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Deus tem muito mais para você

O Senhor não vê as coisas como o ser humano as vê. As pessoas julgam pela aparência exterior, mas o Senhor olha para o coração.”

(1 Samuel 16:7 – NVT)

          Outro dia me peguei pensando sobre o tema relacionando ao título deste artigo. Desde então, tenho refletido sobre isso e gostaria de compartilhar algumas dessas reflexões com você, pois sinto que poderão levá-lo a uma mudança de perspectiva sobre si mesmo, a respeito de outras pessoas com quem convive e até mesmo em relação a Deus.  

          Como diz o texto de abertura, é muito comum olharmos para alguém, e até para nós mesmos em determinadas circunstâncias e fazermos uma avaliação ou julgamento negativo, baseados apenas naquilo que nossos olhos ofuscados por preconceitos veem e naquilo que nossa mente presa a crenças limitantes nos permitem entender.  

          Todavia, com o Senhor é diferente, uma vez que ele é poderoso para fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera (o Espírito Santo), conforme nos diz Paulo em Efésios 3:20. 

          Para prosseguir de maneira mais compreensível e aprofundada, preciso relembrar você de que geralmente existem três visões, ou seja, maneiras diferentes pelas quais vemos e somos vistos. São elas: a das pessoas em geral, a pessoal e a de Deus, nosso Criador – Gênesis 1:26.

          Também é necessário e importante recordar que tais visões interferem diretamente na nossa vida cotidiana (relacionamentos pessoal e intrapessoal, profissão, entre outras.), bem como na espiritual, ou melhor, em nosso relacionamento com Deus. Desse modo, podem nos levar ao sucesso ou nos deixar longe dele naquilo que somos ou fazemos.

          Talvez esse seja um dos motivos pelos quais o apóstolo Paulo, em Romanos 12:2, faz a seguinte declaração: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

          Esse mesmo texto na Nova Versão Internacional fala assim: Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

          Podemos notar nesse texto que o cristão deve trilhar um caminho bem diferente daquele que segue o mundo. É por essa razão que Paulo declara que não podemos nos amoldar ou ajustar ao modelo ditado pelo sistema que governa a sociedade, levando-a, na maior parte das vezes, ao caos moral, emocional, relacional e, sobretudo, espiritual.

          Ao utilizar a conjunção “mas”, a qual indica oposição, contraste ou mudança de direção argumentativa, o apóstolo nos leva à ideia de uma mudança radical de ação, atitude e comportamento. Então, a seguir, ele acrescenta: “… mas transformai-vos…”.

          Sabendo que a palavra aqui usada vem do grego “metamorphosis”, entendemos que Paulo nos está conclamando a uma mudança ou alteração completa no aspecto, na estrutura espiritual, mental e emocional, pois nossa natureza pecaminosa nos está levando a passos largos para longe de Deus e do propósito para o qual fomos criados, que é vivermos para o louvor da glória dele: Em amor [Deus] nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado – Efésios 1:5-6.   

          Continuando sua argumentação, o apóstolo acrescenta: “… pela renovação do vosso entendimento/mente…”. Sabendo que renovação é a ação de tornar algo novo de novo, concluímos que ele está falando da necessidade de termos a mente regenerada, ou seja, recriada ou gerada novamente. E como isso é possível?

           Torna-se algo possível por causa do que Paulo escreve a Tito: “Mas, quando apareceu a benignidade e o amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens,

não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador…” – Tito 3:4-6.   

          Desse modo, entendemos que esse renovar ou regenerar é realizado pelo Espírito Santo. Em outras palavras: não é algo que o ser humano tem a capacidade de, por si só, fazer.

          Para finalizar o texto, o apóstolo de Cristo apresenta o propósito de não se conformar, de transformar-se e de renovar-se: “… ser capaz de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para conosco”.

          Depois dessa longa, mas necessária introdução, podemos retomar o objetivo central desse artigo: argumentar que Deus tem muito mais para nós do que já temos vivido até então. Para isso, colheremos das Escrituras vários exemplos de pessoas, imperfeitas como eu e você, que puderam experimentar o melhor do Senhor para a vida deles.

─ Abraão e Sara:

          Quando olhamos para Gênesis 11:30, temos a informação de que Sara era estéril. Logo, não tinha filhos. Consequentemente, aos olhos da cultura da época, ela fracassara como mulher e como esposa. Diante desse quadro, presumo que ela sofria muito preconceito e ouvia comentários totalmente indesejáveis.

          Para piorar, Abraão já estava com 75 anos quando o Senhor lhe apareceu. Sendo assim, o que Deus lhe disse parecia não fazer muito sentido. Porém, ele decidiu crer. Veja: “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. Assim, partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã…” – Gênesis 12:1-4. 

          E o que aconteceu com eles como resultado da obediência a Deus? Tiveram um filho (Isaque) e da sua descendência se fez uma grande nação, cujos descendentes estão no meio de nós até hoje, sendo uma influência para todo o mundo.

          Em outras palavras: O Altíssimo tinha reservado para eles muito mais que a esterilidade ou apenas prosperidade material. Por ter crido na promessa, Abraão é chamado de Pai da fé e Amigo de Deus – Romanos 4:11,12,16; Tiago 2:23 – e seu nome está na Galeria dos Heróis da Fé (Hebreus 11:8).  

─ José:

          Como a história bíblica nos conta, ele teve alguns sonhos que levaram seus irmãos a entenderem que, mesmo não sendo o primogênito, governaria sobre todos eles. Por causa disso, quiseram matá-lo. Porém, Rubem não permitiu que isso acontecesse. Então, decidiram vendê-lo por vinte moedas de prata aos ismaelitas, os quais o levaram para o Egito, onde o venderam para ser escravo de Potifar, um oficial e chefe da guarda do Faraó – Gênesis 37:28.

          Depois de um tempo, por se recusar a se deitar com a mulher de Potifar, ela o acusou injustamente de assediá-la sexualmente. Como consequência, ele foi preso. Assim, parecia que tudo estava perdido para José. No entanto, manteve sua integridade e fidelidade a Deus. E houve uma grande reviravolta em sua vida, pois Deus tinha muito mais para ele do que viver e definhar numa prisão.

          O Senhor havia reservado para José o cargo de governador de todo o Egito. Veja: “E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de Deus? Depois, disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão inteligente e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo; somente no trono eu serei maior que tu. Disse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do Egito. E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e o fez vestir de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. E o fez subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajoelhai. Assim, o pôs sobre toda a terra do Egito. E disse Faraó a José: Eu sou Faraó; porém sem ti ninguém levantará a sua mão ou o seu pé em toda a terra do Egito” – Gênesis 41:38-44. 

          Desse modo, esse homem teve condições de cumprir o propósito de Deus em sua geração e preservar com vida todos os descendentes de Jacó, seu pai e muitos outros. E, consequentemente, as gerações futuras também. E, para fechar com chave de ouro, seu nome também está entre os heróis da fé (Hebreus 11:22).

─ Moisés:

         Quando nasceu, sua vida foi preservada de forma milagrosa. Ele foi criado como se fosse filho da princesa. Entretanto, quando adulto, matou um egípcio, tentando defender um hebreu. Tempos depois, quando tentou apartar uma briga entre dois hebreus, um deles demonstrou saber que Moisés havia matado aquele homem.

          Como esse homicídio chegou ao conhecimento do faraó, Moisés teve que fugir do Egito, para não morrer – Êxodo 2:15. Em sua fuga, foi parar em Midiã, no deserto, na casa de Jetro, o qual viria a se tornar seu sogro. Lá, tornou-se pastor de ovelhas. Contudo, não era isso que o Eterno tinha planejado para ele. Havia algo muito maior: ser aquele que Deus iria usar para libertar Seu povo da escravidão e levá-lo à terra que prometera dar a Abraão e a seus descendentes para sempre – Êxodo 3:10-12. Além disso, também foi profeta, legislador e juiz e está no rol dos heróis da fé (Hebreus 11:23-29).  

─ Raabe:

          O que dizer sobre ela? Era uma prostituta que morava em Jericó – Josué 2:1. As escrituras não registram os motivos pelos quais se prostituía. Mas certamente sua vida era vazia e difícil. Quem sabe quantas humilhações sofria? Quantas lágrimas lavavam seu rosto, mas não limpavam sua vergonha e sua dor? Até que apareceram em Jericó dois espias dos hebreus.

          Por certo, ela já ouvira falar das obras extraordinárias realizadas pelo Deus dos israelitas. Então, decidiu esconder aqueles espias, mesmo correndo risco de perder sua vida, se fosse descoberta. E o Senhor não deixou de ver o bem que ela fizera e de recompensá-la. Como presente, tirou-a daquele lugar e daquela vida infeliz, levando-a, juntamente com sua família, para o meio do povo de Deus.

          Dessa forma, ela pôde seguir viagem para uma nova vida de alegria, significado e propósito. Mais tarde se casou e tornou-se a tataravó de Davi. Como Jesus é da tribo de Judá tal qual Davi, ela é citada na genealogia do Messias – Mateus 1:4-6. Além do mais, seu nome também está na relação dos heróis, confirmando que Deus tinha algo muito, mas muito maior mesmo para essa mulher do que uma vida na prostituição – Hebreus 11: 31.

─ Jefté:

          Esse homem também teve um início muito ruim. Ele era um filho bastardo de Gileade com uma prostituta e isso lhe gerou sérios problemas: seus meios-irmãos, que eram filhos da mulher legítima de seu pai, não iam com a cara dele e o expulsaram do meio deles.

          Se ele já sofria pelo fato de ser bastardo e, como consequência, discriminado, ainda teve que sair da sua casa. Mesmo assim, tornou-se um homem valoroso e valente – Juízes 11:1-3.

          Se olhasse para as circunstâncias, que eram tão adversas, poderia ter se tornado um fora da lei. Inclusive, por um tempo, andou com homens levianos. Talvez porque estivesse meio revoltado com aqueles que o desprezaram.  Contudo, como vimos, preferiu ser uma pessoa valorosa e valente, ou seja, uma pessoa de caráter, digna e corajosa, pois entendeu que sua origem não poderia definir seu futuro, nem quem de fato ele era.

          Só por isso sua vida já teria valido a pena. Entretanto, o Senhor tinha muito mais para ele. Então, quando os amonitas entraram em guerra contra Israel, a quem os israelitas recorreram? A resposta é simples e fácil: a Jefté.

          Para resumir, depois disso, ele se tornou juiz em Israel: “E Jefté julgou a Israel seis anos; e Jefté, o gileadita, faleceu e foi sepultado nas cidades de Gileade” – Juízes 12:7. Para coroar sua vida e feitos, seu nome foi posto entre os grandes heróis bíblicos: “E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel, e dos profetas…” – Hebreus 11:31.  

