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Arquivo da categoria: Motivação

Mão estendida

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“E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pequena fé, por que duvidaste?” (Mateus 14:31)

Certamente todos os feitos de Jesus foram extraordinários e nos deixaram um legado de ensinamentos, cuja riqueza ultrapassa os limites da nossa capacidade de compreensão e assimilação, a não ser que contemos com a ajuda do Espírito Santo – Romanos 8:26; João 14:26. Um deles, por exemplo, está registrado em Mateus 14:22 ao 33.

Antes de ocorrer esse episódio, vemos que o Senhor havia multiplicado cinco pães e dois peixes, matando a fome de quase cinco mil homens, além das mulheres e crianças. Depois desse milagre, ele pediu que seus discípulos entrassem no barco e fossem adiante para a outra banda do mar, rumo à terra de Genesaré. Enquanto isso, o Mestre despediria a multidão, a qual estava desfrutando de sua adorável companhia. E assim aqueles homens fizeram.

Como lemos no versículo 23, despedidas as pessoas, Jesus subiu ao monte para orar sozinho (o que, por sinal, era seu costume). Ele amava ter esses momentos a sós com o Pai. E sempre o fazia, para se fortalecer espiritualmente para enfrentar as tempestades que viriam e ainda manter inabalável o vínculo com o Pai.

Enquanto isso, o barco com os discípulos já estava sendo açoitado pelas ondas no meio do mar, porque “o vento era contrário” – v 24. Pela experiência que tinham na arte da navegação, visto que alguns deles eram pescadores, penso que já haviam empreendido grandes esforços e tentado de todas as formas vencer as águas revoltas. No entanto, pelo contexto, entendemos que não estavam sendo bem-sucedidos naquela luta desigual contra a força do vento e das ondas, apesar de serem homens do mar.

Quando olhamos para o versículo 25, vemos que já de madrugada, entre três e seis horas, o Senhor se dirigiu até eles caminhando por cima das águas. Ao verem aquela cena, e sem reconhecerem que era o Mestre, se assustaram, pensando ser um fantasma – v 26. Por causa disso, começaram a gritar, com medo. Que cena cômica, hem? Mas, se fosse você, agiria de modo diferente?

Ao ver a reação deles, Cristo disse: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo”. Ouvindo isso, Pedro, sempre mais afoito que os demais, disse logo: “Senhor”, se és tu, manda-me ir ao teu encontro por sobre as águas” – v 28. E o Senhor o convidou para ir. E ele foi.

A seguir, vemos Pedro descendo do barco e andando sobre as águas para ir até Jesus. No entanto, sentindo o vento forte, teve medo e começou a afundar. Então clamou por socorro, dizendo: “Senhor, salva-me!” – v 29 e 30.

Nesse ponto, talvez você esteja pensando: “Mas que cabra frouxo!”. Porém, quero desafiá-lo a mergulhar em sua memória para buscar outro exemplo de alguém que conseguiu andar sobre as águas por pelo menos um segundo. Penso que pode fazer uma minuciosa e diligente varredura que não encontrará nenhuma outra pessoa.

Na sequência da história, vai acontecer aquilo que almejo destacar para você, a fim fortalecer a sua fé. Veja o que diz o texto: “Imediatamente Jesus estendeu a mão e o segurou. E disse: “Homem de pequena fé, porque você duvidou? Quando entraram no barco, o vento cessou” – v 31.

A frase “Imediatamente Jesus estendeu a mão e o segurou” é muito significativa. Muitas vezes, também precisamos atravessar mares revoltos, aparentemente sozinhos. Por isso, nosso espírito de autossuficiência nos leva a querer usar a experiência, habilidades naturais e conhecimentos já testados e comprovados em outras situações pelas quais passamos. Porém, tornam-se tentativas fracassadas, as quais, por não surtirem o efeito desejado, nos deixam frustrados, apreensivos, inseguros e desesperados. E por que não dizer também incrédulos?

Talvez, enquanto lutavam contra o mar bravio, alguns discípulos questionavam por que Jesus os mandara fazer a travessia sozinhos. Quem sabe os mais desesperados pensavam: “Se ele é realmente o Cristo, devia saber que isso ia acontecer conosco”. E por aí vai.

Mas não ouse criticá-los. Tomo a liberdade de dizer que se fôssemos nós provavelmente, ou também, agiríamos assim. Caso nossa fé não esteja de fato alicerçada na Rocha, o mais fácil seria tomar essa atitude. Hoje, também é provável que tentemos resolver as coisas do nosso jeito. Todavia, muitas vezes, quebramos a cara.

A boa notícia é que, ainda que não soubessem, Jesus não os abandonara à própria sorte. Embora não tivessem plena compreensão, o Senhor de fato os amava e se preocupava com eles. Mesmo assim, permitiu que a adversidade lhes sobreviesse, talvez para entenderem que suas experiências, conhecimentos e habilidades nem sempre vão resolver todas as coisas.

Por esse motivo, não podiam permitir que o sentimento de autossuficiência os levasse a pensar que não precisavam de Deus. Afinal, eles estavam sendo treinados para missões tão grandiosas que não poderiam se dar ao luxo de se tornarem vítimas de si mesmos. Foi por essa razão que no momento crucial o Senhor foi até eles.

