acontecer? E a resposta é: Sim, sabia. Então por que o Mestre o aceitou em seu grupo, se havia tantas pessoas melhores que esse cara?

     A resposta não é tão simples. Mas, pelo contexto bíblico, entendemos algumas coisas claramente: o Mestre dá oportunidade para pessoas de todos os tipos e índole, isto é, conjunto de traços e qualidades inerentes ao indivíduo desde o seu nascimento; caráter, inclinação, temperamento. Se não o fizesse assim, haveria uma contradição, pois a Bíblia diz que o Senhor não faz acepção de pessoas: “…porque, para com Deus, não há acepção de pessoas” – Romanos 2:11.

     Além disso, Judas passaria por um longo período de treinamento e teria a oportunidade de mudar. Contudo, a decisão de acatar os ensinos do Mestre e de se tornar diferente estava nas mãos dele. Basta lembrar que o Senhor não impõe sua vontade. Ele a  expõe, dá bons exemplos, MAS a palavra final é de cada um de nós: “No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” – João 7:37,38. E hoje continua sendo assim. A escolha é pessoal. (Se quiser, leia Isaías 1:19.)

     Outra observação a fazer é que até no momento em que, traiçoeiramente, Judas entregou Jesus aos soldados ouviu a seguinte frase: “Amigo, a que vieste?” –  Mateus 26:50. Não é que o Senhor não sabia o motivo de estarem ali. Mas queria que esse homem refletisse sobre seus atos, especialmente o daquele momento.

    Sem dúvida, seria impossível reverter a situação. Todavia, Judas teve a oportunidade de se arrepender e de pedir perdão ao Senhor, o qual, certamente, o receberia de braços abertos e o restauraria. Infelizmente, porém, ele não aproveitou a chance e preferiu tirar a própria vida. Que triste!

     Também preciso relembrá-lo de que certa feita Jesus contou uma parábola sobre o trigo e o joio – Mateus 13:36 ao 43[2]. Essas duas espécies são bem parecidas. Crescem de modo muito semelhante. MAS o joio só tem aparência (casca), enquanto o trigo possui a essência, ou seja, os grãos.

     Conforme o Senhor deixou claro na parábola, foi o maligno que semeou o joio no meio do trigo. Porém, chegaria o tempo da colheita, quando cada um tomaria um rumo diferente. Veja: “Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim desta era. O Filho do homem enviará os seus anjos, e eles tirarão do seu Reino tudo o que faz tropeçar e todos os que praticam o mal. Eles os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino do seu Pai. Aquele que tem ouvidos, ouça” – Mateus 13:40-43.

     Aparentemente, as pessoas que praticam o mal estão no lucro. No entanto, não foi isso que Jesus no ensinou. Haverá, sim, o dia no qual pagarão pelas atrocidades cometidas. Todavia, antes de a justiça de Deus ser executada, a justiça humana deve, urgentemente e de modo imparcial, cumprir seu papel, aplicando as punições previstas na lei. E isso independentemente de se tratar de rico ou pobre, religioso ou não-religioso, novo ou velho, branco ou de qualquer cor ou raça. Afinal, a sociedade merece ser protegida, não ficar vulnerável a todo tipo de mal, especialmente nossas crianças.  

     Outra coisa a registrar é que essas atrocidades não devem surpreender os verdadeiros cristãos. As Escrituras, há muito tempo, nos informam que tais coisas acontecerão. Se você ler 2 Timóteo 3:1 ao 9, verá claramente um desses avisos. Entretanto, não estou querendo dizer com isso que devemos nos acomodar e nos conformar. Antes, se somos genuínos servos de Deus, devemos lutar contra o mal, como nos ensinou o Senhor – Efésios 6:10-18.

     Outro lembrete a fazer é que Jesus nos diz o seguinte em Apocalipse 22:11:  “ Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se”. E na sequência, lemos: “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão/recompensa que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras”. Ou seja: cada um de nós vai ser recompensado pelo Senhor de acordo com o que fez por meio do corpo, conforme já vimos em 2 Coríntios 5:10.

    Ainda preciso registrar o seguinte: nosso verdadeiro referencial é Cristo. Foi ele quem morreu na cruz em nosso lugar para perdoar os nossos pecados, nos reconciliar com Deus e nos garantir a salvação eterna, segundo lemos em 1 João 2:25: “E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna”.

     Na mesma carta, temos a seguinte declaração: “E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho. Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida. Escrevi-lhes estas coisas, a vocês que creem no nome do Filho de Deus, para que vocês saibam que têm a vida eterna” – 1 João 5:11-13.

     Já em Hebreus 12:1 e 2, lemos: “Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos”.  

     Você percebeu? A Bíblia fala que temos de olhar para Jesus. Portanto, os maus exemplos jamais podem ser motivo para descrermos do Senhor, abandonarmos a fé e a Igreja, blasfemarmos, ou tomarmos quaisquer outras atitudes e decisões que não estejam pautadas na Palavra de Deus.