– Davi:

          A princípio, parece-me que a família dele acreditava que seria apenas um pastor de ovelhas. Talvez, até ele pensasse isso. Mesmo sendo algo honesto, sem dúvida não era o que Deus queria para ele. Para o Senhor, aquela ocupação era apenas temporária e um trampolim, uma vez que havia algo muito maior à sua espera.

          Então, quando Deus quis substituir Saul, o qual pecara gravemente, ordenou que Samuel fosse até a casa de Jessé ungir a rei um dos filhos desse homem. Nem o profeta, que era um verdadeiro servo do Altíssimo, entendeu o trabalhar do Senhor, que precisou lhe dizer: “O Senhor não vê as coisas como o ser humano as vê. As pessoas julgam pela aparência exterior, mas o Senhor olha para o coração” – 1 Samuel 16:7 – NVT.

           O Eterno já havia escolhido Davi. Por isso, quando buscaram esse jovem, Samuel derramou o óleo sobre sua cabeça. E, a partir daquele momento, o Espírito do Senhor se apoderou dele – 1 Samuel 16:13.

          Mais tarde, quando já era um rei vencedor e respeitado, vacilou feio e cometeu adultério. Para tentar consertar a situação, ordenou que Urias, marido de Bate-Seba, fosse posto na linha de frente da batalha para que morresse. Assim, cometeu o segundo e grave pecado. Porém, quando confrontado pelo profeta Natã, disse: “Pequei contra o Senhor” (2 Samuel 12:13, demonstrando reconhecimento do erro e arrependimento.

          Note que, ao ser confrontado pelo profeta, o rei não tentou se justificar. Antes, demonstrou reconhecer seu pecado e foi perdoado pelo Senhor. Por certo, esse foi um dos motivos pelos quais Deus fez a seguinte declaração a seu respeito: “E, quando este [Saul] foi retirado, lhes levantou como rei a Davi, ao qual também deu testemunho e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, varão conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade” – Atos 13:22. 

          Depois de pecar tão gravemente, penso que muitos passaram a ver nele somente um adúltero e o mentor intelectual de um crime. Todavia, percebemos que o Senhor tinha muito mais para Davi, e não mudara seus planos. Inclusive, ele faz parte da genealogia de Jesus e o nome dele também está registrado entre os heróis da fé, em Hebreus 11:32.  

          E o que dizer do endemoniado de Gadara – Marcos 5:1-20? Para muitos, ele era apenas um perturbado. Para outros, um caso perdido ou um pecador. No entanto, Jesus já via nele um missionário.

          Depois de liberto, esse homem queria acompanhar o Senhor: “E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele” – Marcos 5:18. Entretanto, o Mestre tinha uma missão muito importante para ele, pois o via como um missionário ou uma testemunha viva daquilo que viera fazer na terra: “Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti” – Marcos 5:19.

          Então ele obedeceu a Cristo e o resultado foi este: “E ele foi e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilhavam” – Marcos 5:20.

          Note, portanto, que Deus tinha muito mais para esse gadareno do que ele mesmo ou qualquer outra pessoa imaginara. Assim, os familiares e a sociedade passaram a conviver com um novo homem, totalmente transformado, com um servo de Cristo e missionário.

          E quanto a mulher samaritana? Certamente, para quem a conhecia ela era somente uma mulher leviana, que já tivera cinco maridos e estava se relacionando com um homem que não era, de fato, seu legítimo esposo.

          Talvez, ela fosse o terror de muitas mulheres, as quais morriam de medo de verem seus maridos sendo seduzidos. Mas, para o Senhor, havia nela muito mais do que uma pessoa de caráter questionável ou reprovável: também existia uma missionária vivendo temporariamente fora do propósito para o qual fora criada.

          Então, quando teve aquele encontro com Jesus no poço de Jacó, fez algumas descobertas extraordinárias: quem de fato o Senhor era (Jesus lhe revelou que era o Messias), quem ela era e que a vida que levava era uma farsa. Porém, agora, encontrara o verdadeiro sentido da vida e anunciou Jesus à sua comunidade. Como resultado, pelo testemunho dela, muitos creram e foram ter com o Senhor – João 4: 39 ao 42.

          O que posso falar sobre Pedro, Paulo e tantos outros cujos nomes estão nas Escrituras? E fora da Bíblia? Ao longo da História, tantas pessoas que eram subestimadas, humilhadas e desacreditadas fizeram a diferença porque descobriram que Deus tinha muito mais para elas.

          George Foreman é um destes: negro, pobre, sem pai, vivendo no auge do racismo nos Estados Unidos, desacreditado, humilhado. Mas Deus viu nele muito mais do que alguém que se tornaria o boxeador campeão de pesos pesados mais velho da História. Enxergou um pastor cristão que faria a diferença na vida de tantas pessoas, especialmente na dos jovens.

           Outro exemplo é Billy Graham. Segundo consta, um professor do seminário disse que ele não seria um bom pregador. Contudo, Deus também tinha outros planos e o tornou o maior evangelista do século XX, de acordo com o ponto de vista de tantos servos do Altíssimo. Sua biografia mostra que ele pregou o evangelho em países da chamada “cortina de ferro” – leia aqui sobre esse assunto -, com a permissão dos governantes.

          Há muitos outros casos conhecidos e, certamente, uma infinidade de histórias desconhecidas de pessoas que, aos olhos de seus conhecidos, eram casos perdidos ou não tinham condições de conquistar coisas importantes, mas que, para o Eterno, eram joias preciosíssimas. Por isso, realizaram obras magníficas nas mais diversas áreas. Tais indivíduos empreenderam, inventaram, fizeram grandes descobertas ou impactaram a vida espiritual de outras pessoas.

          Enfim, chegou a sua vez! Deus tem muito mais para você também. Mas talvez ainda não tenha percebido isso e tem vivido ou produzido muito menos do que poderia viver ou produzir.

          Para viver o melhor de Deus, porém, é importante e necessário que você faça uma avaliação, na qual deve pôr na balança as três visões mencionadas: a das pessoas em geral, a pessoal e a de Deus. Assim, poderá soltar as âncoras que o arrastam para o fundo do oceano existencial e abrir as asas da liberdade que o levarão a conquistas inimagináveis.

         Então, preciso lhe perguntar: A opinião negativa dos outros deve definir quem você é e o que pode fazer? Sua visão distorcida de si mesmo deve definir quem você é? Ou é a visão de Deus que deve definir quem você é?

         Antes de prosseguir, quero registrar e destacar algo importante: Não subestimo nem ignoro sua dor, consequência de experiências traumatizantes que o levaram a pensar que é inferior ou incapaz. No entanto, devo enfatizar que Deus tem muito mais para você também. Mas, para isso, é necessário se desvencilhar das crenças limitantes que o tem mantido emocional e mentalmente encarcerado, há muito tempo impedindo que cresça e desfrute o sentimento de realização.

         Como Jefté, não importa se é um filho ilegítimo ou indesejado. Através do sacrifício de Jesus na cruz, você foi adotado como filho Dele, e é amado da mesma maneira que o Pai ama o Filho: Veja o que Cristo diz em sua oração por seus discípulos: “Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste” – João 17:23.

          Perceba, entenda e aceite que, em Cristo, você tem os mesmos direitos e deveres, e recebe o mesmo amor que Jesus recebe do Pai Celestial. Mesmo que seja filho de um estupro. (E falo isso com muito respeito e até emocionado.) Para o Onipotente, Onisciente e Onipresente Senhor, você é um filho mui amado. E ponto final!

          No filme Mais que vencedores, dos mesmos produtores do Quarto de guerra, quando conhece Jesus e o aceita como seu Senhor e Salvador, a personagem Hannah Scott passa a entender e admitir que ela não é um “erro”. Assim, ela se torna feliz e encontra sentido e propósito para sua vida.

          Com você não é diferente. Talvez para seus pais, você é um erro, pois não é, de fato, o que eles queriam. Porém, PARA DEUS VOCÊ NÃO É UM ERRO! A partir do momento da concepção, o Senhor foi tecendo você no ventre da sua mãe com um propósito grandioso e sublime: ser um filho amado, que vive para o louvor da sua glória e recebe o mesmo amor que Jesus.

          Você é a imagem e semelhança dele: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…” e “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou…” – Gênesis 1:26,28. Além do mais, no Salmo 139:13-17, Davi fala que fomos tecidos por Deus no ventre da nossa mãe. Então, ainda que as ações humanas tenham sido totalmente erradas e cruéis, o Senhor se encarregou de cuidar do seu desenvolvimento durante a gestação e manterá tais cuidados para sempre, tratando suas feridas e o tornando vencedor e feliz.   

          Veja ainda: “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” – 1 João 3:1,2.

          Portanto, mesmo que tenha sido gerado em uma relação sexual contrária à forma estabelecida por Deus, ele pode transformar todo mal em bem, abençoando grandemente você, para que também seja um abençoador.

          Conforme já vimos, José sofreu várias injustiças. Mas ele entendeu que o Senhor tinha muito mais para lhe oferecer do que as pessoas para tirar dele. Então, após a morte de Israel, o pai dele, os irmãos ficaram morrendo de medo, pensando que ele se vingaria do mal sofrido. Entretanto, da boca desse homem valoroso saiu a seguinte declaração: “Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande

 – Gênesis 50:20.

          Observe que ele não ignorou o mal sofrido, nem foi hipócrita para com os irmãos dizendo que não tinha sido nada. Ele sofreu muito por causa da crueldade dos irmãos. Porém, por ter se mantido íntegro e fiel ao Senhor, ele pôde enxergar que Deus havia transformado todo aquele mal em bem.

          Por certo, essa grandeza espiritual foi um dos motivos pelos quais o Senhor viu nele muito mais do que um pobre sonhador, um rejeitado pelos irmãos ou um escravo: o Onisciente Deus viu nele o governador de todo o Egito e uma pessoa que tipificava Cristo, que preserva a vida de seus filhos. Sendo assim, alguém que não poderia ficar de fora da Galeria dos Heróis da Fé.

          Logo, independentemente de sua origem, situação ou condição atual e/ou da visão dos outros, Deus está vendo em você um pai ou uma mãe, um cônjuge, um profissional e um servo melhores. Enfim, uma pessoa de grande valor. Mas você também precisa se ver assim, para usufruir as copiosas bênçãos reservadas para sua vida e ser um abençoador também – Gênesis 12:2.