Conosco não é diferente. Também estamos sendo treinados para nos tornarmos pessoas com maturidade espiritual e emocional. Por isso, o Mestre até pode permitir que passemos por mares tempestuosos. Entretanto, do mesmo modo, ele virá em nossa direção andando sobre as águas, ou seja, demonstrando ter poder sobre todas as coisas.

Você viu que num primeiro momento os aqueles homens, ou alguns deles, pensaram que era um fantasma, isto é, não reconheceram que era Jesus. Quem sabe, a escuridão, a forte chuva ou o medo (ou tudo isso) lhes tirara a capacidade de enxergar com nitidez. Por isso, tiraram conclusões precipitadas e, consequentemente, erradas.

Quantas vezes também fizemos isso! Quantas vezes agimos como Pedro! Somos impelidos por uma fagulha de fé, mas, ao sentirmos o vento e as ondas, começamos a naufragar. O que pensou esse discípulo quando começou a afundar? Na família? Nos amigos? Ou simplesmente teve medo de morrer? E nós, o que se passa por nossa cabeça ao vivenciarmos situações nas quais tudo parece perdido?

Que bom que o Senhor foi na direção de Pedro e lhe estendeu a mão! O Senhor ouviu o seu clamor. Ele não precisou fazer uma longa oração nem uma argumentação teológica profunda para explicar ao Senhor sua necessidade. Somente precisou ser sincero e objetivo. Naquele momento, por certo, ele se despojou de todo sentimento de autossuficiência e depositou toda a sua confiança na suficiência de Cristo – vv 31 e 32.

Então, como aconteceu com Pedro, também pode e deve ocorrer conosco. Ou melhor: em situações adversas da nossa vida, quando os recursos humanos são insuficientes e ineficazes, devemos clamar ao Senhor, levando a ele confiantemente nossa necessidade, sabendo que o Mestre também nos estenderá a mão e nos segurará, assumirá o controle e nos levará para dentro do barco em paz e segurança. Veja o que o salmista declara: “Os olhos do Senhor estão sobre os justos; e os seus ouvidos, atentos ao seu clamor” – Salmos 34:15.

Para finalizar, sinto que devo retomar o assunto do versículo 23, no qual o evangelho diz: “Tendo despedido a multidão, subiu sozinho a um monte para orar. Ao anoitecer, ele estava ali sozinho”, pois desejo falar que se Jesus tinha o hábito de ficar a sós com Deus, nós também precisamos ter, porque a oração e a comunhão com Pai Celestial nos darão força, discernimento, sabedoria e direção para vivermos felizes e em paz, mesmo em meio a tempestades.

 

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Um pai que nunca esquece

Pai e filho

“… contudo eu não me esquecerei de ti – diz o Senhor.” (Isaías 49:15b)

Como sabemos, no segundo domingo de agosto, comemora-se o Dia dos Pais. Entretanto, nem todos sabem que esse desejo de homenagear os pais nasceu no coração da norte-americana Sonora Louise Smart Dood, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dood, em 1909, a qual teve a ideia de celebrar esse dia ao ouvir um sermão dedicado às mães.

Além de admirar o pai, o objetivo de Sonora era homenageá-lo devido ao grande esforço que John tivera para criar os filhos sozinho, após o falecimento da esposa em 1898, quando dava a luz ao sexto filho. Assim, John criou o recém-nascido e seus outros cinco filhos sem ajuda de ninguém (https://br.guiainfantil.com/cultura/207-dias-e-feriados/438-o-dia-dos-pais.html).

A partir de então, passaram a existir homenagens em muitos países ao redor do mundo, mas em datas diferentes. Porém, o que mais importa é que, se essa homenagem realmente partir do coração dos filhos, não apenas em consequência de um apelo comercial, um mero costume ou por constrangimento, servirá para demonstrar o quanto o pai foi e é importante na formação pessoal de um indivíduo.

Infelizmente, sabemos que nem todos os pais são, de fato, uma boa referência para seus filhos. Ao contrário, muitos são um exemplo a não ser seguido. Afinal, agem como se houvesse ex-filhos e os abandonam à própria sorte ou são extremamente violentos, por exemplo. Não é à toa que hoje existem tantas pessoas emocionalmente comprometidas em consequência desse abandono e da orfandade afetiva. Lamentável.

Por outro lado, existem pais que são, indiscutivelmente, verdadeiros referenciais, os quais deixam um grande legado para seus filhos, levando-os a se tornarem cidadãos de bem aqui na terra e, por certo, também do céu. Com sua permissão, leitor, incluo o meu pai nessa categoria. Ele era um homem simples, de poucas palavras, trabalhador, honesto e, acima de tudo, um servo de Deus exemplar, o qual deixou gravados no coração de todos os filhos valores fundamentais e inegociáveis.

Todavia, apesar de ser tudo isso, ele não era perfeito. Como o seu certamente também não era ou não é. Como você também não é. Como eu também não sou. Contudo, meu desejo aqui é falar principalmente de alguém que sempre desejou se relacionar conosco como pai, mas não como qualquer outro que conhecemos.

