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Escândalos – o que fazer?

          “… deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé…” (Hebreus 12:1,2)

Bem já nos havia avisado o Senhor em sua Santa Palavra que aconteceriam escândalos! Em Lucas 17:1-2, está escrito: “E disse [Jesus] aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por meio de quem vierem! Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos”.   

          Portanto, quando os vemos, não podemos considerá-los uma surpresa. Mesmo assim, sempre que surge mais um deles, a fé de muitos crentes dá uma balançada como se estivesse sendo açoitada por um forte vento; a outros, é uma tempestade tão terrível que provoca o abandono da fé, como se Deus fosse o culpado pelo escândalo ou se a confiança deles estivesse alicerçada sobre aqueles que pecaram contra Deus, não no Senhor.

          Não estou dizendo, porém, que não nos sentimos tristes, envergonhados e até mesmo revoltados. O que quero tratar neste artigo é que a fé do verdadeiro cristão deve estar alicerçada na Rocha Inabalável, que é o Senhor (1 Co 10:4; Sl 18:2; Is 26:4), pois somente dessa maneira também se manterá intocável diante dos fatos vergonhosos que temos visto eclodirem no meio do povo evangélico.

          Então, entendo que a palavra de Hebreus 12:1 e 2, deve estar mais viva e vívida do que nunca em nossa mente e coração: “Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus”.

          Note que o versículo primeiro começa com a conjunção portanto, a qual estabelece a relação semântica ou relação de sentido de conclusão de uma ideia ou argumento expostos anteriormente. Em outras palavras: faz o fechamento de um raciocínio que vem sendo desenvolvido ao longo do texto. E o que é?

          Se voltarmos ao capítulo 11, veremos que ele trata dos Heróis da Fé. Fala das conquistas de muitos, mas também dos grandes desafios enfrentados por outros. Inclusive, relata as perseguições, injustiças, violência, morte e privações pelas quais passaram, o que os tornam, aos olhos de muita gente, verdadeiros perdedores ou fracassados. Todavia, as Escrituras mostram o contrário e ainda declaram o seguinte: “Homens dos quais o mundo não era digno” – Hebreus 11:38. 

          Assim, quando entramos no capítulo 12, o escritor o inicia fazendo uma conclusão de tudo que havia dito no 11. E nela lemos que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, as quais estão de olho em nós. Por isso, recebemos esta exortação, instrução ou encorajamento: “… deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia…” – Hebreus 12:1. 

          Aqui, encontramos o registro de duas coisas distintas: embaraço e pecado. Desse modo, além do pecado (tudo que desagrada ao Senhor e nos faz perder a comunhão com ele – Isaías 59:1,2), existe outra, a qual é chamada de embaraço.

          Mas o que é embaraço? Para ficar mais claro, quero registrar que uma das palavras no grego para embaraço é ogkos, que significa, dentre outras coisas, um fardo. Logo, depreendemos que tudo aquilo que estorva, atrapalha ou impede de caminhar de forma livre e natural, espiritualmente falando, é um embaraço do qual devemos nos livrar o mais rápido possível.  

          A seguir, o texto declara: “… e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta…” – Hebreus 12:1. Aqui, há três coisas importantes que devem ser observadas com olhos de lince e profunda diligência.

          A primeira delas é “corramos”. Isso quer dizer que existe urgência, pois geralmente corremos quando nosso tempo está esgotado ou se esgotando e podemos perder algum compromisso importante. E, por acaso, não é isso? Especialmente nas coisas que tratam da nossa vida espiritual, não temos tempo a perder, pois o dia da vinda de Cristo se aproxima ou, quem sabe, a morte bate à nossa porta antes do que prevíamos. Afinal, como alguns dizem: “Para morrer basta estar vivo”.

          A segunda está no trecho “com paciência”. Para entender melhor, basta pensar nos atletas. Aqueles que correm apenas cem metros devem realmente empregar todas as forças para vencerem a prova, a qual geralmente dura em torno de dez segundos. No entanto, os maratonistas devem administrar com excelência sua explosão e força, uma vez que precisarão de toda a energia reservada para o sprint final, ou seja, aceleração final.

          Talvez seja por isso que em sua Segunda Epístola aos Coríntios, Paulo fala: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” – 15:58. Note que o apóstolo destaca duas palavras: firmes e constantes.