          Neste ponto, não poderia deixar de falar daquele que é a razão da nossa vida: Jesus, “…porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração” – Atos 17:28.

          Para muitos, inclusive para seus irmãos de sangue, ele era apenas o filho de Maria e José ou um impostor. Veja: “Chegando à sua cidade, começou a ensinar o povo na sinagoga. Todos ficaram admirados e perguntavam: ‘De onde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos? Não é este o filho do carpinteiro? O nome de sua mãe não é Maria, e não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão conosco todas as suas irmãs? De onde, pois, ele obteve todas essas coisas?’ E ficavam escandalizados por causa dele. Mas Jesus lhes disse: ‘Só em sua própria terra e em sua própria casa é que um profeta não tem honra’.  E não realizou muitos milagres ali, por causa da incredulidade deles” – Mateus 13:54-58.

          Por outro lado, para quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir, o Senhor Jesus é o Emanuel, ou seja, Deus conosco (Isaías 7:14; Mateus 1:23). Além disso, Ele é o que está escrito em Lucas 2:11: “Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor”.

          Para finalizar este artigo, quero retomar alguns pontos cruciais.

─ Primeiro: esteja certo de que o Onipotente Deus tem muito mais para oferecer a você, especialmente seu amor e salvação eterna.

─ Segundo: em sua onisciência, o Altíssimo vê além daquilo que os olhos humanos veem. Ele enxerga o seu coração ou a sua essência, não somente o seu exterior.

─ Terceiro: “Ele levanta do pó o necessitado e ergue do lixo o pobre, para fazê-los sentar-se com príncipes, com os príncipes do seu povo”, isto é, o Senhor transporta a pessoa de uma situação humilhante para um lugar de honra – Salmos 113:7,8.

─ Quarto: José estava escravo, mas não fora criado para ser escravo. Portanto, mantenha-se íntegro e fiel, pois, tanto em relação às coisas terrenas quanto às espirituais você nasceu para ser livre e vencedor.

─ Quinto: reconheça Deus em todos os teus caminhos (Provérbios 3:6) e, como disse Jesus, creia que “a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” – João 17:3.

─ Sexto: nada que você conquistar tem mais valor do que sua salvação. Como disse Jesus: “Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” – Marcos 8:36.

          Portanto, descubra seu potencial e sua capacidade para realizar seus sonhos. Todavia, invista principalmente em seu relacionamento com o Senhor e em sua salvação, pois somente assim sua vida realmente terá significado, sentido e propósito. Também não se esqueça de que não são seus erros do passado ou suas limitações que definem que você é. O que define é a sua identidade original, onde se pode ler: Filho do Deus Altíssimo, porque “a todos quantos o receberam [Jesus] deu-lhes o poder/direito de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” – João 1:12-13

         Sugestão: Documentário Mostra-me o Pai

https://www.youtube.com/watch?v=s5ZMWUL3nso

Sugestão de louvor:

https://www.youtube.com/watch?v=s5ZMWUL3nso

 

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Não está tudo bem, mas pode ficar!

Não está tudo bem, mas pode ficar!
Não está tudo bem

     “Pois que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?” (Mateus 16:26 – NVI)

          Já faz bastante tempo que tenho observado e refletido sobre muitas situações, comportamentos e atitudes de bastantes cristãos. Isso porque continuamente vemos ou ouvimos coisas que são incoerentes com o exercício da fé professada e, sobretudo, com os ensinos bíblicos.

          Para início de conversa, é importante lembrar que o cristianismo se diferencia de outras religiões por não ser simplesmente um conjunto de regras e rituais. Ao contrário, consiste em um estilo de vida ensinado pela Palavra de Deus e um relacionamento pessoal com o Senhor, cujo maior expoente e modelo é Cristo. Ademais, as Sagradas Escrituras por inteiro devem ser o manual de fé e prática de todo discípulo do Senhor.

          Logo, independentemente de onde ou em que situação estivermos, precisamos agir de acordo com os ensinos bíblicos. Como disse o apóstolo Paulo em sua segunda carta a Timóteo, “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra(3:16-17).  

           Se toda a Escritura é inspirada por Deus, não apenas algumas partes dela, e tem essa finalidade, como cristãos temos que colocar em prática as instruções que ela traz. Caso contrário, iremos na contramão da vontade do Senhor para nossa vida. Consequentemente, estaremos em pecado e deixaremos de desfrutar as bênçãos prometidas por ele, especialmente a salvação eterna. Observe, portanto, a declaração de Tiago em sua epístola: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” – 4:17.

          Para ficar mais claro, vou trazer uns exemplos disso que estou tentando explicar, a fim de que entenda melhor e faça um autoexame (e eu também). E, se verificar que não está tudo bem, você poderá ou deverá rever e corrigir seu modus operandi, isto é, seu modo de operar ou de agir.

          Contudo, preciso enfatizar que meu papel não é o de juiz, mas de porta-voz da Palavra de Deus. Sendo assim, gostaria que você pedisse ao Espírito Santo que desvende seus olhos, para que veja as maravilhas da lei do Senhor, seguindo o exemplo do Salmista (Salmos 119:18). Então, vamos lá?

         – Quando algum servo do Altíssimo mente, sobretudo para obter alguma vantagem, está tudo bem?

         As Escrituras revelam que não. Jesus disse que o diabo (com letra minúscula mesmo, para não dar moral a ele) é o pai da mentira. Também está escrito: “Ficarão do lado de fora [do céu] os cães, os que praticam feitiçaria, os que cometem imoralidades sexuais, os assassinos, os idólatras e todos os que amam e praticam a mentira” – Apocalipse 22:15.

         – Quando alguém é idólatra, está tudo bem?

         Não. Há muitos textos bíblicos ensinando que Deus não admite a idolatria. Veja um deles: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem” – Êxodo 20:3-5.

         Outro texto no qual o Senhor deixa claro que não aceita a prática da idolatria está em Isaías 42:8: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura”.

         Vale recordar ainda que praticar a idolatria vai muito além de prestar culto a imagens ou a pessoas. Tudo aquilo que é colocado no lugar de Deus se transforma num ídolo. Pode ser a formação acadêmica, o trabalho, o cônjuge, filhos, dinheiro, sexo, o álcool e outras drogas, bens e riquezas, o clube do coração ou o time de futebol, os pets e tantas outras coisas.

         Quanto aos animais de estimação, não existe nenhum mal em tê-los e em cuidar bem deles. Aliás, a Bíblia recomenda que devemos tratar bem os animais. Veja: “O justo cuida bem dos seus animais, mas o coração dos ímpios é cruel” – Provérbios 12:10. O problema está nos excessos. Na zoolatria, isto é, no endeusamento que vemos hoje.

         – Quando alguém pratica a fornicação, comete adultério ou se envolve em qualquer outro tipo de imoralidade sexual, está tudo bem?

          Absolutamente, não. O prazer sexual foi algo criado por Deus e, de fato, é algo maravilhoso; uma dádiva carinhosa do Altíssimo. No entanto, como acontece em relação às demais coisas da vida, o Eterno estabeleceu regras e limites, a fim de que realmente seja uma bênção (para o indivíduo, casal, família, igreja e sociedade), não uma pedra de tropeço, geradora de sofrimento e perdição.

         Portanto, quando uma pessoa não obedece aos mandamentos e ensinos divinos, deixa de estar sob o guarda-chuva protetor do Pai. Como consequência, aquilo que geraria alegria e felicidade se torna uma grande pedra de tropeço, que fere todos aqueles que estão, direta ou indiretamente, ligados ao problema.

         Então vejamos alguns textos que falam sobre esse tão relevante assunto:

         “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” – Mateus 5:27-28.

         “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará” – Hebreus 13:4.

         “Mas, quanto aos tímidos/covardes, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte” – Apocalipse 21:8.

          “A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira santa e honrosa, não dominado pela paixão de desejos desenfreados, como os pagãos que desconhecem a Deus” – 1 Tessalonicenses 4:3-5.

          Penso ser importante registrar que um dos motivos pelos quais Deus rejeitou Esaú foi o fato de ele ser fornicador. Observe: “E ninguém seja fornicador ou profano, como Esaú, que, por um manjar, vendeu o seu direito de primogenitura” – Hebreus 12:16. Portanto, todos nós devemos estar atentos à nossa conduta no que tange à área sexual, uma vez que NINGUÉM é forte o suficiente para se permitir ser desafiado com situações relacionadas a sexo.

          Inclusive, enquanto orientava Timóteo, o apóstolo Paulo disse: “Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor” – 2 Timóteo 2:22. Nesse caso, então, fugir não é sinal de fraqueza, mas de sabedoria e discernimento espiritual. Fazendo assim, não correremos o risco de ser reprovados e rejeitados pelo Senhor também. Além disso, não faremos outros sofrerem.  

          – Quando alguém mata, pratica qualquer tipo de violência contra seu próximo, age com orgulho, murmura, é ingrato, despreza sua esposa, abandona os filhos à própria sorte ou trapaceia, está tudo bem?

          Evidentemente, não! As Sagradas Escrituras nos mostram que todas as coisas citadas são reprovadas pelo Senhor. E, para tornar mais fácil de entender, o Mestre resumiu quais são os principais mandamentos: “E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes” – Marcos 12:29-31.

          Entendo que uma das coisas que Cristo quis ensinar nessa ocasião foi a seguinte: Se cada um de nós amar a Deus de forma verdadeira e intensa e ao nosso próximo como a nós mesmos, jamais aprovaremos o que ele desaprova.

          Além disso, não agiremos de forma arbitrária e injusta para com o nosso semelhante. E, se por um acidente de percurso, pisarmos na bola com o Eterno e/ou com aqueles que são a imagem e semelhança dele, logo reconheceremos nosso erro, arrepender-nos-emos e buscaremos a reconciliação com Deus e com as pessoas que ferimos. Também estaremos vigilantes, para não cometermos as mesmas falhas e erros já cometidos.

          Há, ainda, algo que entendo ser importante e necessário registrar aqui. Hoje, para muitos, inclusive cristãos, a verdade se tornou relativa. Por isso, argumentam assim: “Isso é a sua forma de entender, mas eu entendo ou penso diferente” ou “Isso é pecado para você, porém para mim não é”.

           Também existem aqueles que argumentam: “Essa é a sua verdade, não a minha”. Todavia, em se tratando do cristão, não há a minha verdade ou a sua verdade. Existe apenas a Verdade, que é a Palavra de Deus. Observe o que diz o texto a seguir: “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. […] Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres”.

          Em outra situação, o Mestre declarou: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” – João 14:6. Em outras palavras: só existe uma verdade, a qual está revelada e personificada em Cristo. E é ela que deve prevalecer sempre. 

