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E se Deus não fizer?

“Mas, se ele não nos livrar, fica sabendo, ó rei, que não cultuaremos aos teus deuses, tampouco adoraremos a estátua que ergueste!” (Daniel 3:18 – Versão King James)      

     Temos vivido tempos trabalhosos em todo o mundo. Infelizmente, no Brasil não também tem sido assim. No entanto, tal problema não chega a nos surpreender (ou não deveria) porque as Escrituras Sagradas deixam bem claro que isso ia acontecer. Basta lermos II Timóteo 3:1 ao 5.

    Há pelos menos três meses, temos convivido com o fantasma do covid-19. Para piorar, a mídia sensacionalista explora tanto esse mal para obter audiência e lucrar com o caos, que muitas pessoas estão apavoradas, adoecendo com crises de ansiedade, de pânico e depressão. Além de outros males psicossomáticos. Existem também aqueles que se jogam na pornografia, no álcool e em outras drogas buscando uma fuga, um refrigério e um descanso para sua alma aflita.

    Além disso, a tensão causada pelas manifestações contra a discriminação racial se soma às preocupações de todos nós. Um câncer que surpreendentemente ainda atinge nossa sociedade, o racismo foi responsável pela morte do americano George Floyd, motivando o início dos justos protestos não apenas nos Estados Unidos, mas também diversas partes do Mundo, inclusive no Brasil.

     Do outro lado de tudo isso, também temos convivido na igreja com uma teologia triunfalista, um dos ramos da teologia da prosperidade que, muitas vezes, mais confunde do que ajuda as pessoas. Segundo os ensinamentos dessa linha teológica, o cristão tem que viver totalmente isento de problemas e doenças. Caso não vivam assim, é consequência de sua falta de fé ou pecado. Desse modo, geram grande confusão na cabeça das pessoas, levando muitos a se decepcionarem com Deus e a abandonar a Casa do Pai. 

    Quando olhamos para os ensinos bíblicos como um todo, percebemos claramente que o triunfalismo é fruto de uma interpretação distorcida ou equivocada das Escrituras. Evidentemente, temos base bíblico-teológica para orar ao Senhor pedindo-lhe suas bênçãos. Por exemplo, em Lucas 18:1 ao 8, Jesus conta-nos uma parábola na qual nos ensina a orar sempre e nunca desanimarmos.

    Todavia em João 16:33, o Senhor Jesus faz a seguinte declaração, que soa como um alerta para todos nós: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” – João 16:33. Diante disso, que parece soar como um impasse teológico, quero dizer que entre esses dois ensinos está algo que se chama “soberania divina”.

    Para fundamentar a argumentação, vou convidar você a caminhar comigo pelo capítulo 3 do livro de Daniel. Nele, encontramos a história de três jovens hebreus, cujos nomes são Misael, Ananias e Azarias, os quais haviam sido levados cativos para a Babilônia quando Nabucodonosor invadiu Jerusalém, no ano de 586 antes de Cristo.

    Em determinado momento de seu reinado, Nabucodonosor ordenou que construíssem uma grande estátua de ouro. Assim que ficou pronta, o rei fez uma cerimônia de determinou que quando os músicos tocassem todos deveriam se prostrar diante dela e cultuá-la (v 5). Entretanto, os jovens hebreus não se curvaram diante daquela imagem.  

    Vendo isso, a turma do bocão se aproximou de Nabucodonosor e denunciou os hebreus (v 8 ao 12). Então o rei ficou furioso e mandou chamar os rebeldes. Quando chegaram, questionou-os por que não obedeceram às ordens e determinou-lhes que, ao ouvirem o toque dos instrumentos novamente, se curvassem e prestassem culto à imagem. Do contrário, seriam jogados na fornalha – v 13 ao 16. E disse-lhes mais: “E vos indago: Que deus poderá livrá-los das minhas mãos?”.

    Diante disso, veja com seus próprios olhos a resposta dos rapazes: “Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei: Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das suas mãos, ó rei. Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer” – Daniel 3:16-18 –  Versão King James.

