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Mais que boas intenções

pedro chora

Pedro respondeu: “Ainda que todos te abandonem, eu nunca te abandonarei!”          (Mateus 26:33)

Faz algum tempo que o tema sobre o qual vou conversar com você tem passeado pela minha cabeça. E, quando isso acontece, começo a dar mais atenção e importância a ele, por entender que Deus quer falar alguma coisa comigo e com sua vida também.

Para situar você, vamos conhecer ou relembrar o contexto no qual Pedro disse a frase presente no texto de abertura, a qual faz parte do seguinte episódio, registrado em Mateus 26:17 ao 35: Estava chegando o dia da Festa dos Pães Asmos e os discípulos perguntaram ao Senhor onde ele queria que eles preparassem a comida da Páscoa. Então, o Mestre os orientou sobre esse assunto com muita precisão.

Mais tarde, quando se reuniram para essa celebração, Jesus disse-lhes que um deles iria traí-lo. Evidentemente, isso os entristeceu e cada um começou a se questionar se seria ele próprio o traidor. Então o Mestre revelou que seria Judas Iscariotes. Depois, todos comeram, beberam, cantaram um hino e saíram para o Monte das Oliveiras.

A partir desse momento, o Senhor começa a falar claramente sobre o que vai acontecer. Assim, Pedro, sempre o mais afoito, disse: “Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei” – Mateus 26:33. Ou, como fala a Nova Versão Internacional, “Ainda que todos te abandonem, eu nunca te abandonarei”.

Quando olho para esse texto, não posso deixar de admirar esse homem. Ao dizer isso, ele revela o quanto amava o Mestre e reconhecia sua importância na vida dele e dos outros também. Por certo, andar com o Senhor tinha ressignificado sua vida, isto é, atribuído um novo sentido a ela.

Talvez, antes de conhecer Jesus, ele vivia sem esperança, com um vazio interior inexplicável e realizava seus afazeres cotidianos de forma mecânica, simplesmente porque era obrigado a fazê-los. Afinal, precisava trabalhar, sustentar a casa, pagar os impostos… precisava sobreviver naquele mundo injusto e cruel, dominado pelos romanos.

Por isso, ao ouvir o Mestre falar “aquelas coisas”, imediatamente reagiu daquela forma. Ele foi impulsionado pelas boas intenções existentes em seu coração. E creio piamente que Pedro estava sendo 100% sincero ao declarar que ainda que todos abandonassem o Senhor, ele nunca o abandonaria.

É aqui que está o xis da questão. Ele falou movido pelas boas intenções; porém, elas não são suficientes. Diante do caos ou das adversidades em geral, precisamos mais do que isso para ficar ao lado de Cristo. Quantas vezes nós também prometemos alguma coisa ao Senhor, com sinceridade, entretanto, quando não sai do nosso jeito, fracassamos e não cumprimos a promessa, não é mesmo?

Diante disso, conhecendo profundamente a alma humana, o Senhor o alertou, dizendo:  Asseguro-lhe que ainda esta noite, antes que o galo cante, três vezes você me negará” – Mateus 26:34. E o Mestre não estava sendo rude. Somente tentou mostrar que Pedro ainda não tinha uma compreensão correta do que aconteceria, nem estava pronto para enfrentar a situação caótica que presenciaria. Não porque ele era covarde, mas por ser humano como qualquer outra pessoa; por isso, falível. E Simão precisava conhecer sua fraqueza, para vencê-la.

Por não se conhecer direito, ele faz mais uma declaração corajosa: “Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei”. E todos os outros discípulos disseram o mesmo – Mateus 26:35. Ao fazerem isso, os demais também demonstraram que não tinham noção de suas fraquezas e limitações. Que coisa! Esses homens me fazem lembrar de pessoas conhecidas nossas. De quem? De nós mesmos!!!

Se prosseguirmos lendo a história, veremos que Judas realmente traiu o Senhor, que Jesus foi preso, que Pedro ainda teve mais uma atitude corajosa tentando “salvar” Jesus e que todos os discípulos fugiram com medo de serem pegos pelos soldados romanos.

Quando chegamos ao versículo 69, novamente Pedro entra na história. No entanto, não é mais aquele homem destemido, o qual disse que mesmo que fosse preciso morrer, nunca negaria Jesus. Agora, está amedrontado e, quando uma criada se aproximou dele e afirmou: “Você também estava com Jesus, o galileu”, ele negou diante de todos, declarando: “Não sei do que você está falando” – Mateus 26:70.

Veja o que registra o texto na sequência: “Depois, saiu em direção à porta, onde outra criada o viu e disse aos que estavam ali: “Este homem estava com Jesus, o Nazareno”. E ele, jurando, o negou outra vez: “Não conheço esse homem! – Mateus 26:71 e 72.

