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Mantenha distância

25 set

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Sempre que trafegamos pelas rodovias, ou mesmo em vias urbanas, vemos caminhões ou similares com a seguinte advertência: “Mantenha distância”. Normalmente, trata-se de veículos que transportam produtos inflamáveis ou corrosivos. Outros, porém, levam quaisquer tipos de cargas, mas, ainda assim trazem esse alerta.

Talvez, por ser algo muito comum, os olhos leem, mas o cérebro parece não mais dar a devida importância à mensagem em questão. Isso, obviamente, pode representar um grande perigo a quem se aproxima demais. Justamente por essa razão, é comum, até demais, ocorrerem acidentes gravíssimos, os quais poderiam ser evitados se os motoristas levassem a sério esse aviso. Vidas seriam poupadas. Sofrimentos e prejuízos diversos não fariam parte da vida de tantas pessoas, não é mesmo?

Fazendo uma analogia com as demais áreas da vida, ou seja, uma relação, correlação ou aproximação, veremos que há muita semelhança. Quando tratamos da área espiritual, isso fica ainda mais evidente. Por esse motivo, quero compartilhar com você algumas reflexões sobre a necessidade de manter distância do mal. Para isso, veja o que diz Jó 1:1: Havia, na terra de Uz, um homem chamado Jó, íntegro, reto (ou justo), que temia a Deus e fugia do mal.

Considero essa declaração bíblica sobre Jó como uma das mais belas a respeito de uma pessoa. Entretanto, além da beleza, nela existem preciosas lições, as quais, se compreendidas e acatadas, sem sombra de dúvida evitarão que sejamos atropelados pelas carretas e caminhões que trafegam pela mesma estrada da vida que este veículo tão frágil, que somos todos nós.

A primeira coisa que me chama à atenção é que esse homem era (re)conhecido por sua integridade, isto é, por ter-se mantido ileso, intato, que não foi atingido ou agredido. No texto em questão, quer dizer que ele não havia sido afetado negativamente pela decadência moral e espiritual existentes em seu tempo. Apesar de conviver com a desonestidade e a falta de valores éticos, morais e espirituais de seus contemporâneos, Jó continuava sendo honesto. E, se você almeja obedecer aos mandamentos divinos, também precisa viver dessa maneira.

A segunda é que o texto declara que ele era reto. Segundo o dicionário, essa palavra quer dizer “que não tem curvatura, cujo traçado é linear; direto, direito. Em outras palavras: significa que ele seguia pela estrada da vida sem se desviar nem para a direita nem para a esquerda. Isso me faz lembrar do que Deus disse a Josué: “Somente seja forte e muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem-sucedido por onde quer que andar” –Josué 1:7.

Pelo que percebemos aqui, Jó agia desse modo. Ele se mantinha dentro da linha traçada por Deus. Ao fazer essa declaração, lembrei-me da antiga propaganda de uma marca de tênis. Ela mostrava duas situações bem distintas. Numa, a pessoa começava a correr em linha reta, entretanto, em pouco tempo, ia tombando para a direita e trombava num poste, porque estava calçando uma marca qualquer.

Logo em seguida, a segunda cena mostrava alguém que corria à vontade, fazia as curvas normalmente e chegava ao seu destino sem o menor problema porque usava o calçado da marca X. Pelo registro bíblico, vemos que Jó era assim, pois usava o calçado da obediência à palavra do Senhor. Além disso, vemos que ele era direito, ou seja, seguia a lei e os bons costumes; justo, correto, honesto; andava de acordo com os costumes, as normas morais e éticas etc.; certo, correto, justo.

Certamente foi por isso que esse homem recebeu tanto crédito de Deus e um lugar de destaque nas páginas do Livro Sagrado para os cristãos. Mas isso não é privilégio dele, pois o Pai não tem filhos prediletos: “Então Pedro, tomando a palavra, disse: Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas” – Atos 10:34. Por isso, nós também precisamos e devemos ter tais características. Mesmo que vivamos no meio de tanta podridão moral, devemos viver dignamente diante do Senhor e dos nossos pares. Aliás, o Senhor não nos chamou para sermos iguais, mas diferentes (Romanos  12:2). Humildemente diferentes para o bem.

Outra razão que incluiu Jó nas Escrituras foi o fato de ser temente a Deus. Temer nesse caso não significa ter medo. O temor a Deus é um sentimento de respeito e reverência praticada pela doutrina cristã, segundo previsto no livro de Hebreus: “Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor…” – Hebreus 12:28. Ou seja: um santo respeito ao Criador do universo.

O Senhor também espera que sejamos pessoas tementes a ele nesse sentido. Há muitas pessoas que apenas têm medo dele. Logo, não entenderam sua vontade. Mesmo os pais terrenos não querem que seu relacionamento com seus filhos seja baseado no medo. Antes, almejam que as “crianças” se relacionem com eles com respeito e amor. Muito mais, Deus. Por isso, ele declara: “… eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso” – II Coríntios 6:18.

O último registro importante do texto-chave dessa reflexão é “… e fugia do mal”. Há outra versão que declara: “… e desviava ou se afastava do mal”. Considero essa parte a cereja do bolo (Prefiro morango!!! Mas como o ditado diz assim, coloquei a cereja.). Por quê? Porque aqui habita o segredo do sucesso moral e espiritual de Jó diante de Deus e da sociedade. A verdadeira chave para abrir a porta do reconhecimento de Deus é esta: ele fugia do mal!

Parece tolice. No entanto, é sabedoria da mais alta qualidade, se assim posso dizer. Por certo, ele conhecia suas fraquezas. Então, em vez de brincar com fogo, e se queimar, e até morrer em consequência disso, Jó fugia do mal. Qual era o mal? Não sabemos; contudo, podemos supor que eram valores morais e espirituais presentes em sua época, muitos dos quais, sem dúvida, desagradavam a Deus. Tal atitude e postura o fizeram receber elogios do Senhor.

Para concluir, preciso dizer que hoje muitos de nós fazemos o contrário. Fugimos de Deus e nos aproximamos do mal, ignorando ou subestimando nossas fraquezas. Logo, a ruína moral e espiritual é apenas uma questão de tempo. Pouquíssimo tempo. Por isso, se sua fraqueza é o álcool, fuja dele. Desvie-se. Afaste-se. Se é a mentira, sexo ou dinheiro ilícitos, idolatria, avareza, religiosidade antibíblica, ou quaisquer outras coisas que o farão afastar-se do Senhor, mantenha distância. Fuja com quantas pernas tiver, enquanto é tempo. Que seus olhos captem o sinal de alerta, que seu cérebro processe a mensagem e que você tome a decisão certa: Correr em direção ao Pai, que o está aguardando de braços abertos.

Sugestão: música “Eu escolho Deus” com Thalles Roberto.

Página no facebook: @marcosaaraujo2014

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