    Agora que você já passou a conhecer ou relembrou um pouco dessa história, vamos analisar algumas coisas importantes, em especial aquelas que tratam do entendimento da soberania de Deus e da fidelidade de Ananias, Misael e Azarias. Vamos lá?

    Os jovens não ficaram se defendendo diante do rei. Eles estavam cientes de que seriam mesmo jogados na fornalha. Ainda assim, não ficaram justificando sua fé e decisão. Além disso, demonstraram que realmente conheciam o Deus a quem serviam. Por essa razão, deixaram clara a certeza de que o Senhor podia livrá-los e de que o Pai livrá-los-ia.  

     Por outro lado, também estavam cientes de que o Senhor é soberano, ou seja, exerce o poder, a autoridade e o domínio supremos. Desse modo, pode ou não fazer aquilo que a pessoa espera. Então eles falam: “Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer”.

     Para mim, é um dos exemplos mais claros de respeito à soberania divina e de fé no meio da adversidade. A vida deles estava em jogo. Seria uma morte cruel, crudelíssima. Já imaginou morrer dessa forma? Contudo, para eles, ainda que isso viesse a acontecer, não prestariam culto àquela imagem. Sabiam que havia algo muito maior do que a vida terrena: a eternidade juntamente com o Senhor.

    A fé deles não estava alicerçada nas coisas que Deus pode fazer ou faz, mas naquilo que o Senhor é. Em outras palavras: estavam cientes de que recebendo ou não livramento da fornalha, ele continuaria sendo Deus e, por esse motivo, digno de confiança e de adoração exclusiva.   

    Agora, gostaria de pedir sua licença para dar um testemunho de família. Meu irmão mais velho era um pastor muito querido e usado nas mãos de Deus. Adoeceu seriamente. Milhares de irmãos em Cristo oravam constantemente, suplicando ao Senhor que o curasse. Ele foi curado da dor, mas morreu aos 39 anos em consequência da doença, que evoluiu e os médicos nada puderam fazer para salvá-lo.

    Por outro lado, minha irmã mais velha, que tinha um problema gravíssimo de coluna, e foi desenganada por muitos médicos, foi agraciada pelo Senhor com um milagre, tempos depois da morte do meu irmão. E, depois de mais de vinte e cinco anos, continua sem problemas na coluna.

     E agora??? Como entender isso? Deus é bom, meio bom ou não é bom? Mesmo sofrendo muito pela perda do meu irmão (principalmente meus pais), continuamos crendo e servindo a Deus com alegria e fé. Faz quase vinte e sete anos que isso aconteceu. Ainda sofremos a dor da saudade. Agora mesmo, estou emocionado ao relatar essa história. Mas entendemos que Deus é soberano. Que continua sendo justo e fiel, embora não respondeu às orações como desejávamos.  

    Outro fato que presenciamos nesses últimos dias foi a morte da cantora cristã Fabiana Anastácio, vítima do covid-19. Mesmo sendo uma mulher de Deus, ela morreu. Muitos outros servos de Deus também morreram. Porém, a respeito dela, muitos incrédulos começaram a escarnecer, questionando sua fé e também o nosso Deus. E talvez isso até deixou alguns cristãos em dúvida, abatidos ou revoltados.

    Talvez você seja uma das pessoas que estão meio confusas ou decepcionadas com Deus por causa de orações não respondidas ou cuja resposta foi diferente do que desejava seu coração. Quem sabe, seja também uma vítima da teologia triunfalista. Por isso, gostaria que lesse com os olhos do coração bem abertos o texto seguinte: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, ao nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei” – Deuteronômio 29:29. 

    Há coisas que jamais compreenderemos, pois nossa mente é limitada. No entanto, se as analisarmos à luz da Palavra de Deus, o Espírito Santo nos dará o entendimento necessário. E, por certo, uma das coisas que ele nos mostrará é que enquanto estivermos aqui na terra estamos sujeitos a doenças, problemas (financeiros, conjugais, familiares, existenciais), ao desemprego, à incompreensão por parte das pessoas, mesmo as que mais amamos e tantas outras dificuldades. 