    Muito pelo contrário. Não devemos deixar de congregar: “Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas nos encorajemos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia – Hebreus 10:25.

     Em outras palavras: o verdadeiro servo do Senhor não se escandaliza, nem tem sua fé enfraquecida por causa de escândalos. Pode até se irar, se revoltar ou se entristecer. No entanto, não usará isso como muleta para justificar sua descrença em Deus ou deixar de frequentar sua igreja. Antes, entenderá que é tempo de se aproximar ainda mais do Senhor, pois só ele tem palavras da vida – João 6:68.

     Se você quiser olhar para os maus exemplos, certamente vai encontrar muitos. Mas, se decidir olhar para os bons, não tenho dúvida de que os encontrará em quantidade muito, muito maior.

     Para cada pastor ruim, quantos bons há? Para cada padre ruim, quantos bons existem? Para cada mãe ruim, quantas boas você conhece? Para cada líder espírita, ateu ou de qualquer outro segmento religioso ou social corrupto ou imoral, quantos são homens e mulheres íntegros?

     Podemos até não concordar com aquilo em que eles creem, é um direito que assiste a cada um de nós, MAS temos o dever de reconhecer o valor que possuem e respeitá-los.

     Como vimos no texto inicial, as Escrituras já nos advertiram, dizendo: “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra” (Jeremias 5:30). Portanto, a questão não são os outros e o que eles fazem. A questão somos nós: Quem é Jesus para nós?  

    Em Mateus 16:13 ao 18, vemos um bate-papo entre Jesus e seus discípulos. E o Senhor lhes faz o seguinte questionamento: “Quem os homens dizem que o Filho do homem é?” – v:13.   Mas, na realidade, o que ele queria mesmo saber era o que seus seguidores pensavam sobre isso: “E vocês?,  perguntou ele. Quem vocês dizem que eu sou?” – v 15.

    Naquele momento, Pedro recebeu a revelação de Deus e declarou: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” – v:16. E hoje o Mestre também deseja que tenhamos essa revelação, pois, se a tivermos, nossos olhos estarão nele, não em pessoas falíveis como eu e você, as quais podem cometer erros gravíssimos, imperdoáveis aos nossos olhos, conceitos e julgamentos, e nos decepcionar.

    Mais uma coisa importante: devemos levar em consideração o conselho que as Escrituras nos dão em 1 Coríntios 10:12: “Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!”. Observe que o texto diz “aquele que julga estar firme” ou “estar de pé”, segundo outra versão.

     Muitas vezes, nossos julgamentos são equivocados, especialmente os que fazemos de nós mesmos, pois temos uma fortíssima tendência de sermos muito benevolentes conosco, ou melhor, dispostos a nos absolver, complacentes ou indulgentes.

     Por isso, sempre temos que estar atentos e julgar/avaliar nossas ações, atitudes e comportamentos à luz da Bíblia. Além do mais, constantemente precisamos perguntar a nós mesmos: “Quem é Jesus para mim?”.

      A resposta a essa interrogação, sem dúvida, vai revelar de modo muito claro em quem está alicerçada nossa fé e se somos cristãos genuínos ou apenas religiosos e meros cumpridores de tarefas religiosas. Isso porque a questão principal diante de Deus somos nós, não tais pessoas.

     Por fim, sinto que devo registrar esta declaração de Jesus: “Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda” – Mateus 7:24-27. Então, que sua fé esteja edificada nele, que é a Rocha Inabalável.

 

Músicas para ouvir e refletir:

Casa na Rocha (Anayle Sulivan)    

Espera (Marcos Antônio)                 

     


[1] Cidade de Paranaíba – mãe expulsa filho de 2 anos de casa

[2] O trigo e o joio – Vídeo esclarecedor, feito na Suíça – 3:30 min.

 

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E se Deus não fizer?

“Mas, se ele não nos livrar, fica sabendo, ó rei, que não cultuaremos aos teus deuses, tampouco adoraremos a estátua que ergueste!” (Daniel 3:18 – Versão King James)      

     Temos vivido tempos trabalhosos em todo o mundo. Infelizmente, no Brasil não também tem sido assim. No entanto, tal problema não chega a nos surpreender (ou não deveria) porque as Escrituras Sagradas deixam bem claro que isso ia acontecer. Basta lermos II Timóteo 3:1 ao 5.

    Há pelos menos três meses, temos convivido com o fantasma do covid-19. Para piorar, a mídia sensacionalista explora tanto esse mal para obter audiência e lucrar com o caos, que muitas pessoas estão apavoradas, adoecendo com crises de ansiedade, de pânico e depressão. Além de outros males psicossomáticos. Existem também aqueles que se jogam na pornografia, no álcool e em outras drogas buscando uma fuga, um refrigério e um descanso para sua alma aflita.