          Em outras palavras, o cristão deve ter firmeza, estabilidade, segurança e manter uma velocidade de fé permanente ou sem variações. Assim, como o maratonista, deve administrar sabiamente o ritmo, visto que haverá momentos na caminhada com Deus nos quais precisará de muita energia espiritual para vencer os desafios, as tempestades, as provocações, as decepções com aqueles que provocam escândalos ou com os próprios problemas.

          A terceira é “a carreira que nos está proposta”. Observe que a carreira foi proposta a nós, não imposta, uma vez que o Senhor respeita nossas escolhas, mesmo que, muitas vezes, não as aprove. Contudo, se você decidiu aceitar a proposta de Deus, corra com paciência. Entretanto, não uma paciência burra. Ao contrário, que ela seja sábia, cuidadosa, auxiliada pelo Espírito Santo, nosso parakletos, ou seja, ajudador, advogado, conselheiro, mentor e guia – Romanos 8:26.

           No versículo 2, o autor prossegue, dizendo: “… olhando para Jesus, autor e consumador da fé”. Note que o texto não fala que devemos olhar para o pastor, o bispo, o papa, os novos “apóstolos”, o ancião, o líder de algum grupo dentro da igreja, a denominação religiosa da qual fazemos parte, nem mesmo para aquela pessoa que consideramos a mais santa de todas. Simplesmente, não diz. Antes, exorta-nos a olharmos para Jesus, porque ele, e somente ele, é o autor e consumador da fé. E foi ele quem morreu naquela sangrenta cruz para nos reconciliar com Deus e nos garantir a salvação eterna – 1 João 2:25; Romanos 5:10.   

          Em João 13, enquanto ensinava uma lição sobre humildade aos discípulos, Jesus declarou: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” – V 15. Embora o contexto desse texto seja outro, o princípio ensinado pelo Senhor é o mesmo e se aplica às mais diversas situações. E qual é? Ele, Cristo, é o exemplo a ser seguido, não pessoas falíveis como eu e você.

          Ainda em Hebreus 12:2, o escritor continua sua instrução: “… o qual [Jesus], pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus”. Observe que nesse trecho também existem grandes e preciosos ensinamentos, os quais não podem e não devem ser ignorados por nenhum servo do Deus Altíssimo.

          Primeiramente, o texto revela que havia uma proposta feita por Deus. E qual seria? Reconciliar o mundo com o Altíssimo. Em 2 Coríntios 5:18-19, Paulo informa: “E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação”. 

          Em segundo lugar, o texto diz que o Senhor suportou a cruz. Quando buscamos a origem grega da palavra suportar (do grego anechomai), encontramos que ela quer dizer (1) considerar com tolerância, aguentar; (2) passar por uma situação complicada ou difícil sem desistir.

          Sendo assim, percebemos que, apesar de haver uma alegria proposta, existia a necessidade de aguentar ou tolerar uma situação dificílima sem desistir. Logo, considerando que Cristo é o nosso exemplo, subentendemos que também temos precisamos aguentar com firmeza (e sem desistir) os desafios da fé, inclusive no que diz respeito à existência e à proliferação de escândalos no seio da Igreja.

          Mas não me entenda mal. Não estou dizendo que devemos aceitar ou tolerar passivamente tais atos vergonhosos. Ao contrário, veja o que a Bíblia declara: “Contudo, se sofre como cristão, não se envergonhe, mas glorifique a Deus por meio desse nome. Pois chegou a hora de começar o julgamento pela casa de Deus; e, se começa primeiro conosco, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?” – 1 Pedro 4:16,17.

          Certa feita, Pedro (Ele mesmo: o apóstolo de Cristo), foi seriamente repreendido por Paulo por estar agindo de forma equivocada em relação aos irmãos gentios. Veja: “Quando, porém, Pedro veio a Antioquia, enfrentei-o face a face, por sua atitude condenável” – Gálatas 2:11. Na versão Linguagem de Hoje, diz: “Porém, quando Pedro veio para Antioquia da Síria, eu fiquei contra ele em público porque ele estava completamente errado”.  