          Outros usam a fala de um líder sem compromisso com a Palavra de Deus como muleta para justificar suas atitudes e comportamentos errados: “O pastor Fulano de tal diz que não tem problema fazer isso”. Outros declaram: “O influencer Fulano de Tal disse que não tem problema nenhum fazer isso porque Deus é amor”. Existem também aqueles que justificam suas práticas e condutas dizendo: “Todo mundo faz” ou ainda “Não tem nada a ver”.

          No entanto, apesar de parecerem bons argumentos ou justificativas, são verdadeiras armadilhas que podem prender e escravizar os incautos, irreverentes ou incrédulos. Afinal, devemos fazer o que é reto e justo aos olhos de Deus, não aos nossos. Também não devemos tomar como verdade inquestionável ou padrão de conduta aquilo que prega a sociedade decaída e degradada na qual estamos inseridos.

          Em diversas passagens bíblicas, vemos as seguintes declarações sobre determinados reis: “E fez o que era reto aos olhos de Deus” ou “E fez o que era mau aos olhos de Deus”. Veja um exemplo disso: “E Asa fez o que era bom e reto aos olhos do Senhor, seu Deus, porque tirou os altares dos deuses estranhos e os altos, e quebrou as estátuas, e cortou os bosques” – 2 Crônicas 14:2-3.  

          Leia ainda a declaração sobre o rei Josias: “Josias fez o que era reto aos olhos do SENHOR, andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não se desviou nem para a direita nem para a esquerda” – 2 Reis 22:2.

         Ezequias também foi outro que tinha o selo de qualidade concedido por Deus: “No terceiro ano do reinado de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá, começou a reinar.  Ele tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar, e reinou vinte e nove anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Abia, filha de Zacarias.  Ele fez o que o Senhor aprova, tal como tinha feito Davi, seu predecessor. Removeu os altares idólatras, quebrou as colunas sagradas e derrubou os postes sagrados. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés havia feito, pois até àquela época os israelitas lhe queimavam incenso. Ela era chamada Neustã.  Ezequias confiava no Senhor, o Deus de Israel. Nunca houve ninguém como ele entre todos os reis de Judá, nem antes nem depois dele. Ele se apegou ao Senhor e não deixou de segui-lo; obedeceu aos mandamentos que o Senhor tinha dado a Moisés” – 2 Reis 18: 1-6.

          Veja que esses homens receberam a aprovação do Eterno e o selo de qualidade das suas ações, atitudes e conduta. Além deles, felizmente há muitos outros que fizeram o que era reto, justo e bom aos olhos do Pai. Agindo com integridade, eles levaram o povo a fazer o mesmo, pois geralmente somos guiados pelo exemplo e guiamos outros, para o bem ou para o mal também.

          Por isso, ao instruir Tito, Paulo recomenda: “Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção/integridade, gravidade [seriedade], sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós” – Tito 2:7-8.

          Por outro lado, lamentavelmente outros reis, ao passarem pelo teste de qualidade do céu, receberam o carimbo com a seguinte menção: Reprovados pelo Criador. Veja um desses casos: “Acabe, filho de Onri, fez o que era mau aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que o precederam. Ele não apenas achou que não tinha importância cometer os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, como também se casou com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios, e passou a prestar culto a Baal e a adorálo” – 1 Reis 16:25, 30-33.

          Nos exemplos dados, fica muito claro que todos nós devemos estar atentos às nossas atitudes, comportamentos, conceitos e valores. Isso porque o certo é aquilo que o Senhor considera certo. O errado é aquilo que Deus considera errado. Nesse caso, não é a nossa opinião que importa e não somos nós que ditamos as regras, mas o Senhor, que é soberano.

          Portanto, algo não se torna correto porque a maioria ou muitas pessoas fazem. Também não se torna certo porque a mídia, com seus apelos e apeladores, tenta persuadir e incutir na nossa cabeça. Por outro lado, alguma coisa não se torna errada porque a minoria ou poucas pessoas estão fazendo.

          Ao contrário, muitas vezes é sinal de que estamos no caminho certo. Ouça Jesus falando: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem” – Mateus 7:13-14.

          Agora, sinto que já posso dizer: Tenho boas notícias para você! Pode até não estar tudo bem no momento, mas pode perfeitamente ficar tudo bem. Como? 

          A Bíblia Sagrada não apenas apresenta nossos problemas, fraquezas, limitações ou pecados. Ela traz o remédio de Deus para todas as coisas. Então, caso estejamos enquadrados naquilo que não é reto, justo nem bom aos olhos do Pai, vejamos o que a Palavra do Eterno tem a nos dizer.

          Comecemos, portanto, pelo texto de Provérbios 28:13: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”.

          Nesse texto, fica evidente que o segredo do nosso sucesso espiritual está em confessar as transgressões ao Senhor, pois isso mostra que houve reconhecimento, arrependimento, humildade e vontade de obedecer ao Senhor.

          Já em 1 João 1:7-10, está escrito: “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.  Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”.

          Que lindo e reconfortante! Não somos perfeitos, mas se formos sinceros, certamente alcançaremos perdão dos pecados e, além disso, o Senhor nos livra do poder do pecado.

          Mike Murdock, grande escritor e palestrante internacional, diz em algumas de suas obras: “Deus não espera que sejamos 100% perfeitos, mas que sejamos 100% sinceros”. Então, havendo essa disposição de mente e de espírito, certamente teremos o discernimento dado pelo Espírito Santo para entendermos o que é bom, reto e justo aos olhos de Deus e o que é mal também aos olhos do Senhor. 

          Assim procedendo, um dia, quem sabe em breve, ouviremos o Senhor Jesus nos dizendo: “Venham, benditos de meu Pai, possuam por herança o Reino que está preparado para vocês desde a fundação do mundo…” – Mateus 25:34. Então, poderemos participar da ceia juntamente com nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e estar com ele por toda a eternidade, “porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” – João 3:16. Então, mesmo que não tenhamos ganhado o mundo inteiro, se nossa alma estiver em paz com o Senhor, na realidade ganhamos tudo.  

     Sugestão de música: Se Deus Não Tiver | Fernanda Tomadon

    

 

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Sabedoria do alto

     “A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o conhecimento.” (Provérbios 4:7)       

     Um dos tesouros mais importantes e valiosos que uma pessoa pode ter é sabedoria. Por outro lado, também é uma das coisas mais difíceis de se obter e manter porque muitos de nós a buscamos de forma equivocada e na fonte errada. Porém, quando a busca é feita com sinceridade de coração e recorremos a quem pode dá-la, certamente se torna uma joia da qual jamais desejaremos abrir mão.  

     Nas Escrituras Sagradas, essa palavra e outras correlacionadas a ela aparecem muitas vezes, especialmente nos textos que têm como objetivo nos orientar para uma vida relacional de qualidade. Mas não apenas nessa área. Também trata de um requisito básico e indispensável ao nosso relacionamento com Deus. No Salmo 111:10, por exemplo, encontramos o seguinte registro: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem; o seu louvor permanece para sempre”.

     Evidentemente, há alguns tipos de sabedoria: natural e terrena, que é fruto de uma excelente formação acadêmica e cultural. Existem muitas pessoas eruditas, ou seja, detentoras de um vasto saber sobre um determinado assunto ou, até mesmo, dominam várias áreas do conhecimento.

     Também há indivíduos que são sábios dada sua experiência de vida e maturidade. Nesse caso, mesmo não tendo frequentado a escola ou possuindo uma formação escolar mínima, conseguem se tornar grandes referenciais de vida e excelentes conselheiros ou mentores. Diante destes, devemos nos sentar para ouvir em silêncio suas experiências e instruções.

     Além dessas mencionadas, há outra cuja origem não é terrena, mas divina. E é justamente sobre essa que desejo lhe falar, pois sei que, assim como eu, você almeja ser sábio e, consequentemente, agir com sabedoria em todos os momentos da vida (Eu tenho batalhado para ser.). Para isso, tomarei como base para a argumentação diversos textos bíblicos, a começar por Tiago 3:13 ao 18.  

     No versículo 13, Tiago nos diz: “Se vocês são sábios e inteligentes, demonstrem isso vivendo honradamente, realizando boas obras com a humildade que vem da sabedoria”. Pela leitura desse texto, entendemos que uma das demonstrações de sabedoria consiste em viver de forma honrosa. Isso quer dizer “de maneira respeitosa, que enobrece ou dignifica”.

     Para compreendermos melhor, basta-nos olhar em nosso entorno. Quantas pessoas que conhecemos andam exatamente na contramão do que ensina a Bíblia. Ou melhor: não são respeitosas para com Deus, muito menos com seu próximo. Ao contrário, agem de modo inapropriado, isto é, inadequado ou inconveniente. Sem contar que muitos sempre procuram uma oportunidade para se aproveitarem da boa-fé de seu semelhante, lesando-o financeira, emocional ou espiritualmente. Desse jeito, tratam com desdém a Palavra de Deus. Consequentemente, evidenciam falta da sabedoria dada pelo Senhor.     

     Outra evidência de sabedoria é o realizar boas obras com humildade. Hoje é muito comum a exposição através da mídia de tudo o que se faz. Alguns indivíduos vão realizar alguma doação de alimento, por exemplo, e fazem fotos e/ou vídeos que, posteriormente, serão postos nas redes sociais, constrangendo quem o recebeu.

     Por certo, em algumas ocasiões é importante e até necessário que determinadas obras sejam expostas para que outros também se sintam motivados a fazer o bem, especialmente quando se trata de uma instituição filantrópica. No entanto, cabe a cada um de nós, doadores, vigiar o coração para ver se nossas motivações estão pautadas no amor ensinado nas Escrituras ou não. Afinal, Jesus nos ensinou que nossa mão esquerda não deve saber o que a direita fez – Mateus 6:2-4. Em outras palavras: a motivação deve ser obedecer ao Senhor e demonstrar amor cristão ao próximo. Não receber os aplausos de outros.

     Também existem aqueles que usam os talentos e as habilidades dados pelo Espírito Santo não para glorificarem a Deus, mas com o intuito de serem admirados e aplaudidos. Obviamente, é muito bom receber aplausos (e todos nós gostamos de recebê-los).      Todavia, devemos estar cientes e conscientes de que nossa motivação, isto é, o motivo ou a força que aciona e direciona nosso comportamento, levando-nos à ação deve ser honrar ao Senhor e abençoar as pessoas colocadas por ele em nosso caminho. Agindo assim, sem dúvida seremos honrados pelo Altíssimo, pois “diante da honra vai a humildade”Provérbios 18:12.  