Ele almeja ser o Pai. Aliás, sempre o desejou. Veja o que ele mesmo declara: “ Portanto, “saiam do meio deles e separem-se”, diz o Senhor. “Não toquem em coisas impuras, e eu os receberei” “e lhes serei Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas”, diz o Senhor Todo-poderoso” – II Coríntios 6:17 e 18. Read the rest of this entry »

 

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Amigos de Jesus

“… mas há um amigo mais chegado do que um irmão.” (Provérbios 18:24)

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Segundo a Psicologia, amizade é um dos vínculos mais significativos e importantes que estabelecemos. Isso porque estar com amigos é uma forma privilegiada de socializar, e a socialização, tal como o psicólogo bielo-russo Vygotsky afirma, “é a base do desenvolvimento humano”. Sem a socialização, não desenvolveríamos processos cognitivos superiores (cognitivo: relativo à aprendizagem) nem nos apropriaríamos devidamente da cultura.

Não ter amigos pode ser tão perigoso para a saúde como fumar ou consumir álcool em excesso, diz um estudo de cientistas americanos na revista Plos Medicine. Os especialistas afirmam que viver isolado é prejudicial à saúde. Fato que é potencializado quando vivemos em tempos de relações superficiais, descartáveis e imediatistas baseadas em redes sociais.

Ainda nessa linha de pensamento, o estudo mostra que no processo psicoterapêutico, a amizade pode ser compreendida como fator de proteção. É a rede de afeto no enfrentamento dos dissabores da vida. É a força que sustenta ao cair, ou mesmo a mão estendida ao levantar.

Quando nós nos voltamos para as Escrituras Sagradas, vemos que o que a Ciência diz não é nenhuma novidade. No entanto, é muito bom saber que Ciência e Fé se encontram e andam de mãos dadas com um único propósito: abençoar nossa vida. Basta se lembrar, por exemplo, da amizade de Davi e Jônatas (filho do rei Saul) e o quanto ela foi benéfica para os dois, para Mefibosete (filho de Jônatas) e, finalmente, para todo o povo de Israel.

Entretanto, o foco desse artigo não é a história deles e, sim, a da família de Lázaro. Portanto, para começo de conversa, é bom recordar que a Bíblia registra três episódios envolvendo Marta, Maria e Lázaro. O primeiro deles está em Lucas 10:38 ao 42. O segundo, em João 11. O último, em João 12.

Antes de dar sequência, quero lhe fazer a seguinte pergunta: Por que, por três vezes, Jesus foi à casa deles? Antes que você responda, quero fazer uma provocação, colocando outro questionamento: Por que você iria à casa de alguém e voltaria lá outras vezes?

Quase ouço sua voz dizendo: “Volto lá porque me sinto bem recebido. As pessoas são agradáveis. A conversa é boa. Sinto paz naquele ambiente. Percebo que as pessoas realmente gostam de mim”. Além dessas possíveis respostas, outras semelhantes a elas poderiam ser dadas. Então, agora podemos mergulhar um pouco na história desses irmãos e de Jesus.

Como já vimos, o primeiro momento dessa família com Jesus está registrado em Lucas 10:38 ao 42. Nele, lemos que Jesus fora recebido naquela casa por Marta. Enquanto ela estava distraída com os serviços domésticos, Maria sentou-se aos pés do Mestre para ouvir seus ensinamentos. Muito provavelmente, Lázaro, como o homem da casa, já estava fazendo sala para tão importante visita.

Em dado momento, Marta disse: “Senhor, não te preocupas que minha irmã me deixe servir sozinha? Diga a ela que me ajude” – V 40. Essa fala foi a oportunidade que Jesus precisava para ensinar uma grande lição. Assim, aproveitando-a, falou-lhe: “Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada” – Lucas 10: 41 e 42.

Talvez você seja tentado a jogar algumas pedrinhas em Marta, não é mesmo? Mas quero dizer-lhe uma coisinha: Read the rest of this entry »

 

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Manancial no deserto

    manancial no deserto

“A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma…” (Salmos 19:7)

    Temos vivido tempos tão difíceis e confusos que, muitas vezes, as pessoas se sentem como se estivessem num deserto. Em outras ocasiões, parecem   se sentir num labirinto, sem encontrarem a saída.

Outros há cujo sentimento é de solidão, mesmo vivendo cercadas de pessoas a maior parte do tempo. E existem aquelas que realmente estão sozinhas, pois já não têm seus entes queridos por perto.

Independentemente dos motivos pelos quais alguém se sente dessa forma, é algo muito preocupante e ruim. Afinal, quem não gostaria de estar cercado de pessoas que o amam e se preocupam com ele?

Penso que todos nós gostamos e desejamos isso. É óbvio que há situações nas quais precisamos ficar a sós com nós mesmos. Basta lembrar que a Psicologia diz que todos carecem de momentos assim para ouvir a si próprios, organizar os pensamentos e sentimentos e corrigir a rota, caso considere importante. E é.

No entanto, gostaria de enfatizar que todos nós, com maior ou menor frequência, passamos por momentos de deserto e solidão. Muitas vezes, até o céu parece estar com as portas cerradas e Deus, indiferente ao nosso sofrimento. Por isso, preciso lhe dizer que ainda existe um manancial no deserto, com águas límpidas e revigorantes e que Deus continua sendo Deus, mesmo que as circunstâncias teimem em dizer que não.

Então, para refrescar sua memória, vou relembrar algumas passagens bíblicas, as quais certamente são mananciais no deserto e o ajudarão a matar um pouco dessa sede e do sentimento de solidão que, porventura, teime em afligir você.

  • “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma…” (Salmos 19:7).

Refrigerar quer dizer tornar(-se) mais aliviado, mais reconfortante; aliviar(-se), reconfortar(-se), suavizar.