    Além disso, a tensão causada pelas manifestações contra a discriminação racial se soma às preocupações de todos nós. Um câncer que surpreendentemente ainda atinge nossa sociedade, o racismo foi responsável pela morte do americano George Floyd, motivando o início dos justos protestos não apenas nos Estados Unidos, mas também diversas partes do Mundo, inclusive no Brasil.

     Do outro lado de tudo isso, também temos convivido na igreja com uma teologia triunfalista, um dos ramos da teologia da prosperidade que, muitas vezes, mais confunde do que ajuda as pessoas. Segundo os ensinamentos dessa linha teológica, o cristão tem que viver totalmente isento de problemas e doenças. Caso não vivam assim, é consequência de sua falta de fé ou pecado. Desse modo, geram grande confusão na cabeça das pessoas, levando muitos a se decepcionarem com Deus e a abandonar a Casa do Pai. 

    Quando olhamos para os ensinos bíblicos como um todo, percebemos claramente que o triunfalismo é fruto de uma interpretação distorcida ou equivocada das Escrituras. Evidentemente, temos base bíblico-teológica para orar ao Senhor pedindo-lhe suas bênçãos. Por exemplo, em Lucas 18:1 ao 8, Jesus conta-nos uma parábola na qual nos ensina a orar sempre e nunca desanimarmos.

    Todavia em João 16:33, o Senhor Jesus faz a seguinte declaração, que soa como um alerta para todos nós: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” – João 16:33. Diante disso, que parece soar como um impasse teológico, quero dizer que entre esses dois ensinos está algo que se chama “soberania divina”.

    Para fundamentar a argumentação, vou convidar você a caminhar comigo pelo capítulo 3 do livro de Daniel. Nele, encontramos a história de três jovens hebreus, cujos nomes são Misael, Ananias e Azarias, os quais haviam sido levados cativos para a Babilônia quando Nabucodonosor invadiu Jerusalém, no ano de 586 antes de Cristo.

    Em determinado momento de seu reinado, Nabucodonosor ordenou que construíssem uma grande estátua de ouro. Assim que ficou pronta, o rei fez uma cerimônia de determinou que quando os músicos tocassem todos deveriam se prostrar diante dela e cultuá-la (v 5). Entretanto, os jovens hebreus não se curvaram diante daquela imagem.  

    Vendo isso, a turma do bocão se aproximou de Nabucodonosor e denunciou os hebreus (v 8 ao 12). Então o rei ficou furioso e mandou chamar os rebeldes. Quando chegaram, questionou-os por que não obedeceram às ordens e determinou-lhes que, ao ouvirem o toque dos instrumentos novamente, se curvassem e prestassem culto à imagem. Do contrário, seriam jogados na fornalha – v 13 ao 16. E disse-lhes mais: “E vos indago: Que deus poderá livrá-los das minhas mãos?”.

    Diante disso, veja com seus próprios olhos a resposta dos rapazes: “Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei: Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das suas mãos, ó rei. Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer” – Daniel 3:16-18 –  Versão King James.

    Agora que você já passou a conhecer ou relembrou um pouco dessa história, vamos analisar algumas coisas importantes, em especial aquelas que tratam do entendimento da soberania de Deus e da fidelidade de Ananias, Misael e Azarias. Vamos lá?

    Os jovens não ficaram se defendendo diante do rei. Eles estavam cientes de que seriam mesmo jogados na fornalha. Ainda assim, não ficaram justificando sua fé e decisão. Além disso, demonstraram que realmente conheciam o Deus a quem serviam. Por essa razão, deixaram clara a certeza de que o Senhor podia livrá-los e de que o Pai livrá-los-ia.  

     Por outro lado, também estavam cientes de que o Senhor é soberano, ou seja, exerce o poder, a autoridade e o domínio supremos. Desse modo, pode ou não fazer aquilo que a pessoa espera. Então eles falam: “Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer”.

     Para mim, é um dos exemplos mais claros de respeito à soberania divina e de fé no meio da adversidade. A vida deles estava em jogo. Seria uma morte cruel, crudelíssima. Já imaginou morrer dessa forma? Contudo, para eles, ainda que isso viesse a acontecer, não prestariam culto àquela imagem. Sabiam que havia algo muito maior do que a vida terrena: a eternidade juntamente com o Senhor.

    A fé deles não estava alicerçada nas coisas que Deus pode fazer ou faz, mas naquilo que o Senhor é. Em outras palavras: estavam cientes de que recebendo ou não livramento da fornalha, ele continuaria sendo Deus e, por esse motivo, digno de confiança e de adoração exclusiva.   