          Ora, se até Pedro, um homem cheio da autoridade do Espírito Santo, que havia convivido por mais de três anos com Cristo, precisou ser repreendido por outro Homem cheio do Espírito Santo, quem somos nós para presumir que estamos acima da Palavra de Deus e, portanto, isentos de correções e repreensões? E, por acaso, os líderes atuais ou nós mesmos somos melhores do que Pedro? Estou convicto de que não somos.

          Lembra-se de Davi quando pecou gravemente? Mesmo sendo rei, a maior autoridade que um país pode ter, que supostamente pode fazer o que bem lhe aprouver e quando quiser, que pode deixar alguém viver ou mandar matar, foi confrontado e repreendido pelo profeta Natã e reconheceu seu pecado, declarando: “Pequei contra o Senhor!” E Natã respondeu: “O Senhor perdoou o seu pecado. Você não morrerá” – 2 Samuel 12:13.

          Logo, quem erra, independentemente de que posição ocupa na igreja, deve ser confrontado e acatar a decisão dos demais servos de Cristo. Caso não aceite, demonstrará claramente que não era de fato um servo do Senhor. Logo, não está apto para exercer liderança, pois o líder deve ser o primeiro a ser exemplo, a ter humildade e a submeter-se à Palavra de Deus.

          Em terceiro lugar, temos mais uma preciosa lição deixada pelo Mestre: “desprezando a afronta”, que significa que ele não levou em consideração os insultos, as ofensas e os ultrajes sofridos. E por quê? Porque havia um propósito nobre: reconectar todas as pessoas que cressem nele com o Pai – João 3:16.

          Em quarto e último lugar, vemos o resultado de tudo aquilo pelo qual nosso Senhor suportou a cruz: retornar à casa do Pai e assentar-se à direita dele, reassumindo seu lugar de fato e de direito, para interceder por nós junto a Deus: “Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós” – Romanos 8:34  

          Nós também possuímos algo muito maior pelo qual lutar: nossa salvação em Cristo. Assim como o Senhor retornou para a Casa do Pai, um dia seremos levados para a Cidade Celestial – Filipenses 3:20-21. Nosso Pai nos prometeu e é fiel para cumprir sua Palavra, pois “Deus não é o homem, para que minta, nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?” – Números 23:19.

          Desse modo, podemos estar certos e manter uma esperança viva naquilo que prometeu Cristo Jesus: Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E quando eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver – João 14:1-3.

          Agora, não podemos esquecer ou ignorar que as palavras de Cristo são muito duras para com aqueles que provocam os escândalos. Então, vou retomá-las a seguir: “E disse [Jesus] aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por meio de quem vierem! Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos” – Lucas 17:1-2. 

          Em minhas conversas com minha mulher, muitas vezes eu disse a ela: “Não sei que Bíblia muitas pessoas têm lido ou como a têm lido”. Digo isso porque há muitos cristãos fazendo coisas que até os descrentes não fazem, e abominam. Na realidade, não precisa ser um crente em Cristo para ter bom senso, integridade e ser alguém de caráter ilibado.

           Parece-me que tais indivíduos se esquecem disto: Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal – 2 Coríntios 5:10. Observe que ninguém ficará de fora. A palavra todos significa exatamente isso: Todos. Sem exceção. 100%.

          Assim sendo, é preciso que todos nós, a começar por mim, estejamos cientes e conscientes de que a justiça humana comete muitas falhas. Tanto pune inocentes como inocenta culpados. Basta ver a vergonha que tem sido a “Justiça” de alguns países, incluindo o nosso. Mas Deus é o Justo Juiz e sua justiça é perfeita: “(…) Ele julgará os povos com retidão” – Salmos 96:10. Dessa maneira, no tempo certo e do jeito correto o Senhor julgará com exatidão e imparcialidade.

          Vale lembrar que não estou dizendo que existe algum indivíduo perfeito, que nunca erre. A própria Bíblia deixa isso muito claro: Na verdade, não há homem justo sobre a terra, que faça bem e nunca peque– Eclesiastes 7:20. O que quero dizer é que há pessoas no meio cristão fazendo coisas gravíssimas e continuam agindo como se Deus não se importasse e se estivesse tudo bem. Mas não é assim. De modo algum.

          Como vimos, Jesus afirmou que é impossível que não venham os escândalos, mas também declarou: “Ai daqueles por meio de quem vierem!”. A seguir, o Senhor diz: “Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos”.    