     Outra coisa que ele vai nos mostrar é a que Paulo disse: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” – Filipenses 3:20,21. Em outras palavras: o mais importante para nós não é uma vida livre de problemas e dificuldades aqui na terra, mas o destino final traçado pelo Pai, isto é, a vida eterna ao lado dele.  

    E, quando soar a última trombeta, acontecerá o que disse o apóstolo João em Apocalipse 21:4: “Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas” –  Apocalipse 21:4. Consegue imaginar esse momento?  

    Para concluir, preciso fazer algumas considerações:

  • Deus livrou aqueles jovens hebreus. Por causa disso, o rei passou a crer no Senhor e determinou que em todo o império babilônico as pessoas servissem ao Deus de Israel.
  • Jamais conseguiremos entender todas as coisas que nos acontecem, uma vez que somos limitados.
  • Deus é soberano e justo. Por isso, ainda que não entendamos, a vontade dele é boa, perfeita e agradável – Romanos 12:2. 
  • O melhor que o Senhor preparou para nós não está aqui nesta vida, mas na eternidade juntamente com ele. Foi para isso que Cristo veio e morreu em nosso lugar.
  • Deus continua sendo Deus, mesmo que as circunstâncias sejam completamente adversas, como lemos em Malaquias 3:6: Porque eu, o Senhor, não mudo”.
  • Mesmo que você tenha dúvidas, decida correr para mais perto do Senhor, não para longe dele: Clame a mim e eu responderei e lhe direi coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece” – Jeremias 33:3 – NVI).
  • Siga a instrução de Paulo: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” – 1 Coríntios 15:58.
  • Mantenha sua fé firme no Senhor. Assim você também poderá declarar como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” – 2 Timóteo 4:7,8.  
  • Só encontramos refrigério, alívio e descanso para nossa alma em Jesus – Mateus 11:28 ao 30. 

     Por último: aqueles jovens decidiram não se curvar diante da estátua. Então decida não se curvar diante dos deuses deste mundo nem das adversidades, por mais assustadoras que elas pareçam ser ou que de fato sejam, pois em Mateus 28:20, o Senhor Jesus nos diz: “… eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” –  Mateus 28:20

        Sugestão de música: Deus é Deus (Delino Marçal)

       Assista, no Youtube, ao edificante testemunho do Delino Marçal.

       Link do testemunho: https://www.youtube.com/watch?v=rqkg_tp13vk

Abraão Agradecimento Amar a Deus Amar a si mesmo amigo de deus AMOR DE DEUS Andar com Deus bênção bênção de Deus capacidade Casa na rocha Compromisso Comunhão Coragem CORAÇÃO covid19 cruz Deus Egito Espírito Santo Estudos Bíblicos Feliz Natal Fidelidade Filho de Deus fortalecimento JESUS Jesus Cristo Livre dos temores Mais que vencedores milagres de Jesus Motivação Natal Natal de Jesus PALAVRA DE SABEDORIA palavras de Deus paz de cristo Paz de espírito salvação Segurança Sonhos sucesso Verdades sobre Deus vida abundante Vontade de Deus

 

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Tempo de refletir

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” (Eclesiastes 3:1)

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Em maio de 2016, escrevi um artigo chamado “Tempo para tudo”, o qual também está no blog. Naquela ocasião, teci algumas reflexões sobre a importância de administrar adequadamente esse bem precioso chamado tempo, que recebemos de Deus.

Apesar de não fazer tanto tempo que falei desse assunto, senti em meu coração a necessidade de tecer algumas reflexões sobre ele novamente. Deve ser porque nunca houve na geração da qual fazemos parte um momento tão oportuno para promovermos uma viagem dentro de nós mesmos, com o objetivo de avaliarmos ou reavaliarmos alguns conceitos, comportamentos, atitudes e valores até então considerados bons ou “normais”.