Observe que a princípio ele apenas negou a Jesus (Se é que posso dizer apenas.). Já no segundo momento, ele jurou que não conhecia o Senhor. Nesse ponto, o medo havia devorado sua coragem e temeu por sua vida. Não era para menos. Afinal, ele tinha visto, de longe, o que estavam fazendo com Aquele que se mostrara poderoso e que se tornara a esperança de uma vida melhor, sem a opressão romana. Mas não parou por aí.

Leia você mesmo as palavras do evangelista Mateus relatando o que aconteceu na sequência: “Pouco tempo depois, os que estavam por ali chegaram a Pedro e disseram: “Certamente você é um deles! O seu modo de falar o denuncia”.
Aí ele começou a se amaldiçoar e a jurar: “Não conheço esse homem!” Imediatamente um galo cantou
” – Mateus 26:73 e 74.

Agora, ele desceu mais um degrau, revelando a fragilidade humana: começou a se amaldiçoar e a jurar. Aqui, há uma revelação de quem somos nós diante da adversidade. Contudo, não pense que estou julgando e condenando Pedro. Provavelmente, nós faríamos o mesmo ou, pelo menos, algo semelhante. Talvez, até pior.

No final do versículo 74, Mateus nos diz que “imediatamente o galo cantou”. Aí a casa caiu. Veja: “Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus tinha dito: “Antes que o galo cante, você me negará três vezes”. E, saindo dali, chorou amargamente”.

O cantar do galo entra no coração desse homem como uma espada afiada Read the rest of this entry »

 

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Tocando as vestes de Jesus

tocando Jesus

E disse Jesus: Alguém me tocou, porque bem conheci que de mim saiu virtude.” (Lucas 8:46)

Hoje, é muito comum os fãs de um determinado artista, atleta ou qualquer indivíduo famoso querer abraçá-lo e triar uma selfie com ele. Outros se contentam apenas em tocá-lo. Já aqueles que são mais atiradinhos querem beijá-lo e ganhar um autógrafo. E, quando são atendidos, saem felicíssimos ostentando o grande feito.

Logicamente, não há nada de mal nisso, desde que sejam respeitados os limites do bom senso. Porém, por mais importante que seja tal pessoa, muito provavelmente ela não poderá ou não irá fazer muita coisa além disso pelo fã. O que também é normal.

Refletindo sobre isso, veio-me à mente uma das mais belas histórias bíblicas, a qual fala sobre uma mulher que tocou as vestes de Jesus (Marcos 5:25 ao 34; Lucas 8:43 ao 48).

O contexto em que essa narrativa acontece é o seguinte: A filha de Jairo, um dos principais da sinagoga, estava muito doente e ele veio pedir que Jesus fosse até a casa dele socorrer a garota, sendo prontamente atendido pelo Senhor (Marcos 5:22 ao 24).

Enquanto se dirigia à casa de Jairo, uma multidão o seguia. Então, uma mulher que padecia há doze anos com uma hemorragia e que já gastara todas as suas posses e, mesmo assim, ia de mal a pior, ouvindo falar de Jesus, veio por trás do Senhor e tocou-lhe as vestes.

A mulher fez isso porque pensava desta maneira: “Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei” – Marcos 5:28. E foi justamente o que ocorreu. Veja: “E logo se lhe secou a fonte do seu sangue; e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal” – Marcos 5:29.

Nesse momento, Jesus voltou-se para a multidão e perguntou: Quem tocou nas minhas vestes? – Marcos 5:30b. Ora, esse era um questionamento aparentemente tolo. Se ele estava cercado por tanta gente, era normal que isso acontecesse.

Os discípulos também pensavam dessa forma. Por isso, disseram-lhe: “Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou?” – Marcos 5:31.

Pela maneira como falaram, entende-se que eles consideraram a fala de Cristo absurda ou, no mínimo, descabida. Caso estivéssemos lá naquele momento, creio que também pensaríamos assim.

No entanto, mal sabiam eles que aquele episódio nos deixaria como legado grandes e preciosos ensinamentos. Vamos meditar sobre alguns deles?

Primeiro: Multidões sempre acompanharam o Mestre. Muitos o faziam por acreditarem que de fato ele era o Messias (o YESHUA HAMASHIA, Jesus Cristo, o ungido de Deus). Outros, por considerá-lo um popstar ou superstar. Outra parte o seguia para ver o show de milagres e havia quem o seguisse por causa da comida. Hoje, não é muito diferente disso. Todavia, quem o segue com a motivação errada jamais vai conhecê-lo de fato.