          Pela fala de Jesus, entendo que acontecerá um julgamento duríssimo para tais indivíduos. Não ficarão impunes. Logo, cabe a cada um de nós avaliar e reavaliar nossas ações, atitudes, comportamentos e crenças, para que não façamos tropeçar, pecar ou se desviar nenhum destes a quem o Mestre chama de “pequenos” ou “pequeninos”.

          Quando diz respeito a uma denominação cristã, penso ser necessário mencionar que, se um líder ou qualquer membro comete um crime como, por exemplo, estupro, pedofilia, assédio sexual ou moral, roubo, assassinato ou qualquer outro previsto no Código Penal Brasileiro*, deve pagar criminalmente como qualquer outra pessoa.

          Não podemos supor, muito menos admitir que tais indivíduos tenham imunidade eclesiástica ou que se escondam atrás do muro protetor de sua denominação religiosa e fiquem à vontade para cometer delitos. Em hipótese alguma, pois, quem infringe a lei de seu país deve se submeter às punições previstas em seu Código Penal. Simples assim. 

          Também considero importante deixar claro que não existe nenhuma igreja que seja 100% perfeita. Todas elas, sem exceção, são frequentadas por seres humanos como eu e você, sujeitos a falhas, às vezes muito sérias. No entanto, é inadmissível que quem comete erros graves continue exercendo algum tipo de liderança ou frequentando a igreja sem ter se arrependido, confessado, abandonado as práticas pecaminosas e se submetido à disciplina espiritual e penal cabível à situação.

          Especialmente quando se trata de líderes. Que moral tem uma pessoa que exerce liderança e vive em pecado? Não é isso que as Escrituras ensinam. Portanto, se a comunidade a que você pertence está fazendo vista grossa diante dos escândalos, é aconselhável você avaliar e reavaliar se deve ou não continuar servindo ao Senhor nela.

          Inclusive, em Apocalipse 18:4-5, Jesus fala: “E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das iniquidades dela”. 

          Evidentemente esse texto está falando sobre a queda da grande Babilônia, que representa a Igreja idólatra e corrompida. Porém, o princípio é o mesmo: Se onde estamos a corrupção moral está tomando conta, e é tolerada ou acobertada, é preciso e necessário tomar a sábia decisão de procurar uma congregação que esteja o mais perto possível das verdades bíblicas e, consequentemente, de Cristo.

          Não posso deixar de mencionar que o Reino de Deus e a Igreja do Senhor são muito maiores que a denominação religiosa da qual fazemos parte. Então, não podemos e não devemos idolatrar o grupo religioso a que pertencemos ou seus líderes, como muitos o fazem, supondo que é adequado continuar servindo nele, mesmo que ele ou ela já estejam a quilômetros da Bíblia e do Deus da Bíblia.

          Por outro lado, não podemos usar os escândalos e os erros dos outros como pretexto ou justificativa para deixarmos de congregar ou nos afastar definitivamente dos caminhos do Senhor. Ao contrário, creio piamente no que dizem as Escrituras: “E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixando de congregar, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia” – Hebreus 10:24-25.

          Também considero muito pertinente a comparação que Paulo faz entre a igreja e o corpo humano (1 Coríntios 12). Um membro só continua vivo e exercendo a função para a qual foi criado por Deus se estiver ligado ao corpo. Do contrário, perde sua função e morre. Assim também acontece espiritualmente conosco. Portanto, temos a necessidade de estar ligados a uma congregação onde se reúne o Povo de Deus, membros da Igreja Universal do Senhor Jesus.       

            E, como disse o escritor aos Hebreus, precisamos considerar uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, para as quais fomos feitos, conforme lemos em Efésios 2:10. Além disso, temos de recordar que Deus sempre quis ter um povo, não indivíduos agindo sozinhos. Por essa razão, formou-o a partir das doze tribos dos descendentes de Abraão, os quais não eram perfeitos, e cometeram erros gravíssimos (e foram punidos). Porém, o Senhor não abriu mão deles, assim como não abre de nós.

