O casamento é uma das celebrações mais valorizadas por pessoas de todas as culturas. Em algumas delas, as comemorações duram vários dias, com muitos comes e bebes, músicas e danças.
Para o povo judeu, não é diferente. Ao contrário, por saber que é uma instituição divina, esse povo lhe dá extrema importância. Por isso, os israelitas chegam a festejar por trinta dias a união de seus filhos, parentes ou amigos (os que possuem mais dinheiro). Já aqueles que têm menos recursos comemoram por uma semana.
Talvez seja por essa razão, ou melhor, pelo valor que atribuem ao casamento que Jesus decidiu iniciar seu ministério de milagres numa festa dessa natureza, para a qual ele e sua família haviam sido convidados.
Ao refletir sobre esse episódio, podemos verificar que há grandes lições que podem ser aplicadas a nós hoje. Portanto, quero convidá-lo a viajar comigo por essa extraordinária história registrada no Evangelho de João, capítulo 2:1 ao 11.
A primeira delas é que existem eventos que são extremamente valiosos para nós e, justamente por isso, gostamos de compartilhar com pessoas as quais consideramos preciosas. Isso fica bem claro numa cerimônia de casamento quando reunimos familiares e amigos para testemunhar nossa felicidade (2:2).
Com essas duas famílias não ocorreu de outra forma. Tenho por certo que procuraram organizar as coisas da melhor maneira possível, a fim de que aquela data fosse realmente marcante para todos, mas especialmente para os noivos.
A segunda é que, apesar de ser algo tão maravilhoso por ter sido instituído por Deus – e ele não fez ou faz nada de ruim – o casamento não está isento de problemas, muitas vezes já no início, pois, por mais competentes que sejamos, somos falíveis. Logo, mesmo aquilo que planejamos com extremo cuidado, pode apresentar falhas. E foi o que aconteceu com eles: no auge da festa, o vinho acabou (2:3).
Você pode imaginar como seria constrangedor e humilhante para os noivos e para seus pais ver os convidados pedirem vinho e não haver mais para servi-los?
Certamente, um começaria a acusar o outro de ter falhado ou de ser mão-de-vaca por ter comprado pouco. Os noivos, quando soubessem, poderiam brigar porque cada um sem dúvida iria defender os seus. Os convidados começariam a falar mal (o que ocorre mesmo quando se oferece um verdadeiro banquete, visto que sempre há uns infelizes que têm prazer em difamar). E tudo isso faria uma ocasião tão importante ter um final bem vexatório.
Por isso, a terceira está intimamente ligada à primeira, uma vez que aquele casal e seus pais agiram sabiamente quando fizeram os convites, pois dentre os que foram convidados por eles estava Jesus.
Quero aqui fazer uma consideração assaz relevante: se eles tivessem convidado a todas as demais pessoas, mesmo as mais importantes e influentes daquela cidade ou região é bem provável que o problema não seria resolvido e a situação ficaria ainda mais vexatória.
No entanto, como já vimos, ali estava Jesus. Read the rest of this entry »