Segundo: Aquela mulher tocou o Senhor de uma forma diferente. Mas qual era a diferença entre o toque dela e o das demais pessoas? Read the rest of this entry »

 

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Vento Contrário…

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Navegar em alto mar deve ser uma experiência fantástica e inesquecível. Por outro lado, também é algo que causa receio e apreensão, pois, por mais moderna, bem equipada e segura que pareça ser a embarcação, diante da força das águas e do vento ela se torna muito frágil.

Caso voltemos há quase dois mil anos atrás, verificaremos que a simples ação de navegar já era uma grande aventura. Se fosse em alto mar, o grau de dificuldade era ainda maior. Sendo em meio a uma tempestade, então, o risco de perder a vida atingia seu nível mais elevado. Isso porque os recursos para navegação eram poucos e as embarcações não eram providas de equipamentos de segurança como as de hoje.

Quando olhamos para Mateus 14:22 ao 33, vemos os discípulos de Jesus passando por uma situação complicadíssima. Já era madrugada e eles estavam atravessando o mar, como o Mestre lhes ordenara. De repente, o barco no qual navegavam começou a ser açoitado pelas ondas, pois o vento soprava contra ele. E, mesmo sendo homens experientes, visto que muitos deles eram pescadores profissionais, certamente não conseguiam controlar a embarcação como era preciso e desejado.

Olhando para nossa vida, veremos que em alguns momentos acontece algo semelhante, ou seja, embora estejamos seguindo alguma orientação do Senhor, o vento contrário também começa a atingir nosso barco, deixando-nos com os sentimentos de impotência, de dúvida e de medo por não sabermos como agir, mesmo que sejamos especialistas naquela área.

Ora, se Jesus era onisciente, isto é, sabia de todas as coisas, também tinha conhecimento de que seus discípulos enfrentariam uma tempestade em alto mar. Por que, então, ele lhes deu tal ordem? Porventura, queria vê-los sofrer ou mesmo morrer? E conosco, será que tem prazer em nos ver envolvidos em situações que nos colocam em risco?

Evidentemente, não. No entanto, o Mestre sabe que precisamos crescer e, acima de tudo, crer e confiar que ele está no controle. Por outro lado, muitas vezes, ou na maior parte delas, fazemos determinadas coisas, assumimos compromissos ou nos envolvemos em relacionamentos por nossa conta e risco. Não o consultamos antes de tomarmos decisões e depois queremos culpá-los por nossos fracassos e sofrimento.

Muitos, inclusive, começam a blasfemar ou murmurar contra Deus. O que, de fato, não é justo nem justificável. Logo, não podemos nem devemos atribuir ao Senhor a responsabilidade de algo que foi fruto da nossa imprudência, irresponsabilidade, incredulidade ou do sentimento de autossuficiência, o qual nos levou a agir por conta própria, sem consultá-lo, sem buscar orientações em sua Santa Palavra.

Mas, nesse caso específico, eles estavam seguindo a ordem de Cristo. Todavia, isso não evitou que passassem por aquela tão grande adversidade. Ora, qualquer pessoa que entra no mar está sujeita a tempestades. Conosco não é diferente. Viver é uma grande aventura. E nela os altos riscos são uma realidade. Contudo, se estivermos agindo de acordo com a palavra de Deus, certamente não estaremos sozinhos no mar revolto, açoitados pelas fortes ondas e pelo implacável vento.

Ao contrário. Mateus 14:25 diz que à quarta vigília da noite, ou seja, às três horas da madrugada Jesus se dirigiu a eles, caminhando por cima do mar. Que cena magnífica! Isso significava que, para ele, aquela tempestade não era nada ou nem existia. Queria dizer ainda que ele tinha total controle da situação. Não podemos nos esquecer de que, além de onisciente, ele também é onipotente, ou melhor, pode todas as coisas ou tem todo o poder.

A seguir ocorre uma cena engraçada – Mateus 14:26 e 27. Talvez movidos por determinadas crenças ou superstições e pelo medo que os envolvera, ao verem alguém andado sobre as águas, pensaram ser um fantasma. Conosco não é diferente. As terríveis adversidades pelas quais passamos (e todos nós passamos em algum ou em alguns momentos da vida – João 16:33) também nos fazem sentir como se estivéssemos num mar revolto. Nessas ocasiões não enxergamos uma solução ou não discernimos, em meio a elas, que é o Senhor quem está vindo em nossa direção. Por isso, também ficamos apavorados e gritamos em consequência disso.

