Quando olhamos para os servos de Deus, cujas histórias ficaram registradas nas Sagradas Escrituras, ficamos realmente maravilhados, pois vemos na vida de cada um deles um propósito específico. Percebemos que eles nasceram para fazer a diferença; não apenas para ser mais um. Muitas vezes, até nos emocionamos; em outras, quase os consideramos como “super-heróis” espirituais.
Vejamos, por exemplo, o caso de Abrão, um homem comum, cujo nome significava “Pai das Alturas”. Era muito bem casado, morava entre seus familiares e, provavelmente, cercado por amigos. Sua vida financeira era estável: possuía gado em abundância. Um dia, porém, recebeu uma visita do Anjo do Senhor, que veio trazer-lhe uma mensagem especial: deveria sair da sua terra, do meio da sua parentela, e ir para um lugar que Deus indicaria. Até aí tudo bem. O problema é que com essa mensagem veio também a de que se tornaria “pai de uma grande nação”. Como isso aconteceria, se ele não tinha filhos, Sarai – sua mulher- era estéril, e ambos já estavam velhos? Como, pois, isso seria possível?
Queridos, é para isso que eu gostaria de lhes chamar à atenção: era humanamente impossível. No entanto, quando o Senhor chama, também capacita. E foi isso o que aconteceu com aquele casal: receberam a capacitação necessária. Mas quero que saibam que o cumprimento da promessa só foi possível porque eles creram, mesmo que tudo caminhava em sentido contrário àquilo considerado lógico, racional.
Gostaria, também, de analisar com vocês, em poucas palavras, cada parte desse chamado registrado em Gênesis 1:2: “Eu te abençoarei, engrandecerei o teu nome e tu serás uma bênção”. Viram? São três passos importantes e definitivos: 1º. Deus prometeu abençoá-lo. Como ele já era próspero materialmente, seria uma bênção que atingiria outras áreas de sua vida também – seria pai. 2º. Teria o nome engrandecido, o que indica que ele seria conhecido e reconhecido pelos demais, pois passaria a se chamar “Abraão” – “Pai de multidões”. Considere que isso até parecia loucura aos olhos dos amigos, familiares e conhecidos, visto que ele não tinha filhos. 3º. Seria uma bênção. Paremos, agora, um pouquinho nesse detalhe, porque é de suma importância. Veja: Deus o chamou com propósitos claros, cujo final era “ser uma bênção”. Que maravilha, queridos! Chamado para ser “UMA BÊNÇÃO.
Talvez vocês me perguntem: “E daí? O que temos nós com isso?” Queridos, temos TUDO”! Pois em Cristo e pela fé somos descendentes Abraão e herdeiros das promessas feitas a ele. O que significa, então, que também somos chamados por Deus para gerarmos filhos no sentido físico, mas principalmente, espirituais. E sobretudo para sermos bênçãos! Onde? No lugar em que vivemos e com as pessoas com as quais convivemos diariamente. Quando? AGORA! HOJE!
É bem provável que estejamos como Abraão: falta-nos alguma coisa. Talvez nos sintamos sem capacidade. Mas o Senhor que chamou, capacita, habilita. Não nascemos por acaso. Não nascemos para “ser mais um”. Nascemos para fazer a diferença. Portanto, queridos, tomemos posse da promessa de Deus de que “Todo o lugar em que pisarem os seus pés será de vocês”. Conquistemos, pois, o espaço profissional, social e financeiro que o Senhor reservou para nós.Conquistemos, pois, o respeito, a confiança, a admiração daqueles que convivem conosco e toda sorte de bênçãos descritas na Bíblia e sejamos uma b-ê-n-ç-ã-o!