Para começar, devo dizer que não vou defender a tese de que o Covid-19 é uma peste ou praga enviada por Deus. Ora, se os estudos de 2007, assinados por diversos cientistas, apontam que esse vírus é comum em determinados animais (o morcego, por exemplo), que ele só contaminou o ser humano porque existem pessoas que os consomem e que havia o risco de uma propagação em massa, eu não seria justo se dissesse que Deus tem responsabilidade nisso (CORONAVÍRUS: O QUE NÃO CONTARAM PARA VOCÊ). Ao contrário, entendo que o próprio homem é responsável pelo que está acontecendo.

Feitas essas considerações, quero “emprestar” a fala de José a seus irmãos, lá no Egito. Por terem sido os responsáveis pelas “desgraças” que aconteceram ao irmão, eles estavam com medo de que ele se vingasse, especialmente a partir daquele momento, porque o pai deles havia morrido. No entanto, José os surpreendeu dizendo o seguinte: “Vós bem intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande” – Gênesis 50:20.

José era um homem de Deus e havia compreendido com precisão que acima da vontade inicial de seus irmãos, a qual era prejudicá-lo, estava a do Senhor, que era abençoá-lo e torná-lo um instrumento de salvação para toda a sua família (pais, irmãos, sobrinhos, cunhados etc.), pois a fome que atingira toda aquela região poderia ter levado todos eles à morte.

Hoje não é diferente. Mesmo que esse mal tenha sobrevindo a nós como consequência de uma falha humana, Deus, que é riquíssimo em misericórdia, conforme declara o apóstolo Paulo em Efésios 2:4, pode transformá-lo em bênção. Porém, isso só será possível se estivermos com os olhos e os ouvidos atentos àquilo que esse caos, para o meio do qual fomos arrastados, têm mostrado e falado.

Diante disso, a primeira reflexão que podemos fazer, e até devemos, deve envolver nossa família. A correria da vida moderna muitas vezes nos faz deixar de investir tempo nela. Veja que eu disse investir e não gastar. Muitos de nós estamos tão preocupados com o sucesso profissional e financeiro, que acabamos por sacrificar o tempo com o cônjuge e com os filhos. E até certo ponto é necessário e justificável. Contudo, quando isso começa a gerar conflitos, a perda dos vínculos e, consequentemente, o afastamento (embora às vezes continuem vivendo sob o mesmo teto), é hora de rever os valores e as prioridades. E, se ainda não havia caído a ficha, este momento é bem oportuno e propício para ver como a convivência familiar é importante e necessária para um ajudar e apoiar o outro. E mais: para um sentir que precisa do outro.

A segunda reflexão a fazer está diretamente relacionada à necessidade de perceber o quanto nosso trabalho é importante, mas também o do outro. Geralmente não paramos para pensar sobre o quanto é fundamental o serviço do caminhoneiro, do profissional da saúde e de tantos outros. Pior ainda: valorizamos excessivamente a ocupação de algumas pessoas, sem nos dar conta de que as mais necessárias ficam deixadas de lado – I Coríntios 12: 12 ao 27 – e a sociedade é parecida com a Igreja do Senhor.

A terceira é que Read the rest of this entry »

 

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Paz em meio à tempestade

“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.” (Filipenses 4:7)

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Uma das coisas que mais afligem e causam danos às pessoas é o medo.  Dentre os diversos tipos que existem, certamente o que é provocado pela incerteza de qual e como será o futuro é um dos que mais atormentam um indivíduo.

No entanto, infelizmente, não é apenas ele. Há muitos outros causadores de estragos como, por exemplo: fobia social (medo de conviver em sociedade), claustrofobia, síndrome do pânico, a qual é o estágio mais avançado do medo etc., etc., etc…

Provavelmente seja por essa razão que encontramos tantas vezes nas Escrituras Sagradas a expressão “não temas” e muitas outras com sentido equivalente.

Por ser um mal tão presente em nossos dias, quero compartilhar com você uma palavra dita aos discípulos por Jesus, o Príncipe da paz, a fim de colhermos as pérolas reservadas a nós pelo Senhor. Ela está registrada em João 14:1, onde lemos: “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim”.