A cena posterior nos é muito reconfortante. Jesus se dirige a eles e lhes fala: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo!” – Mateus 14:27. Ao ouvir isso, Pedro, sempre o mais afoito, argumenta: “Se é o senhor mesmo, mande que eu vá andando em cima das águas até onde o Senhor está” – Mateus 14:28. Então Jesus lhe disse para ir ao seu encontro – 14:29.

Pedro desceu do barco e andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentido o vento forte, ficou com medo e começou a afundar. Nesse momento, clamou: “Senhor, salve-me!” – 14:30. E Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: “Como é pequena a sua fé! Por que você duvidou?” – 14:31.

Quem sabe, você esteja pensando que Pedro realmente foi insensato e fraco na fé. Porém, eu lhe pergunto: “Você já andou sobre as águas alguma vez? Já viu outra pessoa na Bíblia que tenha feito isso além dele?” Penso que não. Eu nunca vi. Ele é o único que pode bater no peito e dizer: “Eu andei sobre as águas!”.

No entanto, o que há de mais importante aqui não é saber que esse homem andou, literalmente, sobre as águas. É saber que Jesus não abandonara seus discípulos. Apenas os deixara por um momento, para que tivessem experiências mais profundas, as quais os tornariam mais maduros espiritualmente falando.

Também fez isso para esse fato servir de lição a todos nós, a fim de sabermos que, mesmo em meio às mais terríveis tempestades que se levantam conta a nossa vida, Deus não se esquece de nós ou nos abandona à própria sorte. No entanto, é preciso entender que Ele é o Senhor e não um fantasma. Portanto, mesmo que os ventos sejam fortes, que as ondas sejam gigantescas e que o barco da nossa vida esteja sendo jogado de um lado para o outro em alto mar, Jesus sempre está vindo em nossa direção. Sendo assim, ao invés de nos desesperarmos, clamemos como Pedro: “Senhor, salve-nos!” Em vez de fugirmos dele, fujamos para ele.

Caso façamos essa oração tão curta, mas de forma tão sincera como esse discípulo, também seremos atendidos. Lembremo-nos que o desejo do Pai não é que pereçamos por causa das adversidades ou das tempestades. Elas vêm. Todos nós estamos sujeitos a passar por desertos e mares bravios ou até mesmo pelo vale da sombra da morte. Porém, se mantivermos nossos olhos fitos em Deus, e não nas circunstâncias, certamente o socorro virá. Podemos até perder algumas batalhas; contudo, não seremos destruídos.

Para finalizar, quero que leia Isaías 49:15 e 16 a: “Pode uma mãe esquecer-se do filho que cria, que não tenha compaixão dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de você. Veja,  eu gravei você nas palmas das minhas mãos…”. Sendo assim, saiba que mesmo que o vento seja totalmente contrário, existe alguém que é a seu favor: Jesus Cristo, o Emanuel, ou seja, Deus conosco. Então, em vez de perder a fé e afundar no mar revolto, continue crendo em Deus e buscando o socorro.

 

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Apenas Um

apenas um

Onde estão os outros nove?” (Lucas 17:17)

     Entender as pessoas realmente não é nada fácil. Aliás, não existe como compreendê-las plenamente. No entanto, das suas ações, atitudes, comportamentos, de seus acertos e também de seus erros podemos extrair preciosas e benéficas lições.

Se elas forem positivas, para que as imitemos (no bom sentido da palavra, é claro); porém, caso sejam más, para não cairmos nos mesmos erros. Como declara o doutor Mike Murdock: “As pessoas inteligentes aprendem com seus próprios erros; as sábias aprendem com os erros dos outros”. E nós precisamos aumentar cada vez mais o nível do nosso reservatório de sabedoria, não é mesmo?

Como você sabe muito bem, a Bíblia está repleta de belas e enriquecedoras histórias. Uma delas está registrada em Lucas 17:11 ao 19. Nela, vemos que Jesus estava a caminho de Jerusalém e passou pela divisa entre Samaria e Galiléia. Entrando num povoado, dez leprosos se dirigiram a ele, ficando a certa distância, pois, segundo a lei, pessoas com essa doença eram consideradas imundas; logo, não podiam estar com quem era saudável.

Leprosos nem mesmo podiam conviver com sua família. A pessoa que levava a comida tinha que deixá-la a certa distância, retirar-se do local e, só depois, o doente ia pegar o alimento. Que tristeza! Como devia ser terrível estar nessa condição e situação, não é?

Se não bastasse o sofrimento físico e mental causado pela doença do corpo que, aos poucos, ia apodrecendo até a pessoa não suportar mais e morrer, tais indivíduos também sofriam muitíssimo com a discriminação, porque eram considerados amaldiçoados. Isso certamente os fazia adoecer ainda mais da mente e do coração.

