Quando alguém pretende construir uma casa, precisa, antes de qualquer coisa, saber que toda construção requer um planejamento, a aquisição do material adequado e que ela se dá de forma processual, isto é, não é feita num passe de mágica como nas histórias infantis em que a fadinha dá um toque com sua varinha de condão e o “objeto do desejo” surge lindo, maravilhoso, prontinho.
É preciso saber também que nesse processo uma certa quantidade de material precisa ser descartada por inadequação ou por se quebrar. Faz-se necessário, ainda, estar ciente de que mesmo depois de “pronta” a casa precisará da decoração a gosto do proprietário e que sempre haverá a necessidade de alguns retoques ou mudanças. Então, pode-se dizer que não existe uma construção definitivamente acabada.
Comparando a nossa vida a uma casa, podemos perceber muitas semelhanças. E, para entendermos melhor o que quero dizer, vou colocar o texto de Provérbios 14:1 que diz: “A mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola a destrói com as próprias mãos”. Porém, gostaria de tomar a liberdade de fazer uma mudança para que tenha uma aplicação mais abrangente: “A pessoa sábia edifica a sua própria casa, …”
Vejam, queridos, que os responsáveis pela construção somos nós. Por isso, precisamos seguir os mesmos passos do construtor: elaborar um projeto, fazer um alicerce resistente, erguer colunas de concreto com ferros muito bem amarrados, levantar as paredes com material de boa qualidade, pôr a laje e a cobertura de forma correta para que o peso, as chuvas e os ventos não a derrubem e nos causem grande prejuízo.
Assim, para que a “nossa casa” seja bem fundamentada e estruturada, precisamos dos seguintes “materiais”: honestidade, responsabilidade, confiança e auto-confiança, dedicação, amor a Deus, ao próximo e a si mesmo, humildade e outros semelhantes a esses.
Precisamos, também, estar cientes de que durante o processo de construção ocorrem vários imprevistos: chuvas, ventos fortes, sol escaldante, frio demasiado, quebra de material ou falta dele, erros diversos e que muitas vezes o construtor precisa recorrer a outras pessoas e pedir ajuda ou orientação para solucioná-los. Só depois é que ele pode dar continuidade à obra.
Figuradamente falando, ocorre o mesmo na construção da nossa vida. Passamos pelas mesmas intempéries. Mas é de suma importância parar, replanejar, pedir humildemente ajuda a Deus, às pessoas que nos amam e dar continuidade à edificação.
Não podemos aceitar, em hipótese alguma, que a “obra” pare, como ocorre em muitas que conhecemos e que depois de certo tempo passam a ter uma aparência até assustadora, digna de pena ou de zombaria.
Portanto, levantem-se, coloquem-se em posição e sigam de forma contínua e progressiva a edificação dessa casa, pois, ao mesmo tempo que vocês são a obra, também são os construtores. E como tal devem agir com esmero, com amor, com cuidado, com dedicação e persistência para que possam chegar ao objetivo final e desfrutar ao máximo o sentimento de realização, de dever cumprido.
Meu desejo é que vocês não sejam uma construção abandonada, mas sim, uma construção inacabada, em permanente construção. Sabendo que se quiserem não estarão sozinhos nessa construção, pois o Nosso Grande Deus, o Sábio Construtor, estará a cada momento com vocês, orientando, ajudando, incentivando, aplaudindo.
Que Deus os abençõe e guarde.
Anônimo
21/09/2009 at 15:14
Irmãos, a expressão Grande Arquiteto é usada na Maçonaria com fins alheios à Verdadeira Palavra de Deus. Para quem estuda um pouco essa religião sabe do que estou falando. Portanto, aos cristãos seria bom que não usassem este termo, por causa da confusão que pode gerar nas pessoas menos esclarecidas.
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