     Em Tiago 3:17, somos ensinados que “a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura”. A palavra pureza quer dizer “sem mistura; não alterado pela presença ou inclusão de impurezas ou de elementos estranhos; límpido, claro, transparente”. Ao fazer essa afirmação, esse servo de Deus nos informa, embora indiretamente, que a sabedoria terrena apresenta algum tipo de impureza ou alteração. 

     A princípio, até podemos discordar dele. Contudo, se pararmos uns instantes para analisar friamente, concluiremos que ele tem razão. Tudo que tem a intervenção humana, por menor que ela seja, vem vestido ou contaminado com a visão, conceito, preconceitos e opinião de pessoas limitadas, falíveis e pecadoras como eu e você. Logo, em algum aspecto ou momento vai revelar seus defeitos.

     Por outro lado, a sabedoria gerada em nós pelo Espírito Santo é totalmente pura, ou seja, não está contaminada por agentes humanos. Dessa maneira, ela representará exatamente a vontade de Deus para nossa vida, a qual, conforme nos ensinam as Escrituras Sagradas, é “boa, perfeita e agradável” – Romanos 12:2b.  

     Outra característica dessa sabedoria é que ela é pacífica. Em outras palavras: ela vem recheada pelo objetivo de promover a paz. Se conectarmos esse texto com a fala de Jesus em Mateus 5:9, veremos que tem tudo a ver. Observe: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”.  

     Ser um pacificador vai muito além de gostar da paz ou de viver em paz. É ser uma pessoa que promove a paz, que se dedica a fazer reinar a paz. É aquele que através de seus atos e atitudes promove mudanças profundas no meio em que vive e convive. Logo, um indivíduo que apresenta essa característica só pode ser alguém que recebeu a sabedoria gerada pelo Espírito Santo. Sendo assim, ser um agente da paz segundo o conceito bíblico deve ser ou se tornar para cada um de nós um alvo a ser atingido, porque os pacificadores são bem-aventurados e chamados filhos de Deus.

     Ainda em Tiago 3:17, lemos que a sabedoria vinda do Senhor é tratável. Isso quer dizer que quem a possui é amável, afável ou agradável; que se pode tratar; que é gentil ou sociável. Por certo, você conhece muitas pessoas cujas ações, reações, atitudes e comportamentos tornam evidentes a inexistência dessa característica.

     Todos nós, indistintamente, precisamos estar atentos a isso. A Bíblia deixa claro que não podemos ser pessoas intratáveis, desagradáveis ou antissociais. Ao contrário, somos instruídos e admoestados a agir com doçura e mansidão: “… e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós…” – 1Pedro 3:15.

     Logicamente, Pedro referiu-se a uma situação específica. Porém, o princípio (a base de raciocínio) pode ser aplicado a todas as situações da vida. É óbvio que cada pessoa tem sua personalidade e temperamento. No entanto, entendo que o Espírito Santo pode e quer transformar não apenas nosso caráter, mas também o temperamento e até traços da personalidade que não são aprovados por Deus ou geram prejuízos relacionais.

      Tiago ainda declara que a sabedoria que vem do alto é cheia de misericórdia. Olhando para as Escrituras, passamos a saber que misericórdia está ligada a estas palavras hebraicas chenen, chesed e chen, as quais também deram origem à palavra graça, cujo sentido é favor a quem não merece.

      As palavras mencionadas (chenen, chesed e chen) nos informam que ser misericordioso é inclinar-se com bondade para com alguém, favorecer o necessitado e ajudar o pobre. E foi exatamente assim que o Pai Celestial agiu para conosco, mesmo sendo nós pecadores. Então, dentro daquilo que nos é cabível e possível, também precisamos ser cheios de misericórdia para com nosso semelhante, demonstrando sabedoria e entendimento da vontade de Deus para nós.

     Geralmente, queremos que Deus e as pessoas em geral nos tratem com benevolência, compaixão e empatia. Entretanto, quando é nossa vez de tratar nosso próximo, temos dificuldade de lhe estender a mão. Contudo, precisamos estar cientes de que agindo com misericórdia tornamo-nos habilitados para recebê-la também. Veja a declaração do Senhor Jesus em Mateus 5:7: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”

     Ainda no versículo 17, lemos que um indivíduo com essa sabedoria produz boas ações ou obras. Hoje, infelizmente, grande parte das pessoas sempre age com maldade. Aliás, a perversidade tem sido a marca registrada de muitos. Diariamente a mídia mostra casos de pessoas que são vítimas ou vitimadas por indivíduos perversos. Todavia, graças a Deus, ainda há aqueles cujas ações recheadas com compaixão e altruísmo promovem a paz e o bem aos necessitados, seja para suprir uma carência física, emocional, afetiva ou espiritual. Que esse seja o nosso caso!

     Finalizando o versículo 17, Tiago declara que essa sabedoria não trata os outros com parcialidade nem com hipocrisia. Quando se fala em parcialidade, pode-se entender como “qualidade de quem toma partido ao julgar a favor ou contra, tendo em conta sua preferência, sem se importar com a justiça ou com a verdade”. Lamentavelmente, essa tem sido uma prática muito comum no Brasil. Provavelmente, nós também já agimos desse jeito. Assim, fica claro que precisamos da sabedoria que provém do alto.

     Em João 7:24, Jesus ordenou: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”. Erroneamente, muitos de nós entendemos a palavra julgar somente como sentenciar ou condenar alguém. Mas existem muitos sentidos que fazem parte desse pacote. Por exemplo: avaliar, examinar, considerar, pensar, calcular e outros. Nesse sentido, precisamos, e devemos, analisar. Porém, para não cometermos injustiças, tem de ser feito segundo a reta justiça e recheado com misericórdia. E o que é a reta justiça? Para o autêntico cristão, é aquilo que ensina e ordena a Palavra de Deus.

     E mais: cada um deve julgar a si mesmo. Como disse o apóstolo Paulo: “Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo”1 Coríntios 11:31,32. Note que o texto diz que “somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo”. Portanto, aceitar uma avalição segundo a reta justiça é mais do que uma evidência de humildade, amor-próprio e da sabedoria que vem do Altíssimo. É uma prova cabal.

     Para entender melhor, leia o texto que segue: “O sábio teme e desvia-se do mal, mas o tolo encoleriza-se e dá-se por seguro” – Provérbios 14:16. Observe que Salomão usa duas palavras contrastantes (sábio x tolo) para nos admoestar. Nesse caso, a evidência de sabedoria é demonstrada por temer e desviar-se do mal, enquanto de tolice é o enraivecer-se e se sentir seguro em relação ao mal.

     Outro texto bastante esclarecedor e importante é: “Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal” – Provérbios 3:7. Aqui, entendemos claramente que ser sábio aos próprios olhos é um grande perigo. Quem se sente assim, tende a tomar decisões completamente equivocadas, inclusive leva-o a aproximar e até mesmo a aliar-se ao mal ou a pessoas más. Portanto, é imprescindível ser sábio aos olhos de Deus, usando as ferramentas que ele nos oferece gratuitamente em sua Palavra.

     Quando olhamos para as Escrituras Sagradas, encontramos muitos exemplos de pessoas que agiram com sabedoria, desviando-se das coisas erradas aos olhos do Senhor. Uma delas foi Jó: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal – Jó 1:1.

     Em Eclesiastes 7:13 ao 18, lemos algo muito interessante sobre a relevância de ser sábio. Nesse relato, lemos que um sábio pobre livrou sua pequena cidade de um grande rei usando como arma de guerra a sabedoria. Mas é necessário observar um detalhe: ninguém se lembrava dele. Muitas vezes, é assim. Poucos valorizam essa qualidade. Porém, o Senhor a valoriza e muito.

     Fazendo uma conclusão desse registro, Salomão declara: “Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada e as suas palavras não foram ouvidas. As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor do que domina sobre os tolos. Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muitos bens” – Eclesiastes 9:16-18.

     Há ocasiões nas quais as armas de guerra são as palavras ditas no calor de uma discussão. Geralmente, o resultado delas são pessoas gravemente feridas, casamentos mortos, famílias e amizades destruídas. Mas veja o que Salomão diz: “Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos” – Provérbios 16:24. Logo, usando as palavras com sabedoria, em vez de guerras e destruição, geramos paz (saúde mental e emocional) e saúde física. 

     No versículo 17, o rei diz que as palavras de um sábio devem ser ouvidas em silêncio. Segundo estudiosos, um dos segredos do sucesso dos judeus é que eles gostam de ser corrigidos e ensinados. Por isso, valorizam os mentores/conselheiros. Portanto, considero fundamental aprender com eles também. E, quando estivermos diante de um sábio, aprendamos a ficar em silêncio, absorvendo e anotando tudo o que ele disser.

     Mas quem é um sábio? – Talvez essa seja sua dúvida. E eu lhe respondo: É todo aquele que ministra a Palavra de Deus como está registrada nas Escrituras. É todo aquele que usa a inteligência para promover o bem e a paz. Também é aquele que sabe de boas coisas que não sabemos ou já teve experiências que ainda não tivemos. Portanto, sempre que estiver perto de alguém, fique atento, pois da boca desse indivíduo, por mais simples que ele seja, pode jorrar palavras de sabedoria.

     Penso que foi por isso que Salomão declarou: “Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal” – Provérbios 13:20. Com quem você quer andar? A colheita será de acordo com a semeadura. Por isso, espero e oro para que faça a escolha certa, receba as mais copiosas bênçãos de Deus e viva vitoriosamente.

     Caso você sinta que ainda lhe falta a sabedoria que vem do alto ou do Altíssimo Senhor, siga a instrução de Tiago, o servo do Senhor: “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada” – Tiago 1:5. Afinal, a sabedoria é a coisa principal e “Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento. Porque melhor é a sua mercadoria do que a mercadoria de prata, e a sua renda do que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que os rubis; e tudo o que podes desejar não se pode comparar a ela. Aumento de dias há na sua mão direita; na sua esquerda, riquezas e honra. Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas, paz. É árvore da vida para os que a seguram, e bem-aventurados são todos os que a retêm”Provérbios 3:13-18

Força e Sabedoria – Anderson Freire
 

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E se Deus simplesmente não existe?

“Deus está morto!” (Nietzsche)  

          Faz muitos dias que a pergunta do título tem vindo à minha cabeça. Geralmente, ela vem seguida por outros questionamentos, os quais almejo compartilhar com você. No entanto, não digo isso apenas pela força do hábito ou somente para justificar a escrita deste artigo. Ao contrário, realmente corresponde à verdade. Então, entendi que o Espírito Santo quer nos levar a refletir sobre o tema em questão.