Apesar de ainda não existir a palavra depressão, penso que muitos ficavam tão deprimidos que, fatalmente, tornavam-se mais debilitados, pois a condição psicológica interfere diretamente na física. Como consequência, marchavam a passos ainda mais largos para a morte. Logo, o estado físico e mental de pessoas nessa situação devia mesmo ser caótico. Suponho ser impossível se colocar no lugar de alguém assim e compreendê-lo profundamente.

Desse modo, fica um pouco mais fácil entender por que aqueles homens pararam bem longe e clamaram por misericórdia quando souberam que era Jesus quem passava por ali – Lucas 17: 12 e 13. Presumo que alguém lhes dissera haver uma pessoa que se importava com a dor deles, com poder para curá-los daquela moléstia e que agora era a chance de ouro para eles voltarem a viver de fato.

Portanto, não poderiam desperdiçar aquela que, sem dúvida, era uma oportunidade única na vida deles, pois a medicina da época não possuía conhecimento nem recursos para restabelecer a saúde deles. Assim, decidiram agarrar-se firmemente àquele fio de esperança. E foi isso que fizeram. Levantaram um clamor por socorro, dando, então, o primeiro passo rumo a uma nova vida.

Lucas 17:14 mostra-nos que Jesus prontamente usou de misericórdia para com eles e lhes disse que fossem se mostrar aos sacerdotes, conforme a determinação da lei de Moisés, pois somente eles tinham autoridade para receber a oferta estabelecida para casos assim, declará-los curados e aptos para retornar ao convívio familiar e também social.

Creio ser relevante registrar que Jesus não fez uma investigação para saber que pecado eles haviam cometido para terem sido punidos com a lepra. Mesmo que a doença fosse resultado de uma desobediência aos mandamentos de Deus, o Mestre da Vida mostra-lhes, e também a nós, que todo aquele que clama por misericórdia é prontamente atendido pelo Autor da Vida, embora nem sempre o Senhor responda da maneira que desejamos. Afinal, ele é soberano e sabe o que é o melhor e quando deve estender sua amorosa mão para nós.

Pelo pouco conhecimento que tenho das ações do Senhor, entendo ainda que para ele aquelas pessoas eram muito mais importantes do que o erro cometido, se fosse esse o caso. Além disso, Jesus conhecia o coração delas e certamente sabia que tinham se arrependido de seus pecados, caso eles fossem os causadores da lepra, conforme já mencionado.

Ainda no versículo 14, somos informados de que enquanto iam se mostrar aos sacerdotes esses homens perceberam que tinham ficado limpos. Isso era um sinal de que foram curados da lepra. O milagre já havia acontecido. Que maravilha, não é mesmo?

Penso que esses homens ficaram extremamente felizes quando perceberam o milagre realizado em sua vida. E não é para menos! Agora, tudo voltaria ao normal. Sendo assim, o mais lógico era que voltassem correndo para agradecer pela cura recebida.

Talvez, até houvesse uma competição entre eles para ver quem seria o primeiro a alcançar o Senhor para prostrar-se a seus pés e agradecê-lo. Afinal, haviam sido tão grandemente abençoados por Aquele que era muito maior que os sacerdotes aos quais deviam se mostrar. Era justo agir assim. É… Mas não foi bem isso que aconteceu, não.

Nos versículos 15 e16, Lucas relata que apenas UM deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz. E mais: Read the rest of this entry »

 

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Porção multiplicada

peixe pão

“Aqui está um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas o que é isto para tanta gente?” (João 6:9)

     Todo ser humano almeja ser feliz. Por isso, todos correm em busca da felicidade. E não existe nada de errado nisso. Ao contrário, Deus sonhou isso para nós desde que criou o homem. Navegando pelas páginas das Escrituras, vemos claramente esse desejo dele. Aliás, parece-me que o Senhor quer até mesmo mais do que nós.   

Mas… O que é preciso para ser feliz? É lógico que a resposta não é tão simples assim. Não existe uma receita. No entanto, a origem da palavra nos dá pistas importantes. Por exemplo: feliz vem do latim felix, que significa “fértil, fecundo; que dá frutos”. Já felicidade originou-se de felicitas, que é da mesma família de felix. Daí, compreendemos que uma das maneiras de conseguir a bendita e tão desejada felicidade é sendo fecundo, ou seja, produzindo frutos.

Quem sabe, você se questione como pode ser assim, se não tem grandes talentos, condições financeiras favoráveis, saúde ou mesmo tempo. E eu lhe respondo: Todos nós temos alguma coisa que pode ser colocada à disposição do Senhor para ele usar como uma semente de bênção na vida de outros. Pode ser uma ideia, uma palavra amiga, um pedaço de pão, um copo de água, um bocadinho de tempo para ouvir seu próximo ou uma oração por alguém com alguma necessidade.