    Assim, entendemos que quando nossa alma sente sede, precisamos beber a Palavra de Deus. Não adiantará ingerir as “águas” desse mundo. Foi por isso que o Senhor Jesus disse: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” – João 7:37 e 38.

Quando disse isso, o Mestre estava numa festa judaica importante. E já era o último dia. Logo, ele havia presenciado muitos beberem vinho até ficarem embriagados, mas a alma deles continuava sedenta. Seu interior continuava vazio. Desse modo, precisavam da saciedade que só ele, como a “água da vida”, poderia dar.

  • O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome” – Salmos 23: 1 ao 3.

Por serem tão conhecidas, muitas vezes falamos essas palavras sem refletirmos sobre seu real significado, profundidade e relevância. Porém, desafio você a pensar mais detidamente a respeito delas e desfrutar das delícias dessa água para onde o Senhor nos leva mansamente, a fim de refrigerar nossa alma, a qual tem sido vítima desse calor insuportável, gerado pelos desertos da vida.

  • “Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” – João 16:33.

Enquanto peregrinamos neste mundo, as aflições são inevitáveis. Às vezes, somos surpreendidos por uma doença, pelo desemprego, por um problema familiar ou conjugal, que nos deixa deveras aflito. Então, é muito bom recordar que podemos contar com o Senhor e ter paz, mesmo em meio a tempestades, porque Ele venceu o mundo. Ao dizer isso, o Mestre deixa subentendido que com Ele também venceremos todas as adversidades.

  • “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti” – Isaías 49:15.

Em momentos difíceis, é comum nos sentirmos sozinhos. Mesmo que tenhamos por perto nossos familiares ou amigos, essa sensação, infelizmente, é uma realidade. Entretanto, mesmo que de fato estejamos sós, que todos nos esqueçam ou nos abandonem, Deus promete não se esquecer de nós.

Em Isaías 49:16, o Senhor disse a seu povo: “Veja, eu gravei você nas palmas das minhas mãos…”. Ao usar essa metáfora, Deus estava dizendo que não se esquecia de seus filhos, que tinha o controle da situação e que os protegia. Hoje não é diferente, pois passará o céu e a terra, mas suas palavras não vão passar – Mateus 24:35.

  • Tu a quem tomei desde os fins da terra, e te chamei dentre os seus mais excelentes, e te disse: Tu és o meu servo, a ti escolhi e nunca te rejeitei. Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha mão direita vitoriosa” – Isaías 41:10.

Quando Deus disse isso aos israelitas, eles estavam passando por uma situação muito ruim. Por esse motivo, sentiam-se sozinhos e rejeitados. Diante desse quadro, o Senhor levanta o profeta Isaías para trazer essas reconfortantes palavras, as quais também servem para VOCÊ hoje, uma vez que o Senhor não muda, conforme lemos em Malaquias 3:6.

  • Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti” – Isaías 43:2.

Observe que o Pai não diz “se”, mas “quando”. Portanto, Read the rest of this entry »

 

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Quem é Jesus para você?

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Estamos vivendo tempos trabalhosos, especialmente no que diz respeito ao exercício da fé em Cristo. Diariamente temos sido bombardeados com conceitos e ideologias que ferem de forma brutal os mandamentos divinos e o bom senso.

Além disso, em diversas partes do mundo, os cristãos são perseguidos, expulsos da sua casa, torturados e até mesmo mortos por se recusarem a negar a fé Jesus. Entretanto, tanto a ONU (Organização as Nações Unidas) como outros órgãos ligados aos “Direitos Humanos” e a grande mídia fazem vistas grossas para tal problema, como se não tivessem nada a ver com ele.

Graças a Deus, no Brasil, ainda não há cristãos sendo mortos por causa da sua fé. No entanto, isso não significa que não existem perseguições. Ao contrário, nos últimos tempos, em diversos programas de televisão, manifestações nas ruas, em shows, peças de teatro e outras supostas expressões artísticas nossa fé e até mesmo Cristo são alvos de desrespeito e vilipêndio (fazer com que alguém se sinta humilhado, menosprezado e ofendido, através de palavras, gestos ou ações), o que é crime segundo a lei brasileira.

Há alguns dias, por exemplo, um desses “artistas” chamou Jesus de “travesti” e “bicha”. A ironia é que o perfil oficial da ONU no Brasil saiu em defesa desse indivíduo, chegando a dizer o seguinte: “Solidariedade a Johnny Hoocker – contra os ataques de ódio e discriminação”. Chega a ser engraçado. Ele desrespeitou a fé de cerca de 85% da população brasileira, que é cristã, e dizem que ele é quem está sendo vítima.

Outra ironia é que a emissora de televisão que mais tem ofendido os símbolos cristãos e Cristo “promoveu” o suposto artista, convidando-o para participar de um programa que tem o objetivo de ajudar crianças. Contudo a lamentável postura dessa emissora não é nenhuma surpresa. Como não o é a perseguição, que sempre existiu e continuará a existir.

Talvez, você esteja se perguntando aonde eu quero chegar, e já lhe respondo. Sabendo que Jesus já nos prevenira sobre as perseguições, o foco não são elas ou os perseguidores. É você. Sou eu. É todo aquele que tem sede e fome de servir ao Senhor com sinceridade de coração, dando-lhe a devida honra, louvor, adoração e gratidão por toda a maravilhosa graça derramada sobre sua vida, em especial pela salvação eterna, conquistada por Cristo lá na sangrenta cruz do Calvário.