Mas… por que Cristo disse essa palavra?

O Senhor sentiu a necessidade de proferi-la porque ia falar a eles que seria preso, crucificado, morto, ressuscitaria e depois voltaria para o céu. Ele sabia que isso iria deixá-los confusos, inseguros e profundamente temerosos em relação ao que lhes aconteceria, pois estavam acostumados com a presença de seu Mestre e com a proteção, o conforto e a segurança que ele lhes propiciava.

Dizendo isso, eles ficariam sem rumo, sem chão. Porém o Senhor se antecipou e lhes trouxe logo esse conforto de que tanto careciam.

Primeiro ele disse: “Não se perturbe o coração de vocês…”. Ou seja: vocês não precisam ficar preocupados, aflitos, confusos, intranquilos, desnorteados, desassossegados, alterados. Em suma: em situação de caos interior.

Muitas vezes, também nos falam algo semelhante ou até o mesmo quando estamos imersos numa adversidade e temerosos em relação ao amanhã. Entretanto não podem ir muito além dessas palavras. Pouco ou nada podem fazer por nós. Logo tais declarações são apenas paliativas. Não são um remédio eficaz contra nossas feridas e preocupações.

Não é fácil não ficar com o coração turbado. Mesmo para cristãos fiéis não é, especialmente em situações que nos fazem sentir como se de repente o chão fosse tirado de sob nossos pés, como temos vivido agora por causa do Covid-19 e de suas respectivas consequências.

Pense, por exemplo, em uma pessoa totalmente saudável a qual repentinamente recebe o diagnóstico médico de que está com o Coronavírus ou um câncer devastador. É fácil?

Pense num pai de família que está bem empregado e vai feliz para o trabalho. Mas naquele dia fatídico é informado de que não faz mais parte do quadro de funcionários da empresa, isto é, está demitido. É fácil?

Pense naquele indivíduo que é perfeito física e intelectualmente falando e sofre um acidente, o qual o faz ficar deficiente, talvez paraplégico ou mesmo tetraplégico. É fácil?

Pense num cônjuge, cujo casamento, segundo o seu parecer, é sólido, perfeito, feliz, confiável e, em dado momento, descobre que está sendo covardemente traído e tremendamente humilhado publicamente pela pessoa a quem ama e que dizia amá-lo também. Pense que ela descobriu da pior forma que havia construído seu castelo sobre a areia. É fácil?

Mil vezes, não! É revoltante! É desesperador! É mais do que o suficiente para cair numa depressão profunda ou para jogar tudo para o alto! Para amaldiçoar seu Deus e morrer (mesmo que seja espiritualmente), como disse a mulher de Jó quando ele havia, aparentemente, perdido tudo, inclusive o amor do Senhor (Jó 3:9,10).

No entanto, é justamente para esses que Jesus está dizendo: “Não se perturbe o coração de vocês…”.

Não é fácil não ficar perturbado. É necessário exercitar a cada dia a fé, a confiança, a persistência e uma viva esperança em Deus. E diariamente matar não um, mas Read the rest of this entry »

 

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Sinal amarelo

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“Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo.”    (Marcos 13:33)

 

Antes de qualquer coisa, quero dizer que não desejo afirmar neste artigo que a situação pela qual todos nós estamos passando é consequência de uma ação orquestrada pela China para tirar proveito do caos e se estabelecer como a maior potência econômica e militar do mundo. Se assim o fizesse, eu estaria sendo leviano, pois não tenho provas que me deem autoridade e argumentos para sustentar essa tese.

Além disso, preciso dizer que não posso e também não tenho a pretensão de afirmar que essa peste (Covid-19) é o anúncio de que Jesus está voltando, assim como não o foi a Gripe espanhola, também conhecida com A Gripe de 1918, a qual matou muitos milhões de pessoas. Afinal, quando questionado por seus discípulos sobre sua volta para buscar a Igreja (a qual é composta por todos aqueles que o convidaram para ser seu Senhor e Salvador- João 1:9 ao 14), ele fez a seguinte declaração: “Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai” – Mateus 24:36. Sendo assim, seria uma grande temeridade da minha parte fazer tal afirmação.

