Ouça: Salmo 01 ( com Eyshila )

              O mundo hoje vive uma enorme crise de integridade. Pessoas de todas as faixas etárias, níveis culturais, raças ou denominações religiosas têm sido solapadas por ela de forma tão sutil, discreta, que não percebem. Portanto, tornam-se simultaneamente culpadas e vítimas das conseqüências dela.

              A desonestidade parece estar na moda. Os valores humanos e morais, antes tão valorizados, aparentemente perderam a validade como se fossem um produto qualquer na prateleira de um supermercado. Os fatos mostram que, de modo quase geral, a corrupção, a imoralidade, a violência, a mentira, o “passar a perna”, o “dar um jeitinho” não são mais objeto de repúdio e dignos de ser combatidos. Pelo contrário, aqueles que se opõem a tais coisas é que são mal vistos, pois fazem parte do grupo de “caretas, babacas, retrógrados, conservadores” e de outros adjetivos semelhantes aos citados. Percebe-se claramente que a moda é conquistar o sucesso, a fama, o dinheiro a qualquer custo, mesmo que para isso precise vender, literalmente ou não, a alma para o Diabo (ou a da própria mãe), falsificar remédio usado no tratamento de câncer (…). Por isso, vivemos atualmente o que podemos chamar de caos, de fundo de poço.

              Contudo, o que mais choca é que cada vez mais pessoas que se dizem cristãs envolvem-se em escândalos de toda natureza. Marchando, assim, a passos largos para o inferno e denegrindo a imagem do verdadeiro povo de Deus. Por causa desses “cristãos”, o nome do Senhor é blasfemado pelos gentios (todos aqueles que não tiveram ainda um encontro pessoal com Cristo) e as conversões, muitas vezes, não ocorrem ou tornam-se mais difíceis (Romanos 2:24).

              O pior de tudo, porém, é que muitos argumentam que Deus não se importa, que Ele tem coisas muito mais importantes para fazer que ficar observando essas “tão banais”. Mas é uma justificativa equivocada e diabólica, pois o Senhor não classifica o pecado em tamanho – enorme, grande, médio, pequeno ou minúsculo. Para Ele, toda transgressão é pecado e, conseqüentemente, impede a comunhão entre criatura e Criador. Veja o que o Pai diz: “As vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que não vos ouça” (Isaías 59:2).

              Queridos, quero dizer a vocês que fomos chamados para sermos diferentes. Por isso, independentemente do que prega o mundo, Jesus nos diz que quem é infiel no pouco também o é no muito. Diz também que “quem é fiel no pouco sobre o muito é colocado” (Mateus 16:10). Logo, não importa o que o mundo diz; importa o que o Senhor ensina na sua palavra, porque ela é “Lâmpada para nossos pés e luz para os nossos caminhos” (Salmo 119:105).

              Sendo assim, amados, se queremos ser abençoados, precisamos estar atentos a todos os detalhes: nos dízimos, nas ofertas, na freqüência às reuniões da igreja, no testemunho pessoal diário, no pagamento dos impostos ao Governo (Disse Jesus: “Daí, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” – Lucas 20:25), no trabalho e, acima de todas as coisas, no compromisso com Deus e com a Igreja, que é o corpo de Cristo. Sabendo que quem tem compromisso sério com o Senhor, tem compromisso sério com o corpo de Cristo. Também porque o Pai não nos quer com a forma do mundo, mas, sim, transformados pela renovação do nosso entendimento, visto que só dessa maneira poderemos experimentar “a boa, perfeita e agradável vontade Dele” – Romanos 12:2.

              Cabe-nos, então, fazer uma auto-avaliação constante, pois as Escrituras Sagradas nos dizem que “Se quisermos e obedecermos, comeremos o bem, ou o melhor, da terra” – Provérbios 1:l8. E o meu desejo como servo do Altíssimo, assim como você, é que juntos possamos usufruir de todas as promessas feitas por Ele a Abraão e que têm chegado a nós por meio de Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador (Gálatas 3: 13,14, 26,27,28 e 29).