Quando olhamos para Mateus 14:13 ao 21, vemos o relato da primeira multiplicação de pães e peixes. Onde Jesus estava sempre havia uma multidão para ouvi-lo de fato. Outros vinham até ele apenas para receber um milagre ou simplesmente a fim de ver o que o Mestre fazia como se fosse um espetáculo de um renomado artista. Nesse episódio, por certo, não foi diferente.

Nessa ocasião, milhares de pessoas seguiram o Senhor, que, movido de íntima compaixão, curou os enfermos ali presentes. Porém, ficou muito tarde e o lugar era deserto. Logo, não era possível voltarem para casa em segurança. Portanto, havia um grande problema: Como alimentar todas as pessoas? Jesus ordenou que os discípulos dessem comida à multidão. Então eles disseram: “Tudo o que temos aqui são cinco pães e dois peixes” – Mateus 14:17.

Relatando esse fato, João o registra assim: “Aqui está um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas o que é isto para tanta gente?” – João 6:9. Parece brincadeira ou piada de mau gosto, não é? O que fariam com apenas cinco pães e dois peixinhos? Pela lógica humana, nada. Contudo, aqui está o segredo: Deus não trabalha simplesmente com o natural. Ao contrário, sua especialidade é o sobrenatural, ou seja, o milagre.

Justamente por esse motivo, o que almejo destacar aqui é o seguinte: A pequena porção que aquele rapaz tinha foi a semente que permitiu a realização do milagre. Por isso, quando o Senhor ora, abençoando aquele alimento, acontece o impensável – Mateus 14:19 ao 21. Todos se saciaram e ainda foram recolhidos doze cestos cheios de pedaços que sobraram. E não foram poucas pessoas. Ali estavam presentes cinco mil homens, além das mulheres e crianças!

Que maravilha! Creio que jamais os discípulos pensaram ser possível alimentar toda aquela multidão, apesar de já terem presenciado tantos milagres. Veja que eles perguntaram: “… mas o que é isto para tanta gente?”. Realmente, não era nada se dependesse somente da capacidade deles ou do jovem. Todavia, Jesus estava no controle da situação. E isso bastava!

Penso também que aquele rapaz jamais imaginou que seria um instrumento de bênção nas mãos de Jesus. Mas foi. Foi porque colocou o que possuía à disposição do Mestre. Para ele, era muito pouco. Entretanto, como já vimos, o mínimo nas mãos do Senhor se torna gigantesco. Bem mais do que o suficiente.

Tenho certeza de que o jovem ficou radiante de felicidade por poder colaborar com Jesus. Certamente, a vida dele não foi mais a mesma a partir daquele momento. Penso que ele se tornou muito mais feliz, pois produziu frutos benignos.

Há, ainda, outro detalhe que preciso destacar dada a sua importância: Aquele rapaz poderia ter se negado a abrir mão dos pães e dos peixes, argumentando que se os desse aos outros faltaria para ele, sem contar que não mataria a fome daquela multidão. E ninguém poderia considerá-lo egoísta. Afinal, seria uma argumentação justíssima. Porém, não agiu desse modo. Assim, demonstrou profundo altruísmo, isto é, atitude de amor ao próximo e, sobretudo, confiança no Senhor.

Agindo dessa maneira, contribuiu para que o nome do Senhor fosse engrandecido e para suprir a necessidade das pessoas. E o mais lindo: A ele também não faltou nada. Sua fome foi saciada. Como diz o doutor Mike Murdock: “Quando uma pessoa abre mão do que possui para abençoar alguém, Deus abre mão do que Ele possui para abençoá-la”. Não foi justamente o que aconteceu ao rapaz? Sem dúvida, sim.  

Comigo e com você não é ou não precisa ser diferente. Os peixes e os pães eram as sementes que ele possuía. E uma semente produz uma grande quantidade. Pense, por exemplo, num grão de milho e na espiga ou espigas que ele produz.

Sendo assim, ainda que tenhamos muito pouco para oferecer e também questionemos: “O que é isto para tanta gente?”, o pouco que temos, nas mãos do Mestre, pode ser multiplicado quantas vezes forem necessárias. Talvez hoje não precisemos alimentar uma multidão, mas uma pessoa em especial. Mesmo assim, pensamos que não temos nada ou que é muito pouco. No entanto, todos têm algo sim e é suficiente para gerar o milagre necessário.