    Agora, gostaria de pedir sua licença para dar um testemunho de família. Meu irmão mais velho era um pastor muito querido e usado nas mãos de Deus. Adoeceu seriamente. Milhares de irmãos em Cristo oravam constantemente, suplicando ao Senhor que o curasse. Ele foi curado da dor, mas morreu aos 39 anos em consequência da doença, que evoluiu e os médicos nada puderam fazer para salvá-lo.

    Por outro lado, minha irmã mais velha, que tinha um problema gravíssimo de coluna, e foi desenganada por muitos médicos, foi agraciada pelo Senhor com um milagre, tempos depois da morte do meu irmão. E, depois de mais de vinte e cinco anos, continua sem problemas na coluna.

     E agora??? Como entender isso? Deus é bom, meio bom ou não é bom? Mesmo sofrendo muito pela perda do meu irmão (principalmente meus pais), continuamos crendo e servindo a Deus com alegria e fé. Faz quase vinte e sete anos que isso aconteceu. Ainda sofremos a dor da saudade. Agora mesmo, estou emocionado ao relatar essa história. Mas entendemos que Deus é soberano. Que continua sendo justo e fiel, embora não respondeu às orações como desejávamos.  

    Outro fato que presenciamos nesses últimos dias foi a morte da cantora cristã Fabiana Anastácio, vítima do covid-19. Mesmo sendo uma mulher de Deus, ela morreu. Muitos outros servos de Deus também morreram. Porém, a respeito dela, muitos incrédulos começaram a escarnecer, questionando sua fé e também o nosso Deus. E talvez isso até deixou alguns cristãos em dúvida, abatidos ou revoltados.

    Talvez você seja uma das pessoas que estão meio confusas ou decepcionadas com Deus por causa de orações não respondidas ou cuja resposta foi diferente do que desejava seu coração. Quem sabe, seja também uma vítima da teologia triunfalista. Por isso, gostaria que lesse com os olhos do coração bem abertos o texto seguinte: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, ao nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei” – Deuteronômio 29:29. 

    Há coisas que jamais compreenderemos, pois nossa mente é limitada. No entanto, se as analisarmos à luz da Palavra de Deus, o Espírito Santo nos dará o entendimento necessário. E, por certo, uma das coisas que ele nos mostrará é que enquanto estivermos aqui na terra estamos sujeitos a doenças, problemas (financeiros, conjugais, familiares, existenciais), ao desemprego, à incompreensão por parte das pessoas, mesmo as que mais amamos e tantas outras dificuldades. 

     Outra coisa que ele vai nos mostrar é a que Paulo disse: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” – Filipenses 3:20,21. Em outras palavras: o mais importante para nós não é uma vida livre de problemas e dificuldades aqui na terra, mas o destino final traçado pelo Pai, isto é, a vida eterna ao lado dele.  

    E, quando soar a última trombeta, acontecerá o que disse o apóstolo João em Apocalipse 21:4: “Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas” –  Apocalipse 21:4. Consegue imaginar esse momento?  

    Para concluir, preciso fazer algumas considerações:

  • Deus livrou aqueles jovens hebreus. Por causa disso, o rei passou a crer no Senhor e determinou que em todo o império babilônico as pessoas servissem ao Deus de Israel.
  • Jamais conseguiremos entender todas as coisas que nos acontecem, uma vez que somos limitados.
  • Deus é soberano e justo. Por isso, ainda que não entendamos, a vontade dele é boa, perfeita e agradável – Romanos 12:2. 
  • O melhor que o Senhor preparou para nós não está aqui nesta vida, mas na eternidade juntamente com ele. Foi para isso que Cristo veio e morreu em nosso lugar.
  • Deus continua sendo Deus, mesmo que as circunstâncias sejam completamente adversas, como lemos em Malaquias 3:6: Porque eu, o Senhor, não mudo”.
  • Mesmo que você tenha dúvidas, decida correr para mais perto do Senhor, não para longe dele: Clame a mim e eu responderei e lhe direi coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece” – Jeremias 33:3 – NVI).
  • Siga a instrução de Paulo: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” – 1 Coríntios 15:58.
  • Mantenha sua fé firme no Senhor. Assim você também poderá declarar como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” – 2 Timóteo 4:7,8.  
  • Só encontramos refrigério, alívio e descanso para nossa alma em Jesus – Mateus 11:28 ao 30. 

     Por último: aqueles jovens decidiram não se curvar diante da estátua. Então decida não se curvar diante dos deuses deste mundo nem das adversidades, por mais assustadoras que elas pareçam ser ou que de fato sejam, pois em Mateus 28:20, o Senhor Jesus nos diz: “… eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” –  Mateus 28:20

        Sugestão de música: Deus é Deus (Delino Marçal)

       Assista, no Youtube, ao edificante testemunho do Delino Marçal.

       Link do testemunho: https://www.youtube.com/watch?v=rqkg_tp13vk

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