Feitos esses registros e considerações, gostaria de convidá-lo a refletir comigo sobre tudo isso que temos visto pela mídia, ouvido e presenciado. Para começar, quero pensar com você sobre o semáforo, o qual também conhecido como farol ou sinaleira. Conforme sabemos, ele é composto por três cores (verde, amarelo e vermelho) e tem a função de organizar o trânsito, especialmente nas grandes cidades, para evitar o caos e acidentes resultantes da desorganização e desobediência de motoristas e de pedestres também. Por acaso, você já viu imagens do horário de pico na Índia?

Mas o que tem isso a ver com a reflexão que almejo fazer? Penso que tudo. Isso porque todos nós sabemos que, quando o sinal está verde, temos o direito de seguir em frente, sem aparentes riscos. Essa sensação de liberdade e direito geralmente nos leva a desligarmos nosso “radarzinho” e a andarmos no piloto automático, ou seja, deixamos de ficar atentos àquilo que acontece ao nosso redor, pois confiamos que estamos protegidos. No entanto, segundo disse acima, a ausência de riscos é apenas aparente. Basta lembrar que não é tão incomum motoristas imprudentes ou sob o efeito de alguma droga invadirem a preferencial e provocar terríveis acidentes.

Fazendo uma analogia com nossa vida, verificamos que não é tão diferente. Muitas vezes, temos a sensação de que tudo está bem e, em consequência disso, baixamos a guarda e não prestamos atenção aos acontecimentos em nosso entorno. Por isso, levamos a vida de qualquer maneira, adotando ideologias e conceitos do momento, sem refletirmos sobre o que ou quem está por trás deles, quais os reais interesses daqueles que os propagam e quais danos eles podem produzir na nossa vida como indivíduo ou em nossa família, casamento, relacionamentos e na sociedade como um todo. Desse modo, é mister que mantenhamos os olhos e os ouvidos bem abertos, a fim de não sermos envolvidos nesse caos moral e espiritual, que são verdadeiras armadilhas, prontas para nos capturar e, se possível, destruir-nos.

Quando olhamos para as Sagradas Escrituras, vemos o Senhor Jesus dizendo o seguinte: “Assim como foi nos dias de Noé, também será nos dias do Filho do homem {Jesus}. O povo vivia comendo, bebendo, casando-se e sendo dado em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então veio o dilúvio e os destruiu a todos. Aconteceu a mesma coisa nos dias de Ló. O povo estava comendo e bebendo, comprando e vendendo, plantando e construindo. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu e os destruiu a todos. Acontecerá exatamente assim no dia em que o Filho do homem {Jesus} for revelado” – Lucas 17:26-30.

Se pararmos um pouco para pensar e observar o que acontece no mundo atual, veremos que a história se repete. Na época de Noé e de Ló, a maioria das pessoas havia se corrompido moralmente, ignorando por completo os parâmetros estabelecidos por Deus. Elas só pensavam em si mesmas e em como satisfazer seus desejos carnais, e isso a qualquer custo. Como resultado, veio o julgamento de Deus. Percebemos, então, que a segurança deles era apenas aparente, não real e inabalável.

O apóstolo Paulo escreveu assim a Timóteo, seu filho na fé: “Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se também destes” – 2 Timóteo 3:1-5. Mesmo tendo vivido e escrito há mais de 1.900 anos, parece-me que ele estava falando diretamente com a geração atual. Portanto, precisamos estar atentos a esses sinais dos tempos.

E agora, o que vem depois do sinal verde? “Evidentemente, o amarelo” – você me dirá. E não existe dúvida de que está certo. Também todos sabem que esse sinal tem a função de alertar tanto motoristas quanto transeuntes de que deve tomar determinados cuidados, para que não sejam vítimas ou os causadores de um acidente. Continuando a analogia à luz da Bíblia, os sinais da iminência da volta de Jesus são Read the rest of this entry »

 

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