Portanto, devemos colocá-lo à disposição do Senhor e, assim, seremos fecundos. Consequentemente, mais realizados e felizes. Falo isso também por experiência própria. Ser bênção na vida de alguém é realmente fantástico. É inexplicável! E o que Deus disse a Abraão também o diz a cada um de nós: “… você será uma bênçãoGênesis 12:2.

 

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A morte encontra a Vida

Filho da viúva de Naim

Jesus sempre estava em movimento. Mas não confunda isso com uma correria desenfreada e sem objetivo definido. Ao contrário, ele estava no lugar certo, na hora certa e mudava as circunstâncias e situações, caso fosse preciso. Inclusive andava em sentido oposto à ordem natural das coisas, produzindo, assim, seus milagres.

Numa de suas andanças evangelísticas, vemo-lo indo à cidade de Naim juntamente com muitos dos seus discípulos – Lucas 7:11 ao 17. Perto da porta da cidade, encontram uma mãe viúva que ia enterrar seu único filho. Que situação triste! Ter perdido o marido já era algo terrível, pois, além de ser seu companheiro, supria suas necessidades sentimentais, emocionais, afetivas e sexuais, era o provedor do sustento da casa.

No entanto, ainda havia uma esperança para ela: o filho. Porém, ele também morrera. Não sabemos sua idade nem a causa de sua morte. Todavia, independentemente de termos ou não essas informações, podemos perceber que o mundo desabara sobre a cabeça dessa pobre mãe. O que pensava naquele momento? Que rumo tomaria se não tivesse posses para se sustentar? E se não houvesse ninguém que pudesse socorrê-la naquele momento tão triste e, por que não, desesperador? Para dizer a verdade, eu não queria estar na pele dela. Não mesmo.

Nesse ponto, é importante observar que uma grande multidão seguia com aquela mulher em direção ao lugar onde o filho seria sepultado – 7:12. Por certo, a família dela era querida. Entretanto, o que poderiam fazer as pessoas além de participar do enterro e tentar consolá-la? Talvez, por algum tempo a visitassem para confortá-la e levar alguma ajuda financeira. Contudo, com o passar dos dias, as visitas iriam rareando. Ademais, tudo o que fizessem seria insuficiente para aplacar a dor daquela mãe com o coração partido, não é mesmo? Quem sabe você conhece bem de perto o que significa a perda de pessoas tão importantes por já ter passado por uma situação igual ou semelhante a essa.

Mas a morte encontrou a vida. Como assim? O defunto deparou-se com Jesus antes de descer à sepultura! E, quando ocorre um encontro desses, algo maravilhoso e sobrenatural também acontece. Lembre que eu disse que o Mestre não anda sem rumo. Seus passos eram mínima e sabiamente calculados para mudar a história de pessoas como essa pobre mãe.

Quando lemos o versículo 13, vemos Lucas dizer: “E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores”. Mas… Aparentemente não há nada de surpreendente nessa fala de Jesus. Aliás, qualquer pessoa poderia der dito o mesmo. Inclusive eu. No entanto, dizer para alguém que perdeu um ente querido: “Não chores.” é mais para ser educado ou para cumprir tabela, pois assim reza uma (in)consciente tradição. Porém, de quase nada adianta.

Talvez, houve pessoas entre os presentes que começaram a criticar o Mestre por atrapalhar a caminhada deles. Quem sabe alguns, já sabendo da fama do Senhor, começaram a questionar por que ele não se dispunha a fazer alguma coisa para ajudá-la. É possível ainda que alguns tenham pensado ou mesmo falado: “Se ele é o Messias, por que não ressuscita esse rapaz?”.

Contudo, eu disse “aparentemente”, pois o desenrolar dos fatos mostrará que a vida daquela mulher jamais seria a mesma depois desse surpreendente e vivificante encontro. O Senhor sabia muito bem o que estava fazendo. Então vamos mergulhar um pouquinho comigo nesse versículo?

Todas as vezes que há  esse registro “… o Senhor moveu-se de íntima compaixão”, a seguir vemos o milagre acontecendo. E foi justamente o que ocorreu. Veja: “E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se, e começou a falar.  E entregou-o à sua mãe” (7:14 e 15). Aleluia!!!

Você consegue imaginar qual foi a reação daquela mãe e como seu coração ficou? Certamente ela ficou estupefata, ou seja, boquiaberta, pasmada ou atônita diante daquilo. Suponho que por uns instantes ela pensou não ser verdade o que seus olhos viam. E não era para menos. Quem não ficaria? Talvez, se fosse eu, diria: “Ei, me belisque para eu ver se é verdade!”. E de fato era real. Glórias a Deus!