          No projeto original de Deus, todas as tribos deveriam morar em Israel. Embora cada uma tenha recebido seu quinhão de terra, não era para viver isolada das demais. Assim, poderiam se fortalecer e se proteger dos inimigos. Além do mais, o povo se reunia para cultuar, oferecer sacrifícios e celebrar as festas estabelecidas pelo Senhor.

          Do mesmo modo, o projeto de Cristo também não mudou. Isso significa que quer que continuemos sendo membros do corpo do qual ELE é a cabeça. Logo, argumentar que é possível servir a Deus sem se reunir como Corpo de Cristo, pode ser uma falácia, ou um sofisma e, sem dúvida, é um laço com o qual o maligno domina o indivíduo e o lança no cemitério de crentes mortos-vivos.

          Portanto, ao concluir este artigo, quero fazer alguns reforços argumentativos importantes e necessários:

  • Primeiro, preciso relembrá-lo de que a salvação eterna é algo pessoal, intransferível e de inestimável valor: “Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?” – Marcos 8:36. Logo, você deve cuidar com responsabilidade para que não a perca e não se perca.
  • Também devo enfatizar que a sua salvação custou o sangue de Cristo, não de algum ser humano como eu e você: “… sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado…” – 1 Pedro 1:18,19.
  • Precisamos e devemos seguir em frente na caminhada da fé olhando para Jesus. Caso contrário, tropeçaremos, cairemos e ficaremos prostrados espiritualmente falando. Sendo assim, “… corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé…” – Hebreus 12:1,2.
  • Assim como não deixamos de ir trabalhar porque lá na empresa há pessoas que cometem falhas, também não podemos deixar de congregar porque na igreja existem indivíduos que cometem pecados, às vezes gravíssimos: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” – Hebreus 10:25. Mas, se for preciso, procure outro lugar que realmente pregue a Palavra de Deus e sirva ao Senhor com inteireza de coração.  
  • Certa ocasião, Cristo disse que o joio cresceria junto com o trigo. Todavia, quando fosse fazer a colheita, o joio seria lançado no fogo – Mateus 13:24-30. Portanto, seja trigo, não joio, e deixe Deus agir no tempo dele.
  • Jesus afirmou que há uma recompensa para quem se mantiver firme e fiel a ele e à Sua Palavra: “… mas aquele que perseverar até o fim será salvo” – Marcos 13:13 e “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” – Apocalipse 2;10b.     
  • “Fiquemos, pois, firmes em nossa profissão de fé, sem nos abalar, porque fiel é aquele que nos fez promessas maravilhosas, como a eternidade com ele” – Hebreus 10:23; 1 João 2:25.
  • O Senhor não tem prazer em quem recua: “Ora, o justo viverá pela fé; mas se algum homem recuar, a minha alma não terá prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que creem para a salvação da alma” – Hebreus 10:38,39.
  • Quando chamou Abraão, o Senhor disse a ele: “… e tu serás uma fonte de bênçãos” – Gênesis 12:2 – Versão Católica. Então, digo o mesmo a você e a mim: Em vez de sermos fontes de escândalos, sejamos uma fonte de bênçãos àqueles com quem convivemos.

          Então, quero dizer-lhe: Não recue. Não olhe para os outros ou para as circunstâncias, por mais difíceis que elas sejam ou pareçam ser. Não fundamente sua fé em pessoas, por melhores ou por mais sinceras que sejam, pois um dia podem falhar com você, mesmo que sem a intenção de fazê-lo. Enfim, seu alvo é Cristo e o céu: “Pois a nossa pátria/cidade está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas” – Filipenses 3:20,21.

          Pensemos, pois, no que disse Charles Spurgeon, pregador Batista inglês (1834-1892): “Se desistirmos da nossa jornada com Deus por causa de péssimos exemplos, provamos que estávamos andando somente com homens, e não com Deus”.

          Sugestão de música: Olhar somente a ti 

          * O Código Penal Brasileiro é um decreto-lei (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940) que estabelece as normas e os tipos penais aplicáveis no sistema jurídico brasileiro, definindo os crimes, suas penas e os princípios gerais do Direito Penal. É um conjunto de normas jurídicas que regulamenta o poder punitivo do Estado, definindo crimes e as penas ou medidas de segurança que se aplicam a eles.       

 

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Quem é Jesus para você? (Aconteceu de novo!!)