     Dada a insistência dessas interrogações, perguntei à minha esposa, e aos meus filhos, grande parte do que registrarei aqui. Afinal, se foi bênção para nós, visto que nos levou à reflexão e ao diálogo, considero que poderá ser para você, sua família e outras pessoas de sua intimidade também.  

     Para início de conversa, preciso dizer que estes escritos não têm a mínima pretensão de ser um tratado teológico e, de fato, não o são. São apenas considerações. E, quem sabe, provocações, as quais poderão contribuir para aproximá-lo ainda mais do Senhor para, assim, desfrutar da companhia dele e de suas copiosas bênçãos.

     Desde os tempos mais remotos, o ser humano sempre tentou se relacionar ou se relacionou com a divindade. Evidentemente, na maior parte das vezes, o fez de modo equivocado, criando seus próprios deuses “à sua imagem e semelhança”, isto é, de acordo com aquilo que sua mente criativa (mas limitada e pecaminosa) pôde compreender*. Desse modo, surgiu aquilo que se chama idolatria, a qual é, terminantemente, proibida por Deus – Êxodo 20:1 ao 6. 

      Outros tomaram a decisão de não acreditar na existência de um Ser Supremo, Criador e Mantenedor de todas as coisas. Nietzsche (1844-1900, filósofo alemão), por exemplo, fez a célebre, mas infeliz declaração: “Deus está morto!”**. Entretanto, ele se foi sem conseguir provar a veracidade de sua afirmação. E, desde então, bilhões continuam a crer que há um Criador e Mantenedor do Universo.

     A partir desse ponto, quero fazer-lhe parte dos mesmos questionamentos que fiz à minha família e torço para que você também os faça aos seus entes queridos:

  • Se alguém decide crer na existência de Deus, que prejuízos pode ter?
  • Se decidir crer, que benefícios terá?
  • Se decide não crer, que perdas terá?
  • Se decide não crer, que benefícios terá?
  • Para alguém afirmar categoricamente que Deus simplesmente não existe, o que é necessário e indispensável?
  • Alguém já conseguiu esgotar todas as possibilidades sobre esse assunto?
  • Diante da resposta à questão anterior, qual é a escolha mais sábia a fazer?

     Fiz tais indagações à minha família em momentos diferentes e sem a interferência de um membro na resposta do outro. Todavia, as respostas foram praticamente iguais. Veja parte delas:

  • Quem optar por acreditar na existência de Deus deixará de “aproveitar” algumas coisas, tais como: sexo descompromissado, bebidas, drogas lícitas e ilícitas, corrupção, fazer aquilo que vem à cabeça sem se preocupar com consequências eternas, não ficar preso a sentimento de culpa, não ser “escravo” de uma religião, e outros semelhantes a estes.
  • Escolhendo crer, terá uma vida de paz interior, evitará muitos problemas de saúde, com a lei, com a justiça, com a família. Porém, o principal de tudo é que desfrutará de uma eternidade com o Senhor: “E esta é a promessa que ele {Jesus} nos fez: a vida eterna” – 1 João. E mais: “Então vocês experimentarão a paz de Deus, que excede todo entendimento e que guardará seu coração e sua mente em Cristo Jesus” – Filipenses 4:7 – Nova Versão Transformadora.

     Veja ainda o que Jesus disse que aconteceria àqueles que decidissem viver de acordo com a vontade do Senhor: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo…” – Mateus 25:34. E, quando questionado por Pedro sobre o que receberiam aqueles que decidiram segui-lo, Jesus Respondeu: “… todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto e herdará a vida eterna – Mateus 19:29. Ou seja: Cristo quis dizer que haverá muito mais benefícios do que prejuízos destinados a quem o seguir.

  • Decidindo não crer, deixará de desfrutar da comunhão e companhia do Pai, de uma vida de paz e, o pior de tudo, não passará a eternidade com o Senhor: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos…” – Mateus 25:41. Já em Marcos 16:15 e 16, o Mestre disse: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. Que palavras fortes!
  • Caso tome a decisão de não crer, os “benefícios” serão poucos e temporários. Por exemplo: fazer determinadas coisas que dão prazer carnal, riquezas e status social, mas que poderão ser grandes laços, como diz Provérbios 16:25: “Há caminhos que a pessoa considera corretos, mas acabam levando à estrada da morte” – Provérbios 16:25 – NVT.

     Vale lembrar que muitas dessas “coisas” que grande parte da sociedade considera boas e prazerosas não são vistas com bons olhos ou não são aceitas nem por pessoas que se consideram ateias. Logo, não é algo que os “caretas e fanáticos cristãos” inventaram. Quaisquer indivíduos que buscam uma vida sensata, reta e saudável para corpo, mente, emoções, relações familiares e sociais batalham para viver o mais longe possível dessas “coisas”.  

  • Para um indivíduo bater o martelo sobre esse tema, ou seja, afirmar de forma categórica e irreversível que Deus simplesmente não existe, que é uma criação humana para justificar suas fraquezas ou mesmo ignorância, ele deve esgotar todas as possibilidades de controvérsia ou contestação. Isso significa provar de modo irrefutável que quem se opõe está errado. Então lhe pergunto: “Alguém já conseguiu essa façanha???”. Provavelmente, dirá que não. E estou nessa com você!

Que eu saiba, não há ninguém no mundo que conseguiu esgotar tudo que diz respeito a determinado assunto, seja ele qual for. Sempre existem outros que contribuem para o aperfeiçoamento da descoberta ou do invento. Basta pensar no avião, cujos inventores são o brasileiro Alberto Santos Dumont e os irmãos Wright (pelo menos, para os estadunidenses). Note que após essa invenção muitas coisas foram aprimoradas. E continuam sendo.

Do outro lado da ponte estão aqueles que decidiram crer, a despeito de qualquer coisa. Para exemplificar, basta ler a história de Noé (Gênesis, capítulos 6,7 e 8) e Abraão (a partir de Gênesis 12). Eles tinham tudo para duvidar da existência do Criador, pois as circunstâncias conspiravam contra eles. Entretanto, esses homens tomaram a sábia decisão de crer, e os resultados foram maravilhosos e eternos. O primeiro deu continuidade a espécie humana e o segundo deu origem ao povo de Israel, do qual Jesus é o descendente mais proeminente e ilustre. E mais: eles fazem parte da Galeria dos Heróis da Fé – Hebreus 11.

Sei que estes exemplos estão muito distantes na cultura e no tempo. Contudo, grandes cientistas que fizeram e fazem parte da História por causa de seus grandiosos feitos também creram em Deus, independentemente do que os incrédulos diziam. Veja alguns deles: Nicolau Copérnico (1473-1543), Johannes Kepler (1571-1630), Galileu Galilei (1564-1642), René Descartes (1596-1650), Isaac Newton (1642-1727), Robert Boyle (1791-1867), Michael Faraday (1791-1867), Gregor Mendel (1822-1884), Kelvin (William Thompson) (1824-1907), Max Planck (1858-1947), Albert Einstein (1879-1955) ***. Certamente, você já estudou sobre eles e seus feitos na escola.

 Além desses, que ainda estão distantes da nossa realidade, gostaria de citar Augusto Cury, um médico psiquiatra, professor e escritor brasileiro, famoso pelos seus livros na área de psicologia. Inclusive é o autor da Teoria da Inteligência Multifocal.

Esse homem que, provavelmente, é hoje o escritor brasileiro mais lido no mundo, declara com frequência que era um grande ateu. Por isso, passou a estudar a Bíblia, especialmente a História de Jesus, para desmascarar os cristãos. Mas, quanto mais estudava, mais se convencia de que estava errado. Mesmo aplicando métodos científicos para provar que tudo que os cristãos falavam era uma grande besteira, não tinha como humilhar os crentes. Por fim, foi fisgado por Deus e hoje é um grande defensor da fé no Senhor.   

     Quando lemos os capítulos de 37 a 42 de Jó, encontramos um diálogo de Deus com esse homem. Ele fizera alguns questionamentos e o Criador passou a lhe responder. Como a conversa é muito extensa, vou pegar apenas o capítulo 38:4, onde o Senhor lhe pergunta: “Onde você estava quando lancei os alicerces da terra? Responda-me, se é que você sabe tanto” – Jó 38:4. (Se puder, leia o capítulo inteiro.)

     Evidentemente, Jó não tinha uma resposta satisfatória. Por isso, quando chegamos ao capítulo 42, vemos esse homem reconhecendo sua pequenez, humilhando-se diante de Deus e declarando: “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza” – Jó 42:5,6.

     Vale lembrar que no capítulo 1º:1, lemos a seguinte declaração sobre Jó: “Na terra de Uz, vivia um homem chamado Jó. Era homem íntegro e justo; temia a Deus e se afastava do mal”. Mesmo tendo todas essas virtudes, parece-me que ele possuía apenas um conhecimento religioso-teórico do Senhor. Em outras palavras, ainda lhe faltava o mais importante: uma experiência e um relacionamento pessoal com Deus. Certamente foi por essa razão que afirmou já ter ouvido falar, mas que, a partir daquele momento, seus “olhos tinham visto o Senhor”.

     Diante de tudo isso, só me resta fazer algumas considerações:

  • Quando fiz esses questionamentos ao meu filho primogênito, ele disse: “Essa é a Proposta de Bleise Pascal”. (Confesso que não a conhecia.) E de fato está coerente com o que esse homem teorizou. Então, quero usar a mesma linha de raciocínio que Pascal empregou: Se você decidir não crer em Deus, estará correndo o perigosíssimo risco de trocar o que é eterno e infinito pelo que é temporário, efêmero e finito. Mas, caso decida acreditar, trocará o passageiro pelo eterno. O finito pelo infinito.
  •  Quanto a mim, a escolha já está feita: Como não posso esgotar todas as possibilidades para provar que Deus não existe, tomo a firme decisão de continuar crendo, pois não quero tocar a eternidade ao lado do Criador por uma eternidade longe dele. Por isso, sigo a máxima dos judeus: “Mesmo não entendendo, decido obedecer ao Senhor”.
  • Ademais, procuro lembrar-me do que disse Davi, o homem segundo o coração de Deus – Atos 13:22: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus” – Salmos 53:1. Já que não quero ser um néscio, opto por crer.
  • Talvez você me diga: “Mas eu creio em Deus. Já tive muitas experiências com ele”. Excelente!!! Que tal fazer esses questionamentos às pessoas que você ama, levando-as a uma reflexão, a um autoexame e a uma conversa rica e proveitosa? Assim, contribuirá para o êxito, a felicidade e salvação delas.
  • Quem sabe, você tem servido ao Senhor somente de maneira religiosa, ou seja, apenas seguindo uma tradição, sem se questionar se está agindo de acordo com o que a Bíblia ensina ou não. Há muitas pessoas que, apesar de toda a sinceridade e devoção, exercem sua fé sem fundamentá-la na Palavra de Deus, seguindo apenas o que ensina a tradição religiosa ou o que o líder diz. Por isso, apenas cumprem tarefas ou rituais religiosos, sem nunca se relacionar intimamente com o Senhor como ele deseja: “Eu serei seu Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas, diz o Senhor Todo-poderoso” – 2 Coríntios 6:18. É assim que Deus quer se relacionar com você e comigo: Pai perfeito e amável e filho.
  • Se você está entre aqueles que não creem em Deus, eu gostaria de, respeitosa e humildemente, pedir que fizesse esses questionamentos a si mesmo. Perguntasse se não está trocando o Eterno Deus e bênçãos eternas por coisas temporárias, fugazes. Caso o faça com sinceridade, veja o que o Altíssimo afirma: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” – Jeremias 29:13. Observe ainda: “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus. E mais: “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito.” – Salmos 51:17; 34:8.