Quando olhamos para Mateus 5: 10 ao 12, vemos Jesus nos dizer: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.  Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós”.

Lá em João 15: 18 ao 25, o Mestre também fala sobre perseguições. No entanto, vou pegar apenas o versículo 20, no qual o Senhor declara: “Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa”.

    Veja como o Mestre nos preveniu sobre a existência desse problema. O mais lindo, porém, é que ele declara que devemos nos considerar bem-aventurados, isto é, verdadeiramente felizes quando as perseguições vierem. E vai além: devemos manifestar grande alegria, porque será grande o nosso galardão nos céus.

Parece contraditório o que Jesus falou, mas não é. Ele quis dizer que se o cristão é perseguido significa que ele está no caminho certo, ou seja, realmente ele está servindo de sal e luz para este mundo, cujos valores morais e espirituais estão apodrecidos e perecem em densas trevas. E vou além: se os ímpios (A palavra ‘ímpio’ no grego, quer dizer: ‘destituído de temor reverente a Deus’.) não se sentirem incomodados com os cristãos, devemos nos preocupar, pois significa que não estamos fazendo nenhuma diferença neste mundo pecaminoso.

Portanto, como foi dito antes, nosso foco não são os que perseguem os cristãos. De certo modo, não importa o que eles falam de nós e de Cristo. Afinal, para os ímpios, o Mestre não significa nada ou nem mesmo existiu. Para outros, ele não passa de um profeta ou de um espírito iluminado. Para os que seguem o islamismo, por exemplo, ele é um profeta menor do que Maomé, e assim por diante.

Em Mateus 16:13, Jesus perguntou para os discípulos quem as pessoas pensavam que ele era. Então, eles lhe disseram: “Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, Jeremias ou um dos profetas” – Mateus 16:14. A seguir, Cristo lhes perguntou: “E vocês? “Quem vocês dizem que eu sou?” – Mateus 16:15. Observe que o maior interesse de Jesus era saber o que seus discípulos pensavam sobre ele.

Veja o que lhe respondeu Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” – Mateus. 16:16. Mas o que é ser o Cristo? Read the rest of this entry »

 

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Tudo posso em Cristo

tudo posso em cristo

Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece. ” (Filipenses 4:13)Filipenses

Quaisquer pessoas, mesmo as iniciantes na fé, sabem que não se pode pegar um texto, fora do contexto, para usá-lo como pretexto, atendendo a interesses escusos. Aliás, isso é regra básica da hermenêutica (ciência ou técnica que tem por objeto a interpretação de textos religiosos ou filosóficos, especialmente das Sagradas Escrituras).

Afinal, caso alguém proceda dessa forma leviana, certamente vai induzir as pessoas ao erro teológico. E, sem sombra de dúvida, não é o que Deus deseja que aconteça, pois não quer que seus filhos sejam confundidos: “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos” – I Coríntios 14:33.

No entanto, não é o que se vê hoje. Vivemos tempos confusos e, às vezes, com ensinamentos também assim, gerando, em consequência disso, frustração e decepção com Deus, como se a culpa por alguma coisa fosse dele. Por isso, gostaria de convidá-lo a refletir comigo sobre o texto da Filipenses 4:13, o qual, usado fora do contexto, gera esse tipo de sentimento.

Geralmente, esse versículo é empregado com o sentido de que nós nos sairemos vitoriosos ou triunfantes em todas as batalhas da vida. Ou seja, sempre nos remete à ideia de que derrotaremos todos os gigantes que se contrapõem a nós. Porém, Paulo vai mostrar que não é bem assim.

Desse modo, os ensinos que nos induzem a pensar dessa maneira não têm sustentação bíblica. Se fosse desse jeito, grandes homens e mulheres de Deus, inclusive os apóstolos, deveriam ser considerados um fracasso, já que perderam diversas batalhas. Contudo, o Senhor os considerou um sucesso, colocando muitos deles na Galeria dos Heróis da Fé em Hebreus 11.

Para entender melhor essa argumentação, é preciso conhecer algumas coisas sobre o apóstolo Paulo (o autor) e a carta aos irmãos filipenses: A epístola foi escrita, provavelmente, entre 53 e 58 D.C. E, segundo a tradição, teria sido redigida numa prisão em Roma, para a igreja em Filipos. Entretanto, há pesquisadores que argumentam que ela pode ter sido escrita numa prisão em Cesaréia ou ainda em Éfeso. Todavia, o que nos importa de fato saber é que ele estava preso por pregar o evangelho.

Se essa era a situação dele, não era nada confortável. Por melhor que fosse o tratamento dado a ele, certamente Paulo preferia ter o que todos nós queremos: liberdade. Então, como ele podia falar isso estando preso?

O apóstolo pôde dizer tais palavras por ter entendido que o conceito de sucesso e de fracasso de Deus é muitíssimo diferente do nosso. Portanto, ele estava apto para fazer essa contundente afirmação.

Quando olhamos para o texto como um todo, compreendemos claramente o que Paulo quis dizer. Então, vamos ao contexto, especialmente a partir do versículo 10: ele estava demonstrando sua gratidão por tudo o que os cristãos da igreja de Filipos generosamente lhe fizeram, suprindo suas necessidades materiais.

