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O nascimento da esperança

25 dez

natal 15

“… Cristo em vocês, esperança da glória.” (Colossenses 1:27)

Diariamente, somos criminosamente bombardeados com muitas mensagens negativas. Esse bombardeio é tão pesado que parece ter decretado a morte da esperança em muitas pessoas. Talvez na maioria de nós. Mesmo aqueles que são cristãos fervorosos não estão livres dessa terrível epidemia.

Outro dia, uma colega de profissão, que é leitora assídua dos artigos bíblicos que Deus me dá graça para escrever, sugeriu-me que escrevesse sobre esse tão importante e apetitoso tema, pois ela também nota a existência desse câncer social, ou seja, a perda da esperança, especialmente nos mais jovens.  Quem sabe isso ocorra porque a mídia aparenta ter prazer de noticiar desgraças. Boas notícias e reportagens com bons exemplos são aves raras, quando devia ser justamente o oposto disso.

Se voltarmos até a época da escravidão do povo hebreu no Egito, veremos que os anos de sofrimento e de espera por um libertador fez com que a maioria das pessoas perdesse a fé e a esperança em Deus. Por esse motivo, muitos passaram a cultuar os deuses egípcios e a viver como se pertencessem de fato àquele lugar. Outras tantas jogaram a toalha e se acomodaram com o fato de serem escravas, como se fosse a vontade de Deus para a vida delas. Lamentável!

Entretanto, houve um grupo que não se conformou com aquela situação e passou a clamar por socorro. Em resposta, o Senhor enviou Moisés, através do qual manifestou o seu poder, a sua força e a sua glória, libertando e conduzindo o povo com mão forte pelo deserto. E, se não fosse a rebeldia das pessoas, todas elas tinham entrado na terra prometida – Canaã – onde manava leite e mel, isto é, havia fartura (Êxodo 2:23 ao 25; 3:7 ao 12).

Caso nos transportemos até os dias que antecederam a vinda de Jesus, notaremos que não foi diferente. Os muitos anos de sofrimento sob o domínio dos romanos também levaram os judeus a lutar com suas próprias forças contra aquela situação ou a deixar de crer que o Pai enviaria um Salvador, segundo prometera. Que triste, não?

No entanto, nesse período também existiram pessoas em cujo coração a fé, a confiança e a esperança continuaram vivas como nunca. Simeão e Ana são exemplos disso, conforme podemos ler em Lucas 2:25 ao 38. Veja o relato do apóstolo:

Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.  E fora-lhe revelado, pelo Espírito Santo, que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor.  E pelo Espírito foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei,  Ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse:  Agora, Senhor, despede em paz o teu servo, segundo a tua palavra; 
pois já os meus olhos viram a tua salvação,  a qual tu preparaste perante a face de todos os povos;  Luz para iluminar as nações, e para glória de teu povo Israel. E José, e sua mãe, se maravilharam das coisas que dele se diziam.  E Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel, e para sinal que é contraditado (E uma espada traspassará também a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.  E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade;  e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia. E sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus, e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém”. 

Que maravilha!!! Simeão e Ana estão entre os primeiros a quem o Espírito Santo revelou que Jesus era o Messias tão esperado pelos israelitas. Porém, vale lembrar que Lucas os descreve como pessoas justas, tementes a Deus e que serviam ao Senhor em espírito e em verdade. Por isso, tiveram tão grande e indescritível  privilégio: encontrar-se com o Salvador.

Conforme eu afirmei acima, mesmo quem professa a fé cristã, corre o risco de perder sua esperança. Isso porque as instituições que deveriam ser responsáveis pela geração desse sentimento ou virtude cristã essencial a todos nós têm feito exatamente o contrário. No entanto, há uma luz no fim do túnel.

Como nos dois momentos da História citados acima, hoje também é fundamental mantermos os olhos fitos no Senhor e permanecermos alicerçados naquilo que diz a Bíblia. Especialmente, nesses dias que antecedem o Natal e o início de um novo ano, é preciso acender, reacender ou manter a chama da fé e da esperança no Altíssimo.

Há pouco mais de dois mil anos, Jesus nasceu, cumprindo a promessa de Deus feita ao seu povo – Isaías 7:14; 9:2 e 6. Muitos não o compreenderam, mas todos quantos abriram seu coração e mente para ele passaram a ser pessoas cheias de vida e de esperança. Uma luz brilhou no meio das densas trevas em que viviam e passaram a enxergar a grandeza, a bondade e o amor do Pai para com elas – Mateus 4:16.

Tudo isso porque “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” – João 3:16. Portanto, que neste Natal ou mesmo nestes dias que o antecedem sua fé, confiança e esperança no Senhor possam ser renovadas ou geradas e multiplicadas. Centuplicadas, caso seja necessário.

Mesmo não havendo em sua mesa tudo aquilo que gostaria que houvesse, estando Jesus presente, você se sentirá satisfeito e, como consequência disso, feliz. Por outro lado, caso o Senhor não seja o convidado de honra e, por isso, não se faça presente, ainda que você tenha a melhor e mais cara ceia e festa de Natal, haverá um grande vazio em seu coração. Mesmo que tenha o melhor e mais caro banquete para servir à sua família e aos seus convidados no Ano Novo, continuará incompleto.

Não posso concluir esta reflexão sem lembrá-lo, como o fiz há alguns no artigo Sem lugar para nascer, de que não podemos, jamais, fazer como os donos das hospedarias onde José e Maria procuraram um lugar para se hospedar. Eles disseram que não havia lugar. Que pena! Perderam o privilégio de ver o Messias logo após seu nascimento.

Que não seja assim com você. É lógico que hoje o nascimento de Jesus não é físico. É espiritual. Que haja lugar em seu coração para o Messias nascer e crescer, espiritualmente falando. Que você convide, sim, as pessoas que considera importantes para juntos celebrarem o Natal. No entanto, não se esqueça de convidar o aniversariante, Jesus, para se fazer presente em sua casa, em sua vida, em sua família. E isso não somente no dia 25 de dezembro. Que exista em seu coração lugar para o Salvador habitar todos os dias que nos restam em 2015 e também em 2016.

Lembre-se de que se Jesus estiver presente em sua vida, ainda que as circunstâncias sejam adversas, há esperança para você. Mesmo que as notícias sejam as piores já vistas, existe esperança. Ainda que o mal esteja tomando conta do mundo ao seu redor, algo imensamente melhor ao que tem visto ou vivido foi prometido e preparado para você: o céu e com ele a vida eterna – João 14:1 ao 3; Filipenses 3:20 e 21; I João 2:25.

Contudo, enquanto você está aqui na terra, o Senhor também quer o melhor para sua vida – Isaías 1:19; João 10:10. Por isso, ele também lhe diz: “… eis que eu estou com vocês todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” – Mateus 28:20.  Sendo assim, não esqueça que Deus “nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” – I Pedro 1:3. Desse modo, a presença dele em sua vida é o nascimento da Viva Esperança.

 

Feliz Natal para todos vocês, nossos leitores!!

 

Sugestão: Se puder, ouça a música Não há lugar do Prisminha.

 

 

 

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