Em Mateus 5:5, Jesus declarou: “Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança”. Em outras palavras, o Mestre estava a dizer que são felizes as pessoas cujo coração é humilde, porque terão uma herança da parte do Eterno Deus.

Um dos sentidos da palavra humildade é “reconhecimento de que não sabe tudo ou não consegue fazer tudo sozinho”. Portanto, talvez seja seu momento de reconhecer e ser humilde o suficiente para dizer ao Senhor que não acredita que ele existe, mas que, se ele de fato é real, se não é uma enganação ou fruto de fanatismo religioso, que se revele de alguma maneira. Afinal, se ele realmente existe, você só tem a ganhar aqui na terra e, por fim, uma eternidade junto com o Senhor.

Sei perfeitamente que não posso e não consigo convencer ninguém de que Deus existe. Na realidade, nem é o meu papel. Conforme disse Martinho Lutero: “Nosso trabalho é levar o evangelho aos ouvidos, e Deus levará dos ouvidos ao coração”. E Jesus ensinou que é o Espírito Santo quem convence e ensina cada um de nós sobre as coisas do Pai – João 14:26; 16:8.  

Para finalizar, incentivo você a ouvir o que Jesus disse a Tomé, o descrente, depois da ressurreição: “Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!” – João 20:27-29. Caso você atenda a esse chamado do Senhor para ser crente nele, haverá ganhos que repercutirão na eternidade. Afinal, como disse a personagem Maximus, do filme Gladiador, é lá que tudo reverbera. Pense nisso.    

Prof. Marcos Araújo

Sugestão de música: Bem Supremo – Adhemar de Campos (Acústico ao vivo)

Sugestão de filme: Em defesa de Cristo (baseado numa história real)

     *Leia mais em: https://super.abril.com.br/ideias/deus-esta-morto-nietzsche/

     ** Livro: O fator Melquisedeque – O testemunho de Deus nas culturas de todo o mundo – Don Richardson

    *** Cientistas que criam em Deus: http://www.monergismo.com/textos/apologetica/cientistas_famosos.htm

    **** Augusto Cury: https://www.ebiografia.com/augusto_cury/   

 

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Segundo o coração de Deus

Coração de Deus.jpg II

“… Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração…” (Atos 13:22)

     Outro dia, enquanto ministrava um estudo na escola bíblica, perguntei aos participantes qual seria, de acordo com o ponto de vista deles, a razão pela qual Deus fez tal declaração.     Evidentemente, as respostas foram muitas e variadas. Por exemplo: ele era obediente; temente; adorava ao Senhor com inteireza de coração; era destemido e justo; quando pecou, reconheceu seu erro e prostrou-se, arrependido, aos pés de Deus; e outras tão relevantes e verdadeiras quanto essas. Mas, para mim, ainda faltavam justificativas, as quais considero muito importantes. Por isso, almejo compartilhá-las com você.

Davi amava Deus, a Sua palavra  e também estar no templo. Em toda a sua trajetória de vida, constatamos isso em suas declarações e atitudes. Porém, é no livro dos Salmos que fica ainda mais clara essa intensa paixão. E, como entendo que a história dele pode nos inspirar e motivar, convido você para ver alguns textos que esclarecem o que foi dito acima.

Veja o que ele declara: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus?” e também: “Ó Deus, tu és o meu Deus, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti, numa terra seca, exausta e sem água” (Salmos 42:2; 63:1; veja ainda 143:6).

Muitos de nós temos sede de muitas coisas: dinheiro, fama, sucesso, reconhecimento humano, atenção e carinho (o que é justo), riquezas, bens materiais e coisas semelhantes a essas. Já Davi tinha sede de Deus. Mas… o que significa isso? Quer dizer que tinha um desejo vivo, ardente e imoderado, o  qual o levava a buscar a face do Senhor continuamente.

Mais uma razão está no fato de o salmista ter imenso prazer em ir ao templo do Senhor: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor” – Salmo 122:1. Ele chega ao ponto de dizer que “vale mais um dia nos teus átrios do que em outras partes mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas dos ímpios” – Salmo 84:10.

Outro motivo pelo qual Deus se refere a Davi dessa maneira é seu prazer em meditar na e guardar a palavra do Pai. Veja o Salmo 119:20,140,174: “Como anseio pelos teus preceitos!”; “Como anseio pelos teus preceitos!” “Anseio pela tua salvação, Senhor, e a tua lei é o meu prazer”.

O resultado de tudo isso não poderia ser outro: tornar-se um homem segundo o coração de Deus, sábio e bem-sucedido. Veja: “Como eu amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro. Os teus mandamentos me tornam mais sábio que os meus inimigos, porquanto estão sempre comigo. Tenho mais discernimento que todos os meus mestres, pois medito nos teus testemunhos. Tenho mais entendimento que os anciãos, pois obedeço aos teus preceitos” – Salmo119:97ao100.
Se Davi colheu tantos frutos por causa da sua forma de ser e de agir em relação ao Senhor, também nós podemos. No entanto, é preciso atentar para as mesmas coisas que ele. Em outras palavras: ter sede de Deus, isto é, um desejo vivo, ardente e sem moderação; amar a Sua palavra (Uma pesquisa recente revelou que apenas 26% dos evangélicos leem a Bíblia diariamente. Que triste!); alegrar-se quando pode ir à casa do Pai; sentir prazer na lei do Senhor, pois é bem-aventurado o homem que possui esse sentimento e medita na Sua lei de dia e de noite – Salmo 1º:2 e 3. Agindo assim, certamente seremos pessoas segundo o coração de Deus.

 

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Morada de Deus

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Há muitos textos bíblicos que realmente me encantam dada a sua beleza e que tocam profundamente o meu coração. Além disso, normalmente eles transformam minha vida, mudam minha rota, dão força e motivo para continuar pela estrada da vida, permitindo-me escrever uma nova história em parceria com o Senhor.

Tomando como base minhas experiências com Deus nessa área, creio que ocorre o mesmo com você, ou seja, a trajetória da sua vida é marcada e, sem dúvida, transformada por tais passagens bíblicas. Certo, então, de que temos vivências em comum, quero compartilhar umas dessas pérolas de inestimável valor. Vamos lá?

Para começar, convido você a se deliciar comigo com o que diz o apóstolo Paulo em Efésios 2:19 ao 22: “Assim que já não são mais estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a pedra da esquina, no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para o templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito”. Aleluia!

Que revelação e privilégio maravilhosos! Enquanto em algumas seitas o homem é chamado de “cavalo” ou de “aparelho” de um determinado espírito chamado de guia, no Evangelho de Cristo somos chamados de Edifício para morada de Deus em Espírito ou de Templo de Deus, como o apóstolo declara em I Coríntios 3:16: “Vocês não sabem que são o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?”.

Diante dessas magníficas palavras, fico deveras extasiado. Não sei quanto a você, mas isso me dá forças para continuar a carreira que me está proposta, olhando para Jesus, o autor e consumador da fé (Hebreus 12:2).

Desse modo, mesmo surgindo adversidades como doenças ou problemas familiares, ainda que o mar esteja de fato revolto, prossigo para o alvo, pois estou bem certo de que não ando sozinho, de que meu coração foi eleito para ser a morada do Espírito Santo, o representante do Pai e do Filho aqui na terra.

Sei que Ele, o Santo Espírito, é o cumprimento da promessa que Cristo fez de não nos deixar órfãos. Sei que Ele é o meu Consolador, Ajudador, Conselheiro, meu Mestre, meu Intercessor, quando não sei ou não consigo orar. Estou convicto de que ele me ajuda a vencer as minhas fraquezas e limitações. Estou certo  ainda de que ele também  ajuda você em todas as suas necessidades e batalhas da vida.

Por causa disso, quero convidá-lo deliciar-se com esse privilégio de ter sido escolhido para ser o Templo do Espírito Santo de Deus. Almejo ainda pedir que cuide bem desse templo, que é você, a fim de que esse ilustre hóspede possa morar definitivamente em seu coração e por fim leve-o para habitar eternamente com o Senhor lá na glória.

 

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Orfandade

O mundo está cheio de órfãos. Órfãos de pais, de filhos, de afeto, de atenção... órfãos de tudo!!

“Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.” (João 14:18)

 

Quando se fala em orfandade, logo nos lembramos de coisas extremamente negativas. Por isso, um dos textos bíblicos pelos quais sou apaixonado é o que utilizei na abertura deste artigo. E, justamente por considerá-lo uma das pérolas de maior valor das Escrituras Sagradas, se é que posso fazer tal afirmação já que todos trazem lições assaz relevantes para nós, quero compartilhar com você algumas das reflexões que podemos fazer a respeito dele e dos ensinamentos preciosos que ele traz.

Para isso, convido-o a pensar comigo na palavra orfandade e em suas implicações, pois, como afirmei na introdução, ela nos remete a algo ruim. Vamos lá?

Em primeiro lugar, vale lembrar que ser órfão significa não ter o pai e a mãe ou pelo menos não ter um dos dois genitores. Assim, quando Jesus diz aos discípulos que não os deixaria órfãos, está declarando que eles não ficariam sem pai. Enquanto esteve com eles, o Senhor lhes foi como um pai. Basta lembrar que em João 10:30 ele fala: “Eu e o Pai somos um”. Logo, entendemos que o Mestre assumiu esse papel durante o período de tempo que esteve aqui na terra.

Em segundo lugar, é importante recordar que a ausência dos pais gera nos filhos os sentimentos de solidão, de vazio, de insegurança, de abandono, de medo quanto ao que há de acontecer. Enfim, passam a se sentir perdidos como um barco à deriva num mar tempestuoso.