     “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra.” (Jeremias 5:30)       

     Em 2018, pela graça de Deus, escrevi um artigo bíblico chamado Quem é Jesus para você?” (você pode ler também no site da IEQ São Paulo). Nele, trato desse tema de tão grande relevância, especialmente em nossos dias. Agora, sinto-me novamente impelido pelo Espírito Santo a retomá-lo e a escrever mais uma vez sobre ele.

     No artigo anterior, o qual está no blog “palavradesabedoria.net”, refiro-me a dois “artistas” conhecidos através da mídia. Na ocasião, tais indivíduos dirigiram-se a Jesus de forma muito desrespeitosa. MAS, naquele episódio, meu questionamento não foi a eles e, sim, a mim mesmo e a você, leitor. E hoje o faço a nós outra vez.

     A mídia brasileira (televisão, rádio, jornais, internet etc.) tem divulgado grandes escândalos nestes últimos dias. Evidentemente, ela está fazendo o papel que lhe compete e, espero, com honestidade e imparcialidade, pois é o que o cidadão íntegro tem esperança que aconteça. Concorda?

     Sei que há muitos casos que poderiam ser tomados como base para a argumentação. No entanto, almejo destacar quatro deles, por considerá-los suficientes para entender e fazer uma autoavaliação, ou seja, uma avaliação de nós mesmos, das nossas ações, comportamentos e atitudes diante do Senhor, da sociedade, da nossa família e da própria consciência.

     Afinal, como dizem as Sagradas Escrituras em Romanos 14:10b,12: “Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus. (…) Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus. E, ainda sobre essa questão, em 2 Coríntios 10:5, lemos: “Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas quer sejam más”.

     Um desses casos trata de uma mãe que expulsou de casa um filho de APENAS dois aninhos de idade![1] Para piorar, ela disse que também já havia expulsado outro filho. Como diz o texto bíblico de abertura, coisa espantosa tem acontecido na terra.

     Quando se fala em mãe, logo pensamos no chamado “instinto maternal”, o qual a leva a fazer de tudo para proteger sua criança. Obviamente, isso também deve se aplicar ao pai. Porém, não foi o que aconteceu. E, lamentavelmente, temos visto muitos casos espantosos, horríveis e revoltantes assim.

     Os outros casos envolvem três líderes religiosos: uma pastora, um padre e um médium espírita. E o curioso é que há diversas coisas em comum entre eles: religião, poder, dinheiro e sexo. Além disso, o primeiro e o terceiro também englobam acusação de assassinato. Por causa disso, mais uma vez, tenho visto alguns setores da mídia explorando exaustivamente essas tragédias, da mesma forma que já vimos em outras ocasiões e com assuntos diversos.

     Atenção!!! Quero que você entenda que não estou dizendo que casos assim não devem ser noticiados. Precisam e devem ser para, além de informar, alertar-nos para a existência de lobos vestidos de cordeiros. Esse é o papel do jornalismo sério e imparcial.

     MAS também penso que os veículos de comunicação social precisam e devem colocar em evidência, e de modo mais frequente (talvez insistentemente), os bons exemplos, os quais, não existe dúvida, são em quantidade muito maior. Faço essa afirmação porque entendo que tudo aquilo que reforçamos produz um resultado maior. Logo, se reforçarmos os maus exemplos, eles é que ocuparão nossa mente. E o contrário também é verdadeiro. Veja que falei reforçar, não ignorar.

     Para ilustrar, quero que você volte comigo há quase dois mil anos. Em Mateus 4:12 ao 22, vemos Jesus iniciando o processo de seleção de 12 homens que iriam compor o grupo de ajudantes dele. A princípio, foram chamados de discípulos (do grego mathetes). Em seu sentido mais comum, significa ser um aluno, aprendiz ou seguidor de um Mestre.

     O mais curioso de tudo é que entre os selecionados havia um que iria trair Jesus: Judas Iscariotes, o qual se tornou mesmo o traidor. Estranho, não? Será que o Senhor não sabia que isso iria acontecer? E a resposta é: Sim, sabia. Então por que o Mestre o aceitou em seu grupo, se havia tantas pessoas melhores que esse cara?