Creio que a partir daquele dia sua vida recobrou o brilho perdido e passou a ser muito mais feliz. Não é para menos, pois aquilo que o Senhor faz gera felicidade real e duradoura. Novamente ela podia expressar seu amor e cuidado maternos. Também podia sentir-se amada e protegida pelo filho e seguir seu caminho segurando na mão de Deus, cumprindo, desse modo, o propósito da vida.

Veja o que aconteceu quando as pessoas presentes viram o milagre da ressurreição: “E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo” – v 16Além de ter trazido a alegria de volta àquela mãe, Jesus gerou uma oportunidade para que as pessoas o reconhecessem como alguém especial e glorificassem a Deus. Não é magnífico?

Agora, quero chamar a sua atenção para algo Read the rest of this entry »

 
 

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Pesca maravilhosa

pesca maravilhosa

“… mas, sobre tua palavra, lançarei a rede.”

 

Tudo o que Jesus fez é, de fato, maravilhoso e inegavelmente importante. Entretanto, existem alguns dos milagres realizados por ele que realmente me fascinam por trazerem preciosíssimas lições para nossa vida espiritual e também aos afazeres diários. Um deles é o que está registrado em Lucas 5:1 ao 11, que trata de uma pesca, a qual se tornou maravilhosa.

Nesse episódio, vemos que o Mestre tinha curado a febre da sogra de Pedro. Por causa disso, muitos começaram a trazer enfermos e possuídos por demônios para serem curados e libertos. Pelo que se entende o Senhor passou a noite inteira abençoando as pessoas. Mas ele também precisava descansar, pois, somente assim, renovaria suas forças para ter condições de continuar a realizar grandes obras em benefício do povo. Por essa razão, retirou-se para um lugar deserto, onde poderia, enfim, repousar um pouco (Lucas 4:37 ao 44).

No entanto, sua fama corria velozmente e logo o encontraram e a multidão o apertava para ouvir a palavra de Deus às margens do lago de Genesaré. Então Jesus viu dois barcos junto à praia e os pescadores lavando as redes. Nesse momento, Ele teve uma boa ideia: entrar num daqueles barcos, a fim de ficar mais à vontade e visualizar melhor as pessoas. Aliás, o Mestre sempre tinha boas ideias para resolver os problemas que lhe apresentavam.

Depois de entrar no barco, pediu a Simão (Pedro) que se afastasse um pouco da terra, sentou-se e começou a ensinar a multidão. Quando acabou de falar, o Senhor teve outra boa ideia, como sempre. Ele ordenou a Pedro que fosse para um lugar onde as águas fossem mais profundas e lançasse as redes para pescar.

Ora, tal ordem parecia um tanto insensata e injusta com Pedro e os demais pescadores. Eles haviam trabalhado a noite inteira e não tinham conseguido nada. Certamente estavam exaustos, desanimados,  decepcionados e preocupados. Mesmo sendo profissionais e conhecendo os melhores lugares para pescar, voltaram de mãos vazias. Por esses motivos, era direito deles se recusarem a cumprir a ordem. Ninguém tinha  razão de questioná-los se assim fizessem.

Nesse ponto, já podemos identificar algumas preciosas lições. A primeira é que devemos fazer como aquelas pessoas, as quais seguiram o Mestre para ouvirem a palavra de Deus, pois “nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4:4).

A segunda: Jesus sempre vê quem está trabalhando. Ele viu Simão e seus ajudantes. Sem dúvida, o Mestre também enxergou o coração daqueles homens os quais, provavelmente, estavam preocupados, pois como iriam cumprir os compromissos daquele dia se não haviam pegado nenhum peixe? Ele também vê nosso esforço e nossas preocupações.

A terceira: Jesus teve uma boa ideia  para solucionar aquele problema. Ele usou os recursos humanos e materiais que os pescadores possuíam para, com eles, trazer a provisão da qual careciam. Com você e comigo não é diferente. Sempre temos alguma coisa em nossas mãos que podem ser usadas pelo Senhor para ele realizar o milagre do qual necessitamos. Com eles, foram os barcos e as redes; já com Moisés foi a vara. Certamente, você tem algo que Cristo pode usar para trazer à existência o desejo do seu coração. Pense um pouco e descobrirá ( Ler Marcos 6:30 ao 44).

A quarta: o Mestre não fará aquilo que está ao nosso alcance. Decidir  obedecer à voz dele era uma escolha de Pedro e dos demais, organizar e colocar as redes no barco, remar até o lugar onde havia águas profundas e lançar as redes fazia parte das possibilidades e responsabilidades daqueles homens. Porém, atrair os peixes para a rede era algo da competência do Senhor (Isaías 1:19).

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