Em terceiro lugar, um órfão se sente como um marinheiro que não tem um porto seguro onde possa atracar o seu navio. Sente-se um pássaro sem árvore e sem ninho onde possa repousar depois de um dia de vôos, de caçadas e de fugas de implacáveis predadores. Ao dizer isso, passei a pensar em mim mesmo, pois perdi meus pais há muitos anos e até hoje há situações nas quais me sinto desse modo. Tenho vontade de compartilhar alegrias e tristezas com eles, mas não os tenho por perto. Tenho vontade de sentar-me ou deitar-me em seu colo para desabafar ou rir, porém não me é possível fazê-lo.

Em quarto lugar, a falta de genitores também lembra a ausência de um provedor. Dependendo da idade ou das condições financeiras de um indivíduo, existe a carência de alguém que lhe supra suas necessidades primárias, tais como o alimento, a roupa, o calçado, o remédio e outras semelhantes a essas. No entanto, essa dependência ou precisão ultrapassam o limite do que foi posto como exemplo. Ao dizer isso, refiro-me a coisas que o dinheiro não pode comprar ou não podem ser classificadas como materiais. Digo, por exemplo, da provisão de amor, de carinho, de companheirismo, de compreensão, de cumplicidade, de atenção, de palavras de conforto ou de motivação, de estímulo ou cobrança, de elogio ou de um puxão de orelha na hora certa e outros da mesma natureza.

Portanto, quando Jesus falou que não nos deixaria órfão, creio piamente que queria dizer Read the rest of this entry »

 

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Motivação – Parte 2

Esta é mais uma parte do estudo sobre Motivação feito com os jovens da Igreja do Ev. Quadrangular no Jd. Fátima, em Nova Odessa. Se você não leu a primeira parte e deseja lê-la, clique AQUI.

inteligencia espiritual

Parte 2 – Capacitados por Deus

CAPACITADO POR DEUS

     Uma das “descobertas” mais fantásticas que fiz nessa área, e que revolucionou a minha vida, foi que podemos orar pedindo inteligência e que Deus nos capacita não apenas para o exercício daquilo que, muitas vezes, classificamos como ministério espiritual ou atividades espirituais mas também para nossas atividades cotidianas, sejam elas profissionais ou não. (Embora, como já mencionado acima, para o cristão não há divisão entre o espiritual e o secular/material, pois somos um ser espiritual.)  

Eu disse descobertas entre aspas porque li os textos sobre os quais discorrerei a seguir inúmeras vezes, porém me parece que em dado momento as verdades contidas neles “saltaram” das Escrituras para dentro de mim. E, justamente por isso, quero compartilhar com você algumas delas, pois tal tema é profundíssimo e jamais uma pessoa poderia explorá-lo em sua plenitude. Então, vamos passear pela Bíblia comigo e procurar essas pérolas de valor incalculável?

A primeira grande verdade é que podemos orar ao Senhor pedindo inteligência.

Será que de fato existe base bíblica para isso? Sim. E quem fez isso foram pessoas que tinham uma profunda intimidade com Deus e grandes experiências de vida, as quais servem de parâmetro para todos nós. Isso porque o mesmo que o Pai fez por eles também o fará por todos aqueles que crerem e buscarem Nele essa dádiva.

Primeiramente, gostaria de falar a respeito de Davi. No Salmo 119, vemo-lo dizer: “As tuas mãos me fizeram e me afeiçoaram; dá-me inteligência para que aprenda os teus mandamentos (73.). Sou teu servo: dá-me inteligência para entender teus testemunhos (125).  A justiça dos teus testemunhos é eterna; dá-me inteligência, e viverei (144). 

Observou o motivo pelo qual quis começar com esse servo do Altíssimo? Veja: Ele poderia ter orado pedindo riquezas, glórias, honras, belas mulheres, reconhecimento das pessoas, capacidade para vencer os inimigos, estratégias de guerra, etc., etc., etc. Contudo ele, repetidas vezes, pediu inteligência (ou, como em outras versões, entendimento, discernimento), a fim de que pudesse entender a palavra de Deus.

Portanto, a primeira conclusão a que podemos e devemos chegar é que, antes de qualquer coisa, precisamos receber essa capacitação para compreender os mandamentos e os testemunhos do Senhor.

Por certo ele, o salmista, orou assim por saber que “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não podem entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus” (I Coríntios 2:14,10). Logo, se você quer compreender  e experimentar qual é a “boa, agradável, perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2), deve dirigir-se ao Senhor dessa maneira também, isto é, pedindo-lhe inteligência espiritual – a que é gerada e desenvolvida em nós pelo Espírito Santo. Read the rest of this entry »

 

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Descanso para a alma

descanso

“Descansa no Senhor e espera nele…” (Salmo 37:7)

     Vivemos em um mundo cada vez mais conturbado e que exige das pessoas coisas além do que podem oferecer ou fazer.

No mercado de trabalho, os empregadores querem indivíduos que, além de ser bem qualificados, vistam a camisa da empresa e tenham o perfil que se encaixe na filosofia de trabalho adotada pelo patrão. Em outras palavras: que vivam em função da empresa.

Como consequência disso, o indivíduo se vê obrigado a sempre voltar para a escola (não que isso seja ruim; ao contrário, é excelente, desde que na medida certa) ou a fazer cursos que lhes dê condições que propiciem meios para galgar novos cargos ou funções com melhores salários, privilégios, status social ou simplesmente permanecer empregadas.

Se a pessoa está desempregada, o que já causa enormes transtornos, muitas vezes há também a necessidade de retornar à sala de aula ou a cursos de especialização, atualização ou qualificação para que tenha o que se chama de “empregabilidade”.

Na família, também existem pressões e cobranças, seja por parte do cônjuge – que  reivindica mais atenção, carinho, dedicação, cuidados – ou  dos filhos, que cobram o mesmo – aliás,  normalmente são reivindicações justíssimas.

Ademais, a sociedade atual faz exigências totalmente inescrupulosas. A mídia vende a ideia de que se alguém não possui isso ou aquilo, seja na área de serviços, produtos, bens, fama, relacionamentos ou outros não é feliz. Não é um cara bacana, descolado, especialmente se for adolescente ou jovem.

O pior é que não raramente cobranças excessivas ocorrem até mesmo na igreja da qual alguém é membro. É evidente que não estou querendo dizer que quem faz parte de uma comunidade não precisa ter nenhum compromisso ou responsabilidade com ela. Se pensasse assim, estaria indo contra os ensinamentos bíblicos e, consequentemente, agindo como um tolo. Basta olhar para I Coríntios 12, no qual Paulo compara a igreja a um corpo e argumenta que cada membro é fundamental, pois tem uma função singular e insubstituível.

Refiro-me, portanto, aos exageros. E isso porque há cristãos verdadeiramente íntegros e bem intencionados que, para atender os chamados ou convocações da igreja, saem todos os dias de casa, com ou sem a família e, como resultado, não têm tempo para ficarem a sós com seu cônjuge, pais, filhos, familiares… Logo, não têm vida social. Correm, desse modo, o risco de ganhar o mundo para Cristo, mas perder sua família. Ou então viver isolado do mundo, sem amigos.

Como resultado de tantos compromissos e cobranças, mesmo que a pessoa não perceba, sua alma começa a se sentir cansada, oprimida, sobrecarregada, o que fatalmente terá como efeito altos níveis de estresse, angústia, a sensação ou impressão de estar sempre em débito ou abaixo do padrão de qualidade possível ou necessário, podendo resultar numa depressão profunda ou num esgotamento psicofísico, isto é, da mente e do corpo. Por conseguinte, precisará de descanso, de tratamento.

Para entendermos um pouco melhor, viajemos juntos no Salmo 23. Todo ele é assaz importante, mas primeiramente vamos nos ater ao versículo 3, que diz: “Refrigera a minha alma…”. Read the rest of this entry »

 

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TECIDO POR DEUS

“Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.” (Salmo 139:13)

Amados, outro dia, em mais uma das minhas caminhadas de oração, me veio à mente o Salmo 139 e, refletindo e orando a Deus sobre ele, nasceu em meu coração o desejo de lê-lo no mínimo uma vez por dia. Mas houve dias em que senti que deveria fazer isso duas ou mais vezes. E assim o fiz. E a cada leitura feita ficava ainda mais extasiado diante da grandeza do meu Deus e passei a inclui-lo no meu louvor, na minha adoração, na minha gratidão e nos meus pedidos a Ele em relação às minhas necessidades e a de outros.
Passados alguns dias, porém, brotou em meu coração o desejo de compartilhá-lo com uma pessoa muito querida e de orar com ela por um período indeterminado, apresentando as necessidades dela e “relembrando” Deus daquilo que a Palavra dele dizia. Isso tenho feito desde então, mesmo não sabendo plenamente qual é o propósito do Senhor tanto para ela quanto para mim, uma vez que primeiramente esse texto falou comigo.
Mais uns dias se passaram e me veio ao coração a vontade de compartilhar com você algumas das verdades expressas nele. Digo algumas porque sei que a Palavra de Deus é uma fonte inesgotável, que alimenta e refrigera nossa alma e que se renova a cada manhã.
Primeiramente, gostaria de dizer que todas as pessoas que criam alguma coisa têm um propósito para sua criação. Pode ser algo específico com uma função específica para facilitar a vida em algum aspecto ou simplesmente como um simples entretenimento.
Normalmente, todo criador conhece muito bem sua criatura. Por isso, quando surge um problema, pode resolvê-lo com facilidade.
Há até uma história que diz que certa feita um industrial que tinha adquirido uma máquina de Henry Ford (o dono da indústria automobilística Ford) não conseguia consertar um problema. Depois de tentar muitas vezes, mas sem obter sucesso, decidiu chamar o inventor dela. Então ele veio e em poucos minutos consertou-a.
Na hora de pagar, o industrial assustou-se com o valor cobrado. Se não me falha a memória, eram mil dólares. Então decidiu questioná-lo. Todo aquele montante, quando o serviço fora feito em tão pouco tempo? Ford respondeu-lhe prontamente: “São 10 dólares pelo conserto e 990 por saber onde estava o defeito”. Segundo o narrador dessa história, aquele homem pagou-o satisfeito por entender que a justificativa dele era plausível.
O mais importante desse fato é que Ford criara aquela máquina com um propósito e conhecia muito bem o funcionamento dela. Assim, quando apresentou um defeito, ele foi direto ao ponto e resolveu-o com extrema facilidade.
Mas o que isso tem a ver conosco? Read the rest of this entry »

 
 

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