     A resposta não é tão simples. Mas, pelo contexto bíblico, entendemos algumas coisas claramente: o Mestre dá oportunidade para pessoas de todos os tipos e índole, isto é, conjunto de traços e qualidades inerentes ao indivíduo desde o seu nascimento; caráter, inclinação, temperamento. Se não o fizesse assim, haveria uma contradição, pois a Bíblia diz que o Senhor não faz acepção de pessoas: “…porque, para com Deus, não há acepção de pessoas” – Romanos 2:11.

     Além disso, Judas passaria por um longo período de treinamento e teria a oportunidade de mudar. Contudo, a decisão de acatar os ensinos do Mestre e de se tornar diferente estava nas mãos dele. Basta lembrar que o Senhor não impõe sua vontade. Ele a  expõe, dá bons exemplos, MAS a palavra final é de cada um de nós: “No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” – João 7:37,38. E hoje continua sendo assim. A escolha é pessoal. (Se quiser, leia Isaías 1:19.)

     Outra observação a fazer é que até no momento em que, traiçoeiramente, Judas entregou Jesus aos soldados ouviu a seguinte frase: “Amigo, a que vieste?” –  Mateus 26:50. Não é que o Senhor não sabia o motivo de estarem ali. Mas queria que esse homem refletisse sobre seus atos, especialmente o daquele momento.

    Sem dúvida, seria impossível reverter a situação. Todavia, Judas teve a oportunidade de se arrepender e de pedir perdão ao Senhor, o qual, certamente, o receberia de braços abertos e o restauraria. Infelizmente, porém, ele não aproveitou a chance e preferiu tirar a própria vida. Que triste!

     Também preciso relembrá-lo de que certa feita Jesus contou uma parábola sobre o trigo e o joio – Mateus 13:36 ao 43[2]. Essas duas espécies são bem parecidas. Crescem de modo muito semelhante. MAS o joio só tem aparência (casca), enquanto o trigo possui a essência, ou seja, os grãos.

     Conforme o Senhor deixou claro na parábola, foi o maligno que semeou o joio no meio do trigo. Porém, chegaria o tempo da colheita, quando cada um tomaria um rumo diferente. Veja: “Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim desta era. O Filho do homem enviará os seus anjos, e eles tirarão do seu Reino tudo o que faz tropeçar e todos os que praticam o mal. Eles os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino do seu Pai. Aquele que tem ouvidos, ouça” – Mateus 13:40-43.

     Aparentemente, as pessoas que praticam o mal estão no lucro. No entanto, não foi isso que Jesus no ensinou. Haverá, sim, o dia no qual pagarão pelas atrocidades cometidas. Todavia, antes de a justiça de Deus ser executada, a justiça humana deve, urgentemente e de modo imparcial, cumprir seu papel, aplicando as punições previstas na lei. E isso independentemente de se tratar de rico ou pobre, religioso ou não-religioso, novo ou velho, branco ou de qualquer cor ou raça. Afinal, a sociedade merece ser protegida, não ficar vulnerável a todo tipo de mal, especialmente nossas crianças.  

     Outra coisa a registrar é que essas atrocidades não devem surpreender os verdadeiros cristãos. As Escrituras, há muito tempo, nos informam que tais coisas acontecerão. Se você ler 2 Timóteo 3:1 ao 9, verá claramente um desses avisos. Entretanto, não estou querendo dizer com isso que devemos nos acomodar e nos conformar. Antes, se somos genuínos servos de Deus, devemos lutar contra o mal, como nos ensinou o Senhor – Efésios 6:10-18.

     Outro lembrete a fazer é que Jesus nos diz o seguinte em Apocalipse 22:11:  “ Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se”. E na sequência, lemos: “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão/recompensa que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras”. Ou seja: cada um de nós vai ser recompensado pelo Senhor de acordo com o que fez por meio do corpo, conforme já vimos em 2 Coríntios 5:10.

    Ainda preciso registrar o seguinte: nosso verdadeiro referencial é Cristo. Foi ele quem morreu na cruz em nosso lugar para perdoar os nossos pecados, nos reconciliar com Deus e nos garantir a salvação eterna, segundo lemos em 1 João 2:25: “E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna”.

     Na mesma carta, temos a seguinte declaração: “E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho. Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida. Escrevi-lhes estas coisas, a vocês que creem no nome do Filho de Deus, para que vocês saibam que têm a vida eterna” – 1 João 5:11-13.

     Já em Hebreus 12:1 e 2, lemos: “Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos”.  

     Você percebeu? A Bíblia fala que temos de olhar para Jesus. Portanto, os maus exemplos jamais podem ser motivo para descrermos do Senhor, abandonarmos a fé e a Igreja, blasfemarmos, ou tomarmos quaisquer outras atitudes e decisões que não estejam pautadas na Palavra de Deus.

    Muito pelo contrário. Não devemos deixar de congregar: “Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas nos encorajemos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia – Hebreus 10:25.

     Em outras palavras: o verdadeiro servo do Senhor não se escandaliza, nem tem sua fé enfraquecida por causa de escândalos. Pode até se irar, se revoltar ou se entristecer. No entanto, não usará isso como muleta para justificar sua descrença em Deus ou deixar de frequentar sua igreja. Antes, entenderá que é tempo de se aproximar ainda mais do Senhor, pois só ele tem palavras da vida – João 6:68.

     Se você quiser olhar para os maus exemplos, certamente vai encontrar muitos. Mas, se decidir olhar para os bons, não tenho dúvida de que os encontrará em quantidade muito, muito maior.

     Para cada pastor ruim, quantos bons há? Para cada padre ruim, quantos bons existem? Para cada mãe ruim, quantas boas você conhece? Para cada líder espírita, ateu ou de qualquer outro segmento religioso ou social corrupto ou imoral, quantos são homens e mulheres íntegros?

     Podemos até não concordar com aquilo em que eles creem, é um direito que assiste a cada um de nós, MAS temos o dever de reconhecer o valor que possuem e respeitá-los.

     Como vimos no texto inicial, as Escrituras já nos advertiram, dizendo: “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra” (Jeremias 5:30). Portanto, a questão não são os outros e o que eles fazem. A questão somos nós: Quem é Jesus para nós?  

    Em Mateus 16:13 ao 18, vemos um bate-papo entre Jesus e seus discípulos. E o Senhor lhes faz o seguinte questionamento: “Quem os homens dizem que o Filho do homem é?” – v:13.   Mas, na realidade, o que ele queria mesmo saber era o que seus seguidores pensavam sobre isso: “E vocês?,  perguntou ele. Quem vocês dizem que eu sou?” – v 15.

    Naquele momento, Pedro recebeu a revelação de Deus e declarou: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” – v:16. E hoje o Mestre também deseja que tenhamos essa revelação, pois, se a tivermos, nossos olhos estarão nele, não em pessoas falíveis como eu e você, as quais podem cometer erros gravíssimos, imperdoáveis aos nossos olhos, conceitos e julgamentos, e nos decepcionar.

    Mais uma coisa importante: devemos levar em consideração o conselho que as Escrituras nos dão em 1 Coríntios 10:12: “Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!”. Observe que o texto diz “aquele que julga estar firme” ou “estar de pé”, segundo outra versão.

     Muitas vezes, nossos julgamentos são equivocados, especialmente os que fazemos de nós mesmos, pois temos uma fortíssima tendência de sermos muito benevolentes conosco, ou melhor, dispostos a nos absolver, complacentes ou indulgentes.

     Por isso, sempre temos que estar atentos e julgar/avaliar nossas ações, atitudes e comportamentos à luz da Bíblia. Além do mais, constantemente precisamos perguntar a nós mesmos: “Quem é Jesus para mim?”.

      A resposta a essa interrogação, sem dúvida, vai revelar de modo muito claro em quem está alicerçada nossa fé e se somos cristãos genuínos ou apenas religiosos e meros cumpridores de tarefas religiosas. Isso porque a questão principal diante de Deus somos nós, não tais pessoas.

     Por fim, sinto que devo registrar esta declaração de Jesus: “Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda” – Mateus 7:24-27. Então, que sua fé esteja edificada nele, que é a Rocha Inabalável.

 

Músicas para ouvir e refletir:

Casa na Rocha (Anayle Sulivan)    

Espera (Marcos Antônio)                 

     


[1] Cidade de Paranaíba – mãe expulsa filho de 2 anos de casa

[2] O trigo e o joio – Vídeo esclarecedor, feito na Suíça – 3:30 min.

 

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