Agora veja os versículos 11 e 12: “Não digo isto porque tenha receio de me ver na pobreza; já aprendi a contentar-me com o que tenho no momento. Sei o que é passar necessidades e sei também o que é ter em abundância. Já Aprendi a viver em todas as circunstâncias: tanto na fartura como na fome; tanto no conforto como nas privações”.

Você deve ter percebido que o apóstolo deixou bem claro que sua fé, gratidão, fidelidade e convicções sobre Deus não estavam condicionadas a uma vida só de abundância, de alegrias ou de qualquer coisa que consideramos como bênçãos.

Por causa disso, nos versículos 19 e 20 ele declara: “E o mesmo Deus, que cuida de mim, satisfará todas as vossas necessidades, segundo as suas riquezas, através de Cristo Jesus. Que ao nosso Deus e Pai seja dada honra e louvor para todo o sempre. Esse é o nosso desejo! ”.

Ora, só tem condições de dizer isso quem se sente abençoado e, como resultado, grato ao Senhor por seus benefícios, independentemente da situação ou circunstâncias. Além disso, somente pode falar assim com tanta serenidade e convicção quem atingiu um alto nível de maturidade espiritual. E é isso que Deus espera de cada um de nós.

No entanto, por causa dessa interpretação bem equivocada desse texto e de tantos outros, muitos cristãos têm se tornado infelizes e revoltados contra Deus, mesmo que de maneira velada, isto é, oculta ou disfarçada.

A consequência disso é que se tornam amargos, desiludidos e descrentes nas promessas do Pai. Esquecem-se de que Jesus já havia antecipado que a vida dos cristãos não seria um mar de rosas ou um conto de fadas.

Veja o que o Senhor diz em João 16:33: Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições (ou tribulações); contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”.

A palavra aflição vem do grego thlipsis e significa: ato de prensar, imprensar, pressão; e metaforicamente pode trazer o significado de opressão, tribulação, angústia, dilema. Já a palavra tribulação no original tem o sentido de apertar, comprimir ou esfregar. Deriva-se de tribulum, que era uma vara para moer grão.

Percebeu? Depois que aceitamos a Cristo como nosso Senhor e Salvador, não será conforme diz uma música: “Agora é só vitória”. Muitas vezes, passaremos por aflições e tribulações, as quais nos fazem sentir prensados, pressionados, oprimidos, apertados, comprimidos e esfregados.

Entretanto, nossos olhos não podem ler o texto apenas até o ponto onde fala isso. Eles não apenas precisam, mas devem lê-lo até o fim: “… contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”. Logo, entendemos que se o Senhor venceu o mundo temos condições de ter paz de espírito, mesmo em meio à tempestade, e coragem para enfrentar de cabeça erguida as batalhas travadas na mente, na família, no casamento, no trabalho ou quaisquer outras semelhantes às citadas.

Se olharmos o contexto de João 16:33, veremos que o Senhor Jesus estava falando com os discípulos sobre as tribulações e perseguições pelas quais em breve passariam. Alertava também para o fato de que ele seria preso e morto e eles se sentiriam sem chão naquele momento. Por isso, precisavam, mais do que nunca, ter firmeza na fé, a fim de não perderem as esperanças e a força espiritual. Caso isso acontecesse, sucumbiriam diante das adversidades que viriam.

Mas o que vejo de mais animador é que Cristo lhes diz que eles não estarão sozinhos nessas batalhas. Em João 14:18, ele declara: “Não os deixarei órfãos…”. E no capítulo 16:13 o Senhor os conforta, dizendo: “Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir”.

Por que é animador? Porque essa palavra também se aplica a nós hoje. O Espírito Santo continua ajudando os cristãos a vencerem as batalhas da vida e suas fraquezas. Em Romanos 8:26, Paulo escreve: “Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos orar como convém, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”.

    Ora, se podemos contar com o auxílio do Santo Espírito de Deus, certamente temos condições de manter a chama da fé bem acesa, a confiança no Senhor e uma viva esperança de que, independentemente da situação ou Read the rest of this entry »

 

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Tocando as vestes de Jesus

tocando Jesus

E disse Jesus: Alguém me tocou, porque bem conheci que de mim saiu virtude.” (Lucas 8:46)

Hoje, é muito comum os fãs de um determinado artista, atleta ou qualquer indivíduo famoso querer abraçá-lo e triar uma selfie com ele. Outros se contentam apenas em tocá-lo. Já aqueles que são mais atiradinhos querem beijá-lo e ganhar um autógrafo. E, quando são atendidos, saem felicíssimos ostentando o grande feito.

Logicamente, não há nada de mal nisso, desde que sejam respeitados os limites do bom senso. Porém, por mais importante que seja tal pessoa, muito provavelmente ela não poderá ou não irá fazer muita coisa além disso pelo fã. O que também é normal.

Refletindo sobre isso, veio-me à mente uma das mais belas histórias bíblicas, a qual fala sobre uma mulher que tocou as vestes de Jesus (Marcos 5:25 ao 34; Lucas 8:43 ao 48).

O contexto em que essa narrativa acontece é o seguinte: A filha de Jairo, um dos principais da sinagoga, estava muito doente e ele veio pedir que Jesus fosse até a casa dele socorrer a garota, sendo prontamente atendido pelo Senhor (Marcos 5:22 ao 24).

Enquanto se dirigia à casa de Jairo, uma multidão o seguia. Então, uma mulher que padecia há doze anos com uma hemorragia e que já gastara todas as suas posses e, mesmo assim, ia de mal a pior, ouvindo falar de Jesus, veio por trás do Senhor e tocou-lhe as vestes.

A mulher fez isso porque pensava desta maneira: “Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei” – Marcos 5:28. E foi justamente o que ocorreu. Veja: “E logo se lhe secou a fonte do seu sangue; e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal” – Marcos 5:29.

Nesse momento, Jesus voltou-se para a multidão e perguntou: Quem tocou nas minhas vestes? – Marcos 5:30b. Ora, esse era um questionamento aparentemente tolo. Se ele estava cercado por tanta gente, era normal que isso acontecesse.

Os discípulos também pensavam dessa forma. Por isso, disseram-lhe: “Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou?” – Marcos 5:31.

Pela maneira como falaram, entende-se que eles consideraram a fala de Cristo absurda ou, no mínimo, descabida. Caso estivéssemos lá naquele momento, creio que também pensaríamos assim.

No entanto, mal sabiam eles que aquele episódio nos deixaria como legado grandes e preciosos ensinamentos. Vamos meditar sobre alguns deles?

Primeiro: Multidões sempre acompanharam o Mestre. Muitos o faziam por acreditarem que de fato ele era o Messias (o YESHUA HAMASHIA, Jesus Cristo, o ungido de Deus). Outros, por considerá-lo um popstar ou superstar. Outra parte o seguia para ver o show de milagres e havia quem o seguisse por causa da comida. Hoje, não é muito diferente disso. Todavia, quem o segue com a motivação errada jamais vai conhecê-lo de fato.

Segundo: Aquela mulher tocou o Senhor de uma forma diferente. Mas qual era a diferença entre o toque dela e o das demais pessoas? Read the rest of this entry »

 

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Escolhendo a boa parte

marta e maria

“Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.”  (Lucas 10:42)

Basicamente a vida é feita de escolhas, que podem ser individuais ou coletivas. Além dessas, há também ocasiões nas quais elas envolvem apenas um casal.

Independentemente de quem envolvem, de modo geral, elas nos levam ao sucesso em algum empreendimento ou ao fracasso, trazendo como resultado alegria ou tristeza, sentimento de realização ou a frustração.

É logico que existem ocasiões ou situações nas quais nos sentimos convictos e seguros para fazermos determinada opção. Contudo, o tempo mostra que ela não foi boa ou tão boa quanto esperávamos ser.

Por outro lado, há outras que nos deixam com a pulga atrás da orelha, mas que, com o tempo, se revelará excelente. Isso pode acontecer com uma profissão, por exemplo.

Dentre as escolhas que alguém pode fazer, uma é importante e necessária, pois influenciará todas as áreas da nossa vida. Ao dizer isso, refiro-me à necessidade de querer andar com Deus e a aprender dele.

Para entendermos melhor, tomarei como base e referência o exemplo de Marta e Maria, as quais eram irmãs de Lázaro. Entretanto, já vou adiantar para você que não vou crucificar Marta. Ao contrário, desejo aprender com as duas e sobretudo com o Mestre Jesus.

A história sobre elas está registrada em Lucas 10:38 ao 42. Antes, porém, se faz necessário dizer que essa família era amiga de Jesus. Por isso, a Bíblia se refere aos membros dela em três episódios com o Senhor: um, o que já foi mencionado e os outros estão em João, capítulos 11 e 12.

Sabendo disso, fica mais fácil compreender por que o Senhor estava na casa delas e, em consequência, aprender preciosas lições com essa intrigante e estimulante história.

Também nos ajuda a entender melhor relembrarmos que as duas irmãs tiveram posturas bem distintas nessa ocasião: Maria assentou-se aos pés de Jesus e Marta envolveu-se com os serviços domésticos.

Vale dizer ainda que, por certo, o Mestre não estava sozinho. Considerando que ele sempre andava com seus doze discípulos e que já havia três pessoas na casa, reuniam-se ali dezesseis pessoas no momento. Talvez, até mais.

Quem sabe os visitantes vinham de longe. Por esse motivo, certamente estavam sedentos e famintos. Sendo assim, precisavam beber água e ser alimentados. Afinal, toda dona de casa hospitaleira quer receber bem suas visitas. Com elas não era diferente, eu penso.

No entanto, fazer isso não era uma tarefa simples, como pode parecer a princípio. Elas não dispunham de meios práticos, como temos hoje, para comprar comida pronta. Por isso, precisavam fazer tudo em casa, o que demandava tempo e esforço. E alimentar dezesseis pessoas ou mais não era nada fácil. As donas de casa sabem muito bem disso.

Além disso, a água precisava ser tirada do poço, o que nem sempre era uma tarefa simples. E mais: às vezes o poço era muito fundo e ficava distante de casa.

Quando olhamos para o versículo 38, vemos que quem recebeu o Senhor foi Marta. Logo, entendemos que ela era uma pessoa hospitaleira. Algo que nós, como cristãos, também precisamos ser. Especialmente quando se trata de Jesus.

Já no 39, lemos o seguinte: “E tinha Marta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra”. Olha que interessante: Read the rest of this entry »

 

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Até rei tem temores

Rei (2)

Quando pensamos em um rei, logo vem à nossa mente a imagem de alguém muito forte, corajoso e preparado para enfrentar quaisquer dificuldades ou inimigos que, porventura, se levantarem contra ele. Imaginamos ainda uma pessoa sábia, a qual tem a reposta para todos as questões postas diante dele.

Afinal, ele precisa passar para os seus súditos comuns ou para seus soldados a certeza de que estão entrando numa batalha protegidos e orientados por alguém que sabe o que está fazendo e que pode levá-los à vitória sobre seus adversários.

Caso contrário, seus guerreiros perceberão a fraqueza de seu governante e não lutarão com segurança ao lado dele. Evidentemente, refiro-me a reis do passado, os quais saíam à peleja juntamente com seu exército, e iam à frente para passar confiança e segurança àqueles que lutariam naquela batalha.

Mas tenho uma notícia para você: mesmo um rei forte, corajoso e sábio passa por situações que lhe causam temor. “O que você está dizendo?” ─ Você pode me perguntar. E eu lhe respondo: “É isso mesmo!”

Ainda que seja a maior e mais temida autoridade, o rei não é Deus. Sendo assim, não é onipotente, ou seja, não pode todas as coisas, não é invencível e não está livre desse sentimento que ninguém gosta de demonstrar, nem de outros semelhantes a ele.

Para você entender melhor, venha comigo ao Salmo 34:4, onde vemos Davi, o rei mais temido, respeitado e vitorioso da História de Israel, dizendo: “Busquei o Senhor, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores”.

Percebeu? Davi não tinha apenas um temor. Ele diz: “… livrou-me de todos os meus temores”. É plural. Indica a existência de mais que um. Quais seriam eles? Temores de quê?

Como todo rei de sua época, ele estava sujeito a ataques de povos circunvizinhos. Como Davi estava no topo, certamente era odiado e invejado por seus inimigos. Por isso, estava sujeito a ataques-surpresa.

Além disso, mesmo entre seu povo havia pessoas que não o aceitavam como rei porque ele tinha cometido um pecado. E mais: Absalão, seu próprio filho, inveja-o e queria tomar seu lugar de monarca.

No entanto, além desses problemas que eram visíveis, suponho que como homem de carne e osso igual a você e a mim, Davi tinha medo de ficar doente, de não ser aceito ou amado, de perder um ente querido, de não atingir as expectativas dos outros em relação ao seu governo, de desagradar a Deus ou outros parecidos com esses.

Mas não para por aí. No versículo 6, ele declara: “Clamou este pobre, e o Senhor o ouviu, e o salvou de todas as suas angústias”. Que coisa, não? Davi tinha medos e também angústias!!! Muitas! O fato de ser tão poderoso não o livrava desses males. Ele era tão humano quanto nós. Ainda bem!

Se parasse esse artigo neste ponto, você poderia pensar que a vida é assim mesmo. Que a gente precisa se conformar com isso. Que não existe solução. Porém (e quando entra um porém, vai acontecer algo oposto ao anterior), há alguns detalhes que não podemos deixar passar despercebidos. Vamos analisá-los?

Ao iniciar o Salmo 34, Davi diz: “ Louvarei ao SENHOR em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca. A minha alma se gloriará no Senhor; os mansos o ouvirão e se alegrarão. Engrandecei ao Senhor comigo; e juntos exaltemos o seu nome”.

Ora, se ele disse que louvaria o Senhor em todo o tempo, é porque Read the rest of this entry »

 

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Casa limpa e adornada

casa-coracao

Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” (Provérbios 4:23)

         Outro dia, em uma das minhas caminhadas de oração, comecei a pedir a Deus que me ajudasse a retirar do meu coração todo lixo que porventura houvesse nele, pois, ainda que tenhamos sido redimidos por Cristo, como humanos que somos, estamos sujeitos a pecar. E, se não tomarmos cuidado, nem perceberemos que entristecemos o Espírito Santo.

Enquanto conversava com o Senhor, veio-me à mente a imagem de uma casa e comecei a comparar nosso coração a ela. Por isso, gostaria de compartilhar com você algumas coisas que considero ser importantes para todos nós como cristãos desejosos de viver em comunhão com o Pai.

A primeira delas é que uma casa recém-construída é bela e bem asseada. Tudo está em ordem e a decoração lhe dá um toque especial. Então, o ambiente se torna realmente agradável e dá gosto de apresentá-la e compartilhá-la com alguém, sobretudo se for a pessoa a quem amamos e com a qual almejamos viver nossos dias e nossos sonhos.

Da mesma forma ocorre conosco quando entregamos nossa vida a Jesus, aceitando-o como nosso Senhor e Salvador. A casa, que é o nosso coração, é restaurada e todas as velharias e lixo são jogados fora. Há, agora, cheiro de novo, cheiro de limpeza, cheiro de vida. Sentimo-nos bem. Isso ocorre porque “se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Co 5:17). Logo, almejamos compartilhar com Deus tudo o que diz respeito a essa “casa nova”.

A segunda observação é que, com o passar dos dias, se a casa não for bem cuidada, a poeira começa a se acumular; a poluição faz com que a pintura se torne opaca; o lixo vai se acumulando; surgem insetos. Se houver terra, começam a nascer ervas daninhas. E a beleza de seus primeiros dias cede lugar à feiura. O brilho da alegria reinante Read the